publicado por spedeus às 10:21
publicado por spedeus às 00:02
«O fim que os pregadores se devem propor ao exercitar o ministério da palavra está claramente indicado por São Paulo: Somos embaixadores de Cristo (2 Cor 5,20). Todo o pregador deve poder fazer suas estas palavras. Mas se são embaixadores de Cristo, no exercício da sua missão, têm obrigação de se aterem estritamente à vontade manifestada por Cristo quando lhe conferiu o encargo, não propor-se finalidades diversas das que Ele mesmo Se propôs enquanto habitou sobres esta terra (…).
(Humani generis redemtionem – Bento XV)
publicado por spedeus às 00:01
Efésios (1)
A tradição cristã reconheceu São Paulo como autor da carta aos Efésios. Não obstante, desde meados do século XIX alguns exegetas puseram em dúvida a autenticidade paulina de toda a epístola, ou de parte dela. Os motivos destas dúvidas fundamentaram-nos em razões semelhantes às que resumimos ao falar de Colossenses. Estes argumentos contra a autenticidade paulina, total ou parcial, não parecem ter, pelo menos por agora, suficiente peso diante da atribuição tradicional e as considerações das características doutrinais e literárias da carta, que advogam por São Paulo como autor de todo o texto da carta.
Efésios marca um ponto culminante no itinerário espiritual e doutrinal de São Paulo, no que diz respeito ao mistério de Cristo, da obra da Redenção e da teologia da Igreja. Escrita certamente por fins do ano 62, ou princípio do ano 63, é como uma segunda redacção, naturalmente muito livre, da carta aos Colossenses, escrita poucos meses antes. Na verdade, Efésios trata aproximadamente dos mesmos temas, mas com maior amplitude, profundidade e serenidade. Foi igualmente a chamada «crise de Colossas» a circunstância externa que levou o Apóstolo a escrever também esta outra carta, dirigida às Igrejas da zona costeira ocidental da Ásia Menor, cuja cidade principal era Efeso, para evitar qualquer contágio da confusão doutrinal apreciada em Colossas. Segundo se pode coligir do conjunto de dados bíblico e extrabíblicos que possuímos, Paulo enfrenta-se com doutrinas que deviam propor que o governo do universo está regido por poderes intermédios entre Deus e os homens que, cada um segundo a sua categoria, intervêm também na história humana. Perante tais elucubrações gnóstico-helenísticas, São Paulo expõe, de várias maneiras e em diversos passos, que Cristo Jesus é a cabeça de todos os seres, tanto celestes como terrestres; o Seu senhorio é absoluto e Ele é o Salvador de todos; nenhuma realidade existente pode subtrair-se ao Senhorio de Jesus Cristo.
(continua)
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 443/444) Continua
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(29/6/2008) Neste Domingo, Solenidade de São Pedro e São Paulo, Bento XVI presidiu a Liturgia Eucarística com a imposição do sagrado Palio a 40 arcebispos metropolitas, entre os quais D. José Sanches Alves, Arcebispo de Évora. Presente também o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, que foi acolhido pelo Papa à entrada da Basílica de São Pedro. Com um gesto de grande valor ecuménico, durante a Missa desta manhã Bento XVI cedeu a palavra ao patriarca de Constantinopla Bartolomeu I pedindo que fosse ele a proferir a homilia para a grande festa dos Santos Pedro e Paulo, Padroeiros da Igreja de Roma e colocados como fundamento juntamente com os outros Apóstolos, da Igreja, una santa católica e apostólica. Esta festa, explicou o Papa,” traz-nos todos os anos a agradável presença de uma Delegação fraterna da Igreja de Constantinopla, que este ano, pela coincidência com a abertura do Ano Paulino é guiada pelo próprio Patriarca, Sua Santidade Bartolomeu I. A ele dirijo a minha saudação cordial, enquanto exprimo a alegria de ter mais uma vez a feliz oportunidade de trocar com ele o beijo da paz, na esperança comum de ver aproximar-se o dia da unitatis redintegratio- o dia da plena comunhão entre nós. O Papa saudou depois os membros da Delegação patriarcal e os representantes de outrsa igrejas e comunidades eclesiais que o honravam com a sua presença, oferecendo com isso um sinal da vontade de intensificar o caminho para a unidade plena entre os discípulos de Cristo. Dispomo-nos agora - acrescentou Bento XVI a escutar as reflexões de Sua Santidade o Patriarca Ecuménico, palavras que queremos acolher com o coração aberto, porque vêm do nosso Irmão amado no SenhorO Patriarca Bartolomeu observou, dirigindo-se ao Papa, que o diálogo teológico entre as nossas Igrejas graças á ajuda divina continua em frente, para além das notáveis dificuldades que subsistem sobre as conhecidas problemáticas. Desejamos verdadeiramente – afirmou o Patriarca nesta sua homilia durante a Missa na Basílica de S. Pedro para a festa de São Pedro e São Paulo – e rezamos muito por isso, que estas dificuldades sejam superadas e que os problemas sejam dissolvidos mais rapidamente possível, para atingir o objecto do desejo final, a glória de Deus. A homilia do Patriarca Ecuménico Bartolomeu I terminou com os votos de uma próxima comunhão completa, união da fé e comunhão do Espírito Santo, nos laços da paz, nesta terra, e no céu a vida eterna e a grande misericórdia. As palavras de Bartolomeu I foram acolhidas com um longo aplauso. Sucessivamente Bento XVI retomou a palavra e depois de ter agradecido ao Patriarca quis recordar que
a missão permanente de Pedro e portanto a própria, como seu sucessor, é aquela de” fazer com que a Igreja nunca se identifique com uma única nação, com uma única cultura, com um único estado. Que seja sempre a Igreja de todos. Que reúna a humanidade para além de qualquer fronteira e no meio das divisões deste mundo, torne presente a paz de Deus, a força reconciliadora do seu amor”. Segundo Bento XVI, no mundo globalizado de hoje, graças á técnica igual em todo o lado, graças á rede mundial de informações, bem como graças á ligação de interesses comuns, existem novas maneiras de unidade, mas é uma unidade sobre as coisas materiais, que muitas vezes fazem explodir novos contrastes. Pelo contrário o mundo precisa cada vez mais de unidade interior que provém da paz de Deus. Portanto a missão permanente de Pedro, mas também tarefa particular confiada á Igreja é reconduzir a esta unidade a humanidade inteira. Depois da homilia Bento XVI e Bartolomeu I recitaram juntos o Credo segundo o símbolo niceno-constantinopolitano na língua original grega, segundo o uso litúrgico das igrejas bizantinas.
(Fonte: Radio Vaticana)
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…ser somente a argila de S. Paulo, ter uma pequena parte da sua coragem, do seu amor por Jesus Cristo Deus Nosso Senhor, da sua capacidade intelectual e da sua capacidade de apostolado. Dez porcento já me bastariam, agora imaginem o seria ser-se igual em qualidades e fé a S. Paulo.
Não o desejaria por mim, mas por Ele, por isso peço-Lhe todos os dias para que me conceda o espírito e o fervor de S. Paulo, S. Agostinho, S. Tomás Moro, S. Josemaría e de todos os Santos e Santas.
Bom Domingo de S. Pedro e S. Paulo!
(JPR)
«Paulo era um vaso de argila e chegou a ser de ouro»
(Homilia sobre 2 Tim, ad loc - São João Crisóstomo)
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Esta é a excelência do amor, segundo São Paulo: “O amor é paciente, bondoso, não é invejoso nem arrogante, não se enche de soberba nem é ambicioso. O amor não busca os seus interesses, nem se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça e rejubila com a verdade”…Cada definição é uma espécie de alfinetada que culmina com esta síntese avassaladora: O amor “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”!A este propósito, um escritor inglês, provocado por estas palavras, reconhecia que elas são quase impossíveis de pôr em prática… Mas, se substituirmos a expressão “amor” pela expressão “dinheiro”, esta conjugação não soa assim tão estranha nos nossos dias…Terrível, não é?... Em boa hora, começa amanhã [ontem 28/6], em todo o mundo, o Ano Paulino. Que este tempo de graça nos ajude a conhecer melhor as certezas de São Paulo e a confrontar com elas a nossa vida.
Aura Miguel
(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 00:04
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Esta é a excelência do amor, segundo São Paulo: “O amor é paciente, bondoso, não é invejoso nem arrogante, não se enche de soberba nem é ambicioso. O amor não busca os seus interesses, nem se irrita, não guarda ressentimento pelo mal sofrido, não se alegra com a injustiça e rejubila com a verdade”…Cada definição é uma espécie de alfinetada que culmina com esta síntese avassaladora: O amor “tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”!A este propósito, um escritor inglês, provocado por estas palavras, reconhecia que elas são quase impossíveis de pôr em prática… Mas, se substituirmos a expressão “amor” pela expressão “dinheiro”, esta conjugação não soa assim tão estranha nos nossos dias…Terrível, não é?... Em boa hora, começa amanhã [ontem 28/6], em todo o mundo, o Ano Paulino. Que este tempo de graça nos ajude a conhecer melhor as certezas de São Paulo e a confrontar com elas a nossa vida.
Aura Miguel
(Fonte: site RR)
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Simão Pedro respondeu: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo».Respondendo Jesus disse-lhe:
«Bem-aventurado és, Simão, filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram isto, mas Meu Pai que está nos Céus.
«E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Eu te darei as chaves do Reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desatares na terra será desatado também nos Céus»
(S. Mateus 16, 16-19)
Bendito seja Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Na sua grande misericórdia Ele nos fez renascer pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma viva esperança,
para uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada para vós nos céus; para vós que sois guardados pelo poder de Deus, por causa da vossa fé, para a salvação que está pronta para se manifestar nos últimos tempos.É isto o que constitui a vossa alegria, apesar das aflições passageiras a vos serem causadas ainda por diversas provações, para que a prova a que é submetida a vossa fé (mais preciosa que o ouro perecível, o qual, entretanto, não deixamos de provar ao fogo) redunde para vosso louvor, para vossa honra e para vossa glória, quando Jesus Cristo se manifestar.Este Jesus vós O amais, sem O terdes visto; credes Nele, sem O verdes ainda, e isto é para vós a fonte de uma alegria inefável e gloriosa, porque vós estais certos de obter, como preço de vossa fé, a salvação de vossas almas.(1 S. Pedro 1, 3-9)
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Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,dona nobis pacem.
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Colossenses (2)
Tais confusões doutrinais estimularam São Paulo – movido por Deus – para desenvolver com clareza e veemência alguns pontos centrais da fé, aos quais os Colossenses deviam aderir, rejeitando essas outras ideias peregrinas. Deste modo, Paulo aprofunda em temas capitais do mistério de Cristo – a Cristologia – como são a Sua superioridade infinita e a Sua capitalidade sobre todos os seres, quer se chamem Anjos. Potestades ou qualquer outra denominação. O Apóstolo utiliza expressões profundíssimas, como a de que «em Cristo habita toda a plenitude da divindade corporalmente» (Col 2,9), cujo conteúdo doutrinal é equivalente, ainda que com palavras bem diferentes à formulação de São João de que o «Verbo Se fez carne, e habitou entre nós» (Jo 1,14). Com efeito, em Colossenses aparecem termos novos que os gnósticos helenistas empregavam, mas num contexto polémico e carregando-os de novos matizes e sentidos. Em suma, São Paulo insiste, aprofundando, que Jesus Cristo é deus eterno, que ao tomar a natureza humana não deixa de ser Deus e, portanto, é o primeiro e superior a todos.
Ao lado deste desenvolvimento doutrinal, a epístola ocupa-se de dar ensinamentos morais e disciplinares, como os respectivos deveres dos cônjuges, servos e senhores, ou conselhos práticos do exercício de virtudes cristãs.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 442/443) Continua
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(28/6/2008) Por ocasião da abertura do ano Paulino Bento XVI deslocou-se na tarde deste sábado á Basílica de S. Paulo fora de muros onde presidiu a celebração das primeiras Vésperas da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo com a participação do Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e as delegações das outras confissões cristãs.Na homilia o Papa salientou antes de mais que Paulo não é para nós uma figura do passado, que recordamos com veneração. Ele é também o nosso mestre, apostolo e pregoeiro de Jesus Cristo também para nós…”quis proclamar este especial “ano paulino” – disse depois Bento XVI - para o escutar, para aprender agora dele, como nosso mestre, “a fé e a verdade” em que estão enraizadas as razões da unidade entre os discípulos de Cristo. É para mim motivo de intima alegria – salientou o Papa – que a abertura do ano Paulino, assuma um particular carácter ecuménico pela presença de numerosos delegados e representantes de outras Igrejas e Comunidades eclesiais, que acolho com coração aberto.Na sua homilia Bento XVI comentou depois uma passagem da Carta de São Paulo aos Gálatas onde o Apóstolo nos apresenta uma profissão de fé muito pessoal, onde abre o seu coração diante dos leitores de todos os tempos e revela qual é a mola mais intima da sua vida:”vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a Si mesmo por mim” (Gal 2,20). Tudo aquilo que Paulo faz, parte deste centro. A sua fé é a experiência de ser amado por Jesus Cristo de uma maneira muito pessoal; é a consciência do facto que Cristo enfrentou a morte não por algo anónimo, mas por amor dele – de Paulo – e que, como Ressuscitado, o ama ainda, isto é, que Cristo se entregou por ele. A sua fé é o ser atingido pelo amor de Jesus Cristo, um amor que o abala até ás entranhas e o transforma. A sua fé não é uma teoria, uma opinião sobre Deus e sobre o mundo. A sua fé é o impacto do amor de Deus sobre o seu coração. E assim, esta mesma fé é amor por Jesus Cristo.Na sua homilia Bento XVI especificou depois que no mais profundo do coração aquilo que motivava o Apostolo Paulo era o facto de ser amado por Jesus Cristo e o desejo de transmitir a outros este amor. Paulo era uma pessoa capaz de amor, e todo o seu operar e sofrer se explica apenas a partir deste centro….A experiência de ser amado até ao fundo por Cristo abrira-lhe os olhos sobre a verdade e sobre a existência humana - aquela experiência abraçava tudo.Paulo era livre, como homem amado por Deus que, em virtude de Deus, era capaz de amor juntamente com Ele. Este amor é agora a lei da sua vida e precisamente assim é a liberdade da sua vida. Ele fala e actua movido pela responsabilidade do amor.A concluir a sua homilia o Santo Padre agradeceu ao Senhor por ter chamado Paulo, tornando-o luz das gentes e mestre de todos, e pediu que também hoje nos dê testemunhas da ressurreição tocadas pelo seu amor e capazes de levar a luz do Evangelho ao nosso tempo.Por sua vez o Patriarca Ecuménico Bartolomeu intervindo depois da homilia do Papa salientou que a Basílica de São Paulo fora de muros é sem duvida um lugar quanto mais apropriado para comemorar e celebrar um homem que estabeleceu um conúbio entre a língua grega e a mentalidade romana do seu tempo, despojando a cristandade, de uma vez para sempre de qualquer estreiteza mental, e forjando para sempre o fundamento católico da Igreja ecuménica.. O Patriarca Bartolomeu fez votos no sentido de que a vida e as Cartas de São Paulo continuem a ser para nós fonte de inspiração, para que todas as gentes obedeçam á fé em Cristo.
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 21:10

«[A Sabedoria] é um resplendor da luz externa, um espelho sem mancha da actividade de Deus, uma imagem da Sua bondade»
(Livro da Sabedoria 7,26)
«Não há melhor ensino que o exemplo do professor! (…). Falai com sabedoria, instruí com toda a eloquência possível (…), mas o vosso exemplo causará uma impressão mais forte e mais decisiva (…). Quando as vossas obras forem consequentes com as vossas palavras, não haverá que se vos possa objectar»
(Homilia sobre Epístola de S. Paulo aos Filipenses, ad loc – São João Crisóstomo)
«… desejo recordar-vos que no próximo dia 29 [amanhã], solenidade de S. Pedro e S. Paulo, começa o ano paulino que Bento XVI convocou para comemorar os dois mil anos do nascimento do Apóstolo dos gentios. Para secundar as indicações do Santo Padre na celebração deste bimilenário, sugiro-vos conhecer melhor a vida e a obra deste grande Apóstolo, Padroeiro da Obra, lendo e meditando a fundo os Actos dos Apóstolos e os escritos paulinos. S. Paulo é, para todos os cristãos, um modelo maravilhoso de amor a Cristo, de fidelidade à vocação, de zelo ardente pelas almas. Peçamos-lhe de modo especial pelos frutos espirituais e apostólicos deste ano especial que lhe é dedicado»
(Carta do Prelado do Opus Dei de Junho de 2008 - D. Javier Echevarría)
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«A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? (…). Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades,
nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.»
(Rom 8,35.38-39 – S. Paulo)
publicado por spedeus às 00:01
Colossenses (1)
A sua autenticidade paulina foi pacificamente admitida na Igreja desde os primeiros tempos até ao século XIX, em que alguns críticos começaram a duvidar de que toda ou partes desta epístola tenha São Paulo como autor. Os motivos destas dúvidas apoiam-se no progresso da sua doutrina relativamente às epístolas anteriores e no uso de vocábulos novos. Tais motivos, porém, não parecem suficientes para negar a tradicional adjudicação a São Paulo da epístola, em todas as suas partes.
A cristandade de Colossas não foi directamente fundada por Paulo, mas pelo seu discípulo Epafras. E foi este, precisamente, quem informou o Apóstolo, pelo ano 62, na sua prisão domiciliária de Roma, da situação doutrinal preocupante originada naquela comunidade. Hoje pensa-se que se trata da infiltração entre os cristãos de Colossas de primeiros avanços de gnose iraniana e mesopotâmica, veiculada por viajantes judeus. As doutrinas gnósticas começaram a penetrar nos países do Império romano em meados ou princípios do século I d.C., principalmente através de certos judeus e de outro ambientes filosóficos ou religiosos helénicos.
Distinguia-se a gnose pela sua concepção dualista de Deus, do homem e do mundo: dois princípios opostos, o bem e o mal, o espírito e a matéria, estavam na explicação especulativa de todas as coisas. A gnose apresentava-se a si mesma como a Sabedoria mais elevada, superadora de todas as outras religiões – incluindo o cristianismo -, que considerava como explicações imperfeitas, úteis provisoriamente para o vulgo. Os primeiros rebentos de gnose em Colossas pareciam tentar conciliar o cristianismo com tal filosofia: para os gnósticos Cristo, por ser homem, era inferior às potestades angélicas, mais puramente espirituais; Cristo seria um éon, intermédio entre Deus (o Espírito) e a matéria.
(continua)
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 442) Continua
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«Não é orgulho, não é presunção, não é obstinação, não é loucura, luminosa certeza e gozosa convicção a que temos de ter sido constituídos membros vivos e genuínos do Corpo de Cristo, de ser autênticos herdeiros do Evangelho de Cristo»
(Ecclesiam suam, nº 33 – Paulo VI)
publicado por spedeus às 00:01
Filipenses
Apresenta uma temática muito diferente de Colossenses e Efésios, pelo que não poucos autores pensam que, embora escrita no cativeiro, este não é o romano, mas antes outro anterior, possivelmente em Éfeso, em algum momento da estada do Apóstolo nessa cidade ao longo dos anos 54 a 57. Os argumentos apresentados por alguns críticos para duvidar da paternidade paulina deste escrito carecem de valor. As circunstâncias dos fieis de Filipos estava constituída primordialmente por antigos legionários que tinham cumprido já a idade do deu serviço no exército e aos quais o governo imperial adjudicava, como honrosa reserva, terras e empregos. Filipos tinha recebido, cerca de vinte anos antes o título de Colonia Iulia AugustaPhilippensis, com o ius italicum. Ali, licenciados das legiões se tinham instalado e constituído as suas famílias; na esmerada instrução e serviço militar tinham aprendido o sentido da disciplina, da lealdade e do sacrifício. São Paulo encontrou sempre nos seus queridos Filipenses uma fidelidade inquebrantável e uma generosa correspondência. Emprega alguns termos de sabor militar e manifesta-lhes o seu grande afecto. É uma epístola alegre, tranquila, mesmo sentido o peso do cativeiro.
O ponto doutrinal mais importante é constituído pelo chamado hino cristológico de Phil 2, 6-11, quiçá já conhecido pelos seus destinatários, transcrito pelo Apóstolo com apostila sua; nesses versículos canta a humilhação de Cristo na Sua encarnação, vida e morte, e a exaltação gloriosa da Sua humanidade depois da Ressurreição.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 441/442) Continua
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«Viver a caridade significa respeitar a mentalidade dos outros; encher-se de alegria pelo seu caminho para Deus... sem te empenhares em que pensem como tu, em que se unam a ti.
Veio-me à cabeça fazer-te esta consideração: esses caminhos, diferentes, são paralelos; seguindo o seu, cada um chegará a Deus... Não te percas em comparações, nem em desejos de conhecer quem chega mais alto; isso não tem importância; o que interessa é que todos alcancemos o fim»
(S. Josemaría Escrivá de Balaguer)
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«O Senhor concede aos santos uma grande humildade. Eles sabem-se pecadores enquanto levam a cabo grandes obras ao serviço da Igreja e das almas. Muitas almas aprenderam de São Josemaría a ter um apaixonado amor à Igreja, aplicando-o às suas situações pessoais».
(Homilia no Santuário de Loreto – Março 2008 – D. Javier Echevarría – Prelado do Opus Dei)
publicado por spedeus às 00:02
Estando já avançada a Primavera do ano 58, Paulo chega a Jerusalém. Pela festa do Pentecostes é preso pelas insídias das autoridades judaicas. Conduzido a Cesareia Marítima, com uma forte custódia, volta a comparecer diante do tribunal romano, onde apela para César. Depois do naufrágio chega a Roma, e ali permanece em prisão domiciliária preventiva provavelmente dois anos, do ano 61 à Primavera do ano 63, quando a sua causa é arquivada pelo tribunal de César. Durante este primeiro cativeiro escreve as cartas a Filémon, aos Colossenses, aos Efésios e, certamente, aos Filipenses, pelo que este quatro escritos costumam chamar-se as Epístolas do Cativeiro.
Filémon
Ninguém duvida da autenticidade paulina desta breve carta que envia ao cristão Filémon para que receba bem Onésimo, servo daquele, que se tinha evadido de sua casa e refugiado em Roma, onde se tinha convertido. Paulo pensa que o melhor para Onésimo é que volte a casa do amo: ambos são já irmãos no Senhor. São Paulo não propõe a abolição legal da escravatura, coisa impensável naquela época, mas a doutrina que expõe à volta do caso desfaz por completo os fundamentos de tal instituição jurídica, uma vez que estabelece a igualdade radical de todos os homens.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 440/441) Continua
publicado por spedeus às 00:01
As dúvidas sobre o efectivo grau de dificuldade dos exames deste ano - sobretudo na disciplina de Matemática - e nos mais variados graus de ensino é mais uma machadada na credibilidade de um sistema educativo em que, dia a dia, menos se confia.Desta vez, contudo, tem razão a ministra da Educação. Os especialistas previamente consultados (sobre a justeza das matérias testadas e o rigor científico das questões) não podiam, depois de ter dado o seu aval de gabinete às provas efectuadas, vir para a praça pública criticá-las por excesso de facilitismo.Independentemente de terem sido ou não questionados sobre o grau de dificuldade das provas, tinham a obrigação grave de alertar o Ministério para essa questão.Se as provas eram fáceis demais, podiam e deviam tê-lo dito antes. Depois, a crítica só serve para descredibilizar um sistema em que já poucos acreditam. E, com isso, todos perdemos.Sabe-se no nono ano o que devia saber-se no sexto? E no sexto conhece-se bem a matéria do quarto? Para que serve isso?É assim tão difícil chegar a acordo sobre o que deve saber, afinal, um miúdo de dez anos? E de quinze? E de dezoito?
Graça Franco
(Fonte: site RR)
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(25/6/2008) Tolerância, liberdade e diálogo são valores, hoje, justamente defendidos, mas devem ser vistos em relação á pessoa de Cristo para terem significado, disse Bento XVI explicando durante a audiência geral desta quarta feira a figura de São Máximo o confessor que viveu no século V, mutilado da língua e da boca e depois exilado pelo imperador romano, por ter defendido a doutrina da única vontade de Cristo.Mas um tolerância que não distingue entre bem e mal - disse o Papa – torna-se caótica e auto destruidora ; uma liberdade que não respeita a liberdade dos outros e não chega a uma liberdade comum torna-se anárquica; um dialogo que já não sabe sobre que coisa dialogar torna-se tagarelice oca.Tolerância, liberdade e dialogo - admoestou o Papa – são valores fundamentais mas podem permanecer tais somente se tiverem ponto de referencia, e este ponto de referencia é a síntese de Deus e Cosmo, na qual aprendemos a colocar todos os outros valores, para que tenham o seu justo significado.Jesus Cristo como ponto de significado que dá luz a todos os outros valores - sublinhou o Santo Padre – é a ultima palavra do testemunho de Máximo: o cosmo deve tornar-se liturgia e a adoração é o inicio da autentica transformação, da verdadeira renovação do mundo.
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 15:20
«Todavia podemos igualmente dizer que na vida da fé cresce também uma certa evidência desta fé. A sua realidade toca-nos, e a experiência duma vida vivida na fé assegura-nos que de facto Cristo é o salvador do mundo.»
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 23:01
«Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus.
Tendo ouvido isto, Jesus retirou-se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-o a pé, desde as cidades. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos» (Mt 14, 12-14)
S. Mateus é o único evangelista que clara e expressamente associa a notícia do martírio de João Baptista à retirada em busca de isolamento de Nosso Senhor, atrevo-me, reconhecendo que o atrevimento é grande, mas a fé e o amor com que escrevo também o são, a pensar que Jesus entristecido procuraria o conforto do Pai quando se retirou e Este na sua infinita bondade enviou-Lhe uma enorme multidão, como Lhe dizendo, a morte de João não foi em vão.
(JPR)
publicado por spedeus às 00:03

«No dia seguinte, ao ver Jesus, que se dirigia para ele, exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
É aquele de quem eu disse: 'Depois de mim vem um homem que me passou à frente, porque existia antes de mim.'
Eu não o conhecia bem; mas foi para Ele se manifestar a Israel que eu vim baptizar com água.»
E João testemunhou: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele.
E eu não o conhecia, mas quem me enviou a baptizar com água é que me disse: 'Aquele sobre quem vires descer o Espírito e poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo'.
Pois bem: eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus»
(Jo 1, 29-34)
publicado por spedeus às 00:02
«Ouve-se repetir, com frequência hoje em dia, que este nosso século tem sede de autenticidade. A propósito dos jovens, sobretudo, afirma-se que eles têm horror ao fictício, aquilo que é falso e que procuram, acima de tudo, a verdade e a transparência.
Estes "sinais dos tempos" deveriam encontrar-nos vigilantes. Tacitamente ou com grandes brados, sempre porém com grande vigor, eles fazem-nos a pergunta: Acreditais verdadeiramente naquilo que anunciais? Viveis aquilo em que acreditais? Pregais vós verdadeiramente aquilo que viveis?
Mais do que nunca, portanto, o testemunho da vida tornou-se uma condição essencial para a eficácia profunda da pregação. Sob este ângulo, somos, até certo ponto, responsáveis pelo avanço do Evangelho que nós proclamamos»
(Exortação Apostólica ‘Evangelli Nuntiandi’, n. 76 – Paulo VI)
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Romanos (2)
Depois de uma longa saudação, cheia de interesse teológico, estende-se numa visão da humanidade não redimida, afastada e com inimizade com Deus depois da queda de Adão. Contempla a degradação moral dos gentios e os pecados semelhantes dos Judeus, para concluir com a absoluta necessidade da Redenção de Cristo para alcançar o perdão de Deus e a graça. Quatro noções nos parece importante sublinhar para entender a Epístola: o pecado, a morte, a carne e a Lei. Delas se tratará mais adiante, na Introdução à «Teologia» de São Paulo. O homem não redimido, submetido a essas quatro forças, só poderá livrar-se delas pela obra da Redenção operada por Cristo Jesus. A salvação provém, pois, unicamente de Jesus Cristo Nosso Senhor, e a ela aderimos pela fé, dom gratuito de Deus, não efeito das nossas obras. Mas uma vez abertos para a fé, e mediante o baptismo que nos enxerta em Cristo, podemos e devemos fazer o bem, praticar a virtude, pelo Espírito Santo, que habita em nós e completa a obra da justificação operada por Cristo, tornando-nos santos e filhos adoptivos do Pai. Assim passamos do estado de inimizade com Deus ao de amizade, do de irredenção ao da graça, a ser uma nova criatura, aberta à esperança da glória dos filhos de Deus.
Na segunda parte da Epístola São Paulo aplica a doutrina anterior à vida e ao comportamento do fiel que abraçou a fé: vêm então, como conclusão, as exigências morais da fé, da «vida no Espírito», e os conselhos práticos do Apóstolo para se saber conduzir no meio do mundo que os rodeia, ainda por remir, mas que deve aproximar-se da salvação.
A Epístola aos Romanos representa um momento cume da Revelação divina transmitida pelo Apóstolo. O resto das cartas aprofundará alguns dos aspectos já esboçados na teologia recolhida em Romanos.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 439-440) Continua
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Romanos (1)
Ambas as cartas aos Coríntios tinham dado os seus frutos; a comunidade goza de saúde e fervor espirituais. As notícias das outras Igrejas locais fundadas pelo Apóstolo indicam que tudo corre bem com a graça do Espírito. Em vista disso, Paulo projecta estender o seu labor apostólico até à Hispânia, fazendo uma ampla escala em Roma, onde já se tinham estabelecido um bom número de cristãos. Mas antes queria passar por Jerusalém para o fruto da grande colecta que tinha reunido em favor dos fieis palestinenses, cuja situação económica estava em grande penúria. Será uma boa consolação para a Igreja mãe de Jerusalém sentir a mostra palpável da caridade e fraternidade dos irmãos de outros países. Com o fim de preparar devidamente a sua estada em Roma, escreve a grande Epístola aos Romanos, em Corinto, nos primeiros meses do ano 58. Esta carta, a mais longa de todo o epistolário paulino, foi considerada também a mais importante. Trata nela de pontos capitais sobre a doutrina e a obra redentora de Cristo, aprofundando e ampliando o dito aos Gálatas, carta esta que pode considerar-se como um primeiro esboço de Romanos.
Continua
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 438-439) Continua
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«… hábito da mente pelo qual alcançamos um início de vida eterna, movendo o entendimento para que dê o assentimento às coisas que não vê»
(Suma Teológica, II, q.4, a.1 - São Tomás de Aquino)
«A fé cristã é, na sua essência, participação na visão de Jesus, mediada pela Sua palavra, que é a expressão autêntica da Sua visão. A visão de Jesus é o ponto de referência da nossa fé, a sua ancoragem concreta»
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
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Coríntios (2)
Questão delicada era então a legalidade ou não de comer a carne de animais sacrificados aos ídolos, que era vendida sem mais advertências no mercado. São Paulo recomenda-lhes que não criem por isso problemas de consciência, mas ao mesmo tempo evitem qualquer escândalo (caps. 8-10). Entre os temas maiores da Epístola estão a doutrina sobre a Eucaristia – a sua instituição na Última Ceia, a presença real de Cristo nas espécies eucarísticas e a disciplina que deve observar-se na sua celebração, assim como nas refeições fraternas ou ágapes que acompanham a Eucaristia (cap. 11) – e sobre a Ressurreição de Cristo e dos mortos (cap. 15). Entre o tratamento da Eucaristia e o da Ressurreição, o Apóstolo dá uma série de instruções acerca do discernimento e ordenação dos muitos carismas que o Espírito Santo – como dissemos – concedia à Igreja de Corinto.
Na segunda Epístola, fazendo a defesa da sua autoridade, traça as linhas mestras do ofício de Apóstolo, ao qual ele foi chamado directamente por Cristo e incorporado nos Doze. Nessas páginas mostra-se o coração de São Paulo, o amor pelos seus filhos na fé e a fortaleza do seu espírito e o sentido de responsabilidade que lhe exige a sua vocação. Como indicámos na cronologia da vida de São Paulo, pode dar-se por certo que o Apóstolo a escreveu no Outono de 57, em alguma cidade da Macedónia, pouco tempo (algo mais de um mês) antes da sua nova estada na cidade dos dois portos, que teria efectuado no Inverno do ano 57 ao ano 58.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 438-439) Continua
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Podem existir mil boas razões para Portugal ter acolhido no seu território o ex-vice-presidente congolês Jean-Pierre Bemba, o homem que esta semana foi detido, em Bruxelas, a pedido do Tribunal Penal Internacional, por acusação de crimes de guerra e contra a humanidade.Podem existir outras mil boas razões para o Estado português lhe ter concedido protecção, através do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, durante os vários meses em que permaneceu na sua residência da Quinta do Lago, no Algarve.Pode ser que, ao acolher o pedido da ONU, formulado através da sua embaixada em Kinshasa, a diplomacia portuguesa tenha agido bem ao possibilitar a saída deste homem para o nosso país. Admito que possa ter evitado um novo banho de sangue.O que não existe é nenhuma boa razão para mentir aos portugueses sobre esta questão.Dizer, como fez o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que o senhor Bemba pagava de seu bolso a segurança própria, para virmos a saber, no dia seguinte, e através da própria PSP, que a protecção concedida ao ex-dirigente congolês era oficial, tinha aval do Ministério da Administração Interna e era paga por todos nós, faz-nos apenas supor que nos estão a tentar enganar e Portugal tem algo a esconder neste processo.E isso, sim, é mau! Cheira a cumplicidade. E o estatuto de cúmplices é que nos pode envergonhar.
Graça Franco
(Fonte: site RR)
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Escritor e pensador inglês, Thomas More nasceu a 7 de Fevereiro de 1477, em Londres. Filho de um juiz proeminente, estudou na Escola de St. Anthony na sua cidade. Enquanto jovem foi pajem do arcebispo Morton, que lhe predisse grandeza.Prosseguiu os seus estudos em Oxford, sob a tutela de Thomas Linacre e de William Grocyn. Aí não só estudou Literatura Grega e Latina, como começou a escrever comédias. Uma das suas primeiras obras foi uma tradução para inglês da biografia em latim do humanista Picco della Mirandola, impressa em 1510.Por volta de 1494, tornou a Londres para estudar Direito, tornando-se advogado em 1501. Fez intenções de abraçar a vida monástica, mas sentiu-se na obrigação de servir o seu país através da política. Foi eleito para o Parlamento em 1504, altura em que casou pela primeira vez.Tornou-se amigo de Erasmo, aquando da sua primeira visita a Inglaterra em 1499. Trabalharam em conjunto na tradução das obras de Luciano. Erasmo, por ocasião da sua terceira visita ao país, publicou o Encomium Moriae (1509, O Elogio da Loucura), dedicando-o a More.Atraindo a atenção do rei Henrique VIII, foi por diversas vezes enviado pelo monarca em missões diplomáticas ao estrangeiro. Em 1516 traduziu a sua obra mais conhecida, Uthopia (A Utopia), do latim para o inglês.Em 1518 foi nomeado membro do Privy Council e investido cavaleiro em 1521. More ajudou o rei a escrever um repúdio às ideias de Martinho Lutero e, ganhando o favor real, foi nomeado orador da Câmara dos Comuns, em 1523, e Conselheiro do Ducado de Lencastre, em 1525. Recusando-se apoiar o plano de Henrique VIII para se divorciar de Catarina de Aragão foi, não obstante, elevado ao cargo de Lorde Conselheiro, sendo o primeiro leigo a ocupá-lo.Demitiu-se das suas funções em 1532, alegando razões de saúde, e recusou-se assistir à coroação de Ana Bolena em 1533, facto que desagradou ao monarca. Em 1534 foi acusado de cumplicidade com Elizabeth Barton, uma freira que se opunha ao cisma de Henrique VIII com Roma.Em Abril de 1534, More recusou-se a pronunciar a Lei da Sucessão e o Juramento de Supremacia, sendo por isso condenado à prisão na Torre de Londres a 17 de Abril. Acusado de traição, foi decapitado a 6 de Julho de 1535. As suas últimas palavras teriam sido: "Bom servidor do rei, mas de Deus primeiro." Foi beatificado em 1886 e canonizado Santo pela Igreja Católica em 1935.
(Fonte: Infopédia)
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(22/6/2008) Perante o amplo e diversificado panorama dos medos humanos, a Palavra de Deus é clara: quem teme Deus não tem medo. Foi o que afirmou Bento XVI antes da recitação da oração mariana do Angelus com os cerca de 30 mil fiéis congregados ao meio dia na Praça de São Pedro, convidando-os a reflectir sobre a diferença que existe entre os medos humanos e o temor de Deus.O medo – recordou - é uma dimensão natural da vida. Desde pequenos experimentamos formas de medo que se revelam depois imaginárias e desaparecem; outras emergem sucessivamente tendo fundamento na realidade; estes devem ser enfrentados e superados com o empenho humano e com a confiança em Deus. Mas existe depois, sobretudo hoje, uma forma de medo mais profunda, de tipo existencial, que ás vezes desemboca na angústia: nasce de um sentido de vazio, ligados a uma certa cultura embebida de um difuso niilismo teórico e prático.O Papa recordou que o temor de Deus que as Escrituras definem como o princípio da verdadeira sapiência, coincide com a fé nele, com o respeito sagrado pela sua autoridade sobre a vida e sobre o mundo. Não possuir o temor de Deus equivale – explicou Bento XVI - a colocar-se no seu lugar, sentir-se o dono do bem e do mal, da vida e da morte. Pelo contrário, quem teme a Deus adverte em si a segurança que tem a criança nos braços de sua mãe: quem teme a Deus está tranquilo mesmo no meio das tempestades, porque Deus, como Jesus nos revelou, é Pai cheio de misericórdia e de bondade. Quem o ama não tem medo. O crente – concluiu o Papa – não se assusta diante de nada, porque sabe que está nas mãos de Deus, sabe que o mal e o irracional não têm a ultima palavra, mas o único Senhor do mundo e da vida é Cristo, o Verbo de Deus incarnado, que nos amou ao ponto de sacrificar-se a si mesmo morrendo na cruz para a nossa salvação. -Antes das saudações nas várias línguas o Santo Padre quis recordar as vitimas do naufrágio de um ferry que transportava mais de 700 passageiros: naufrágio causado pelo tufão "Fengshen" nas Filipinas. O Papa disse que soube com viva emoção da notícia do naufrágio. E manifestou a sua proximidade ás populações das ilhas atravessadas pelo tufão e explicou ter rezado pelas vitimas desta tragédia, entre as quais se encontram também crianças.Bento XVI referiu-se também ao bimilenário de nascimento do Apóstolo Paulo que nos preparamos para celebrar com um especial ano jubilar. O Papa fez votos de que este grande acontecimento espiritual e pastoral possa suscitar também em nós uma renovada confiança em Jesus Cristo que nos chama a anunciar e testemunhar o seu Evangelho, sem temer nada. E dirigiu o convite a todos para que se preparem para celebrar com fé o ano Paulino que se Deus quiser inaugurará solenemente sábado próximo na Basílica de São Paulo fora de muros, com a liturgia das primeiras Vésperas da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São PauloDesde já confiamos esta grande iniciativa eclesial á intercessão de São Paulo e de Maria Santíssima, Rainha dos Apóstolos e Mãe de Cristo, fonte da nossa alegria e da nossa paz.-Bento XVI recordou depois que hoje em Beirute, a capital do Líbano é beatificado Yaaqub da Ghazir Haddad, um sacerdote da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas da Cruz do Líbano. Manifestando as suas felicitações ás suas filhas espirituais, o Papa fez votos de que a intercessão do beato Abuna Yaaqub, unida aquela dos Santos libaneses, obtenha para aquele amado e martirizado País, que já sofreu demasiado, progredir finalmente para uma paz estável.Bento XVI recordou ainda que neste Domingo, em Quebeque, no Canadá se encerrará o 49 congresso eucarístico internacional sobre o tema “a Eucaristia dom de Deus para a vida do mundo”. Possais cada dia estar cada vez mais próximos de Cristo, realmente presente na Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã, foram os votos formulados pelo Papa.
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 18:01
«O conhecimento de Deus postula vigilância interna, interiorização, coração aberto, que se torna pessoalmente consciente no silencioso recolhimento da sua imediatez com o Criador. Mas ao mesmo tempo é verdade que Deus não se abre ao seu isolado, que exclui o fechamento individualista. A relação com Deus está ligada à relação, à comunhão com os nossos irmãos e com as nossas irmãs»
(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
De facto não podemos nem devemos viver numa redoma, e, como nos ensinou S. Josemaría, devemos procurar ser cristãos no meio do mundo, e isto significa literalmente no meio da sociedade que nos rodeia, no trabalho, na escola, no desporto, seja como praticantes ou adeptos, nos transportes, na família, nos locais de lazer, etc., etc..
O Senhor espera que através do nosso exemplo, em primeiro lugar, e da nossa palavra, no momento oportuno, sejamos Seus embaixadores permanentes, saibamos pois ser dignos dos Seus ensinamentos.
Bom Domingo!
P.S. - no Evangelho de S. Mateus de hoje, Deus Nosso Senhor ensina-nos precisamente a não pecarmos por omissão "O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia;e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados" (Mt, 10, 27)
(JPR)
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publicado por spedeus às 23:02
Sanctus, Sanctus, Sanctus,
Dominus Deus Sabaoth.
Pleni sunt caeli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.
Benedictus qui venit,
in nomine Domini.
Hosanna in excelsis.
publicado por spedeus às 23:01
Coríntios (1)
De Éfeso, na Primavera do ano 57, dirigiu São Paulo a sua primeira Epístola aos Coríntios. O motim dos ourives obrigou o Apóstolo a abandonar precipitadamente a cidade e, da Macedónia, no Outono do mesmo ano 57, escreveu a segunda carta aos Coríntios. Naquela época, Corinto, encravado no istmo do seu nome, com dois portos, um no mar Egeu e o outro no Jónio, era uma das cidades comerciais mais importantes de todo o Mediterrâneo, onde arribavam barcos de toda a parte. Tinha uma matizada população, onde confluíam variadíssimas religiões, mas era também célebre pela sua degradação moral. Entre outras aberrações estava o culto de Afrodite e as mil «sacerdotisas», dedicadas ao culto da deusa, dentro do qual exerciam a chamada «prostituição sagrada». Estas e outras aberrações morais tinham criado um ambiente muito difícil para a recente cristandade de Corinto. Não obstante, a Providência divina cumulava de graças e carismas esta Igreja, centro de concorrência de tantas gentes.
A primeira Epístola aos Coríntios é muito importante do ponto de vista doutrinal e histórico. Um primeiro tema que o Apóstolo aborda é o da unidade da Igreja e dos Cristãos, por ocasião de certas divisões surgidas entre aqueles neófitos. São Paulo sublinha a necessidade da unidade de todos, o perigo de se deixar levar por gostos meramente humanos, e a obediência que lhe devem os Coríntios pela sua autoridade de Apóstolo e de pai na fé. Censura com energia alguns abusos morais mantidos por uns poucos convertidos, mas tolerados pela comunidade, como é o caso do incestuoso que continua a viver com a madrasta – coisa não estranha naquela sociedade -, e explicita a natureza do matrimónio e da virgindade, com passos que são fundamentais na doutrina cristã sobre estes temas (cap. 7).
Continua
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 437-438)
publicado por spedeus às 23:00
A tolerância que, por assim dizer, admite Deus como opinião privada mas nega a sua presença no domínio público, na realidade do mundo e da nossa vida, não é tolerância – é hipocrisia.
(Homília na abertura do Sínodo dos Bispos em 02/X/2005 – Bento XVI)
publicado por spedeus às 23:27
São chamadas assim as cartas ao Gálatas, 1ª e 2ª aos Coríntios, e aos Romanos, escritas todas durante a terceira viagem missionária (Primavera do ano 53 à Primavera do ano 58). Hoje ninguém discute a autenticidade paulina delas. É inquestionável a unidade de doutrina, estilo e mentalidade, e transparece em todas a forte personalidade de São Paulo.
Gálatas
Comummente data-se do ano 54 ou 55, durante a longa estada do Apóstolo em Éfeso. Já dissemos, que alguns poucos, não põem de parte certa possibilidade de que tivesse sido escrita em Antioquia da Síria, no ano de 49, pouco antes do concílio apostólico de Jerusalém. Um ou outro autor atrasa-a até ao ano 57, por sua doutrina ser semelhante à dos Romanos, inclusivamente como que um primeiro esboço desta.
O tema principal é a doutrina da liberdade dos cristãos relativamente ao cumprimento das complexas prescrições da Lei moisaica e dos seus complementos acrescentados pela tradição dos Escribas. Tratava-se da controvérsia com um sector de cristãos procedentes do judaísmo, que pensavam era necessária tal observância para a salvação, e que fazia pressão sobre os fieis da Galácia. São Paulo expõe com absoluta firmeza a liberdade cristã a esse respeito, doutrina, por outro lado, já estabelecida a instâncias suas pelo concílio apostólico de Jerusalém uns cinco anos antes. A controvérsia com os «judaizantes» oferece ocasião ao Apóstolo para explicar o valor redentor da Paixão de Cristo, em cuja obra salvífica nos inserimos, nós os Cristãos, pela fé e pelo Baptismo, com absoluta independência da Antiga Lei, já caducada na nova etapa da Salvação.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 437) Continua
publicado por spedeus às 23:26
«As palavras divinas crescem com quem as lê»
(Homilia in Ezechielem 1. 7, 8: CCL 142. 87 [PL 76, 843 D] – São Gregório Magno)
publicado por spedeus às 23:09
«Quanto chorei com os teu hinos e os teus cânticos, vivamente comovido pela suave voz da Igreja! Aquelas palavras soavam nos meus ouvidos, e a Tua verdade penetra no meu coração, e com isso se exacerbava o piedoso afecto, e corriam as lágrimas, e faziam-me bem»
(Confissões, Livro IX, VI, 14 – Santo Agostinho)
publicado por spedeus às 23:08
Todos os estudiosos antigos e modernos estão de acordo em que as duas primeiras cartas de São Paulo foram a 1ª e a 2ª aos Tessalonicenses, escritas em Corinto, nos anos 50-52. Só um ou outro autor propõe a possibilidade, ainda que menos provável, de que tenha sido a Epístola aos Gálatas o primeiro escrito Paulino, redigido, nesse caso, pelo ano 49. As duas cartas aos Tessalonicenses contém o ensino de São Paulo a propósito de algumas questões levantadas pelos cristãos de Tessalónica, que então só há alguns meses se tinham convertido à fé, na primeira fase da segunda viagem missionária.
Fundamentalmente tratam da Parusía ou segunda vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos, acerca das quais os neófitos de Tessalónica tinham ideias pouco claras e inquietações preocupantes. O Apóstolo desconhece o tempo de tais acontecimentos, pois não foi revelado e põe a ênfase na atitude espiritual da vigilância, seguindo os ensinamentos do Senhor, para nos encontre preparados, qualquer que seja o tempo da Sua vinda. Apresenta particular dificuldade a manifestação do «homem da iniquidade», o «Anticristo», sobre o qual também não se sabe, em última análise, quando aparecerá. Os Tessalonicenses não se devem inquietar, nem perder o tempo fazendo elucubrações sobre estas coisas, mas devem procurar viver santamente e trabalhar com honestidade; chega a admoestá-los: «Se alguém não quiser trabalhar, que também não conta».
As Epístolas aos Tessalonicenses, escritas uns vinte anos depois da morte de Nosso Senhor, são seguramente os dois escritos mais antigos do Novo Testamento (uma vez que o Evangelho de São Mateus só se conserva na sua redacção grega posterior) e, além dos seus ensinamentos perenes, abrem-nos o coração daqueles primeiros cristãos, recentes na fé, e da vida daquela comunidade, uma das primeiríssimas Igrejas fundadas por São Paulo no continente europeu.
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 436-437) Continua
publicado por spedeus às 23:06
publicado por spedeus às 23:00
Perante o desespero de muitos e a dificuldade de satisfazer a ambição de riqueza de outros, as crises económicas são campo ideal para o nascimento de esquemas de geração de dinheiro fácil. Especuladores e gente sem escrúpulos vivem nas crises os seus melhores momentos.Neste quadro, as notícias surgidas no final da semana sobre o facto haver uma espécie de novas “Donas Brancas” do jogo não traria nada de novo.Novo é só o facto dessas “correntes”, ou “bolhas”, como os jogadores lhe chamam, se estar a generalizar à classe média/alta, com apostas de 50 euros para ganhar 400 a crescerem para dez mil euros para ganhar 80 mil.Alguns estarão já mesmo “viciados” e fascinados com os ganhos obtidos, subindo a parada das apostas. Os encontros entre apostadores são rodeados de todos os cuidados. Compram-se telemóveis que servem exclusivamente para marcar os encontros. Estes realizam-se em locais públicos. As apostas são feitas em notas, para não deixar rasto. Compram-se cofres para guardar os ganhos… Conhecem-se os relatos dos jogadores pelos jornais.E que dizem os agentes de justiça? Dos Magistrados do Ministério Público aos funcionários de Investigação Criminal? Que não sabem se é crime e que é preciso fazer um estudo aprofundado para o saber. Aqui, sim, abre-se a boca de espanto. Não sabem? Onde estão os impostos devidos por essas mais-valias? Para que serve a lei do jogo? Os ganhos de jogo já não são tributados? Nos países nórdicos, onde fugir ao fisco é visto pela sociedade como sinónimo de ROUBAR, não haveria dúvidas. Por cá, este tipo de dúvidas explica boa parte do nosso atraso.
Graça Franco
(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 09:36
«… é a bênção do povo, o louvor de Deus, o elogio das gentes, o aplauso de todos, a linguagem universal, a voz da Igreja, a confissão harmoniosa da fé, plena submissão à autoridade, o regozijo da liberdade, o clamor do alvoroço e o eco da alegria»
(Encarratio in Ps. I,9 – Santo Ambrósio)
publicado por spedeus às 23:05
Aleluia. Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque eterna é a sua misericórdia.Diga a casa de Israel: Eterna é sua misericórdia.
Proclame a casa de Aarão: Eterna é sua misericórdia.
E vós, que temeis o Senhor, repeti: Eterna é sua misericórdia.
Na tribulação invoquei o Senhor; ouviu-me o Senhor e me livrou.
Comigo está o Senhor, nada temo; que mal me poderia ainda fazer um homem?
Comigo está o Senhor, meu amparo; verei logo a ruína dos meus inimigos.
Mais vale procurar refúgio no Senhor do que confiar no homem.
Mais vale procurar refúgio no Senhor do que confiar nos grandes da terra.
Ainda que me cercassem todas as nações pagãs, eu as esmagaria em nome do Senhor.
Ainda que me assediassem de todos os lados, eu as esmagaria em nome do Senhor.
Ainda que me envolvessem como um enxame de abelhas, como um braseiro de espinhos, eu as esmagaria em nome do Senhor.
Forçaram-me violentamente para eu cair, mas o Senhor veio em meu auxílio.
O Senhor é minha força, minha coragem; ele é meu Salvador.
Brados de alegria e de vitória ressoam nas tendas dos justos:
a destra do Senhor fez prodígios, levantou-me a destra do Senhor; fez maravilhas a destra do Senhor.
Não hei-de morrer; viverei para narrar as obras do Senhor.
O Senhor castigou-me duramente, mas poupou-me à morte.
Abri-me as portas santas, a fim de que eu entre para agradecer ao Senhor.
Esta é a porta do Senhor: só os justos por ela podem passar.
Graças vos dou porque me ouvistes, e vos fizestes meu Salvador.
A pedra rejeitada pelos arquitectos tornou-se a pedra angular.
Isto foi obra do Senhor, é um prodígio aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade.
Senhor, dai-nos a salvação; dai-nos a prosperidade, ó Senhor!
Bendito seja o que vem em nome do Senhor! Da casa do Senhor nós vos bendizemos.
O Senhor é nosso Deus, ele fez brilhar sobre nós a sua luz. Organizai uma festa com profusão de coroas. E cheguem até os ângulos do altar.
Sois o meu Deus, venho agradecer-vos. Venho glorificar-vos, sois o meu Deus.
Dai graças ao Senhor porque ele é bom, eterna é sua misericórdia.
Fonte: Bíblia Clerus – Congregação para o Clero – Santa Sé (adaptação ortográfica de JPR)
publicado por spedeus às 23:03
A tradição cristã, desde as suas origens, reconheceu a paternidade de São sobre catorze das vinte e uma Epístolas que inclui o Novo Testamento. Assim, pois, quanto ao número de escritos, Paulo é o hagiógrafo neotestamentário mais prolixo; embora São João com três géneros de escritos (Evangelho, Apocalipse e três Epístolas) seja mais variado, e São Lucas, só com o Evangelho e o livro dos Actos dos Apóstolos seja aquele que escreveu maior número de páginas.
Na antiguidade greco-romana existiam dois géneros epistolares: as cartas familiares, comerciais, políticas, etc., e as epístolas propriamente ditas, espécie de tratados ou ensaios sobre um certo tema, dedicados a alguma personalidade, amigo ou familiar. Os escritos de São Paulo participam de ambos os géneros: são curtos enquanto mantêm um tom familiar, com as saudações, despedidas, recomendações, etc.; e epístolas enquanto contêm ensinamentos doutrinais mais ou menos desenvolvidos. Em qualquer dos casos são escritos inspirados, fonte de Revelação cristã, de valor permanente, ainda que com frequência tratem de questões que surgiram em circunstâncias concretas das incipientes Igrejas.
A ordem em que costumam ser editadas nas nossas Bíblias as Epístolas de São Paulo é artificial. Agrupam-se, em primeiro lugar, as dirigidas às diversas comunidades; depois as enviadas a pessoas particulares. A ordem dentro desta agrupação atém-se à extensão delas e à frequência do seu uso na literatura cristã, à excepção da Epístola aos Hebreus, que costuma colocar-se como a última de todas*. Não seguem, portanto, uma ordem cronológica, que é, porém, a que vamos seguir aqui na breve descrição das Epístolas paulinas, pois essa ordem facilitar-nos-á a compreensão do desenvolvimento doutrinal que o Apóstolo vai expondo.
* a autoria de São Paulo da Epístola aos Hebreus não é consensual, e disso mesmo nos dão conta os teólogos da Universidade de Navarra na introdução à referida epístola (vide Volume III – pág. 280-281) JPR
(Bíblia Sagrada anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra – Volume II, edição em língua portuguesa – Edições Theologica – Braga – As Epístolas de São Paulo – pág. 435-436) Continua
publicado por spedeus às 23:02