«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9) (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9)

30
Set 08
A crise financeira, que começou nos Estados Unidos há mais de um ano, estendeu-se a todo o mundo. Foi o que aconteceu em 1929 e nessa altura não se falava em globalização.Estão em curso intervenções dos Estados de vários países para conter os efeitos da crise. Por isso, espera-se que ela não atinja a gravidade da grande depressão dos anos 30.

Entretanto, toda a gente pede mais e melhor regulação e supervisão dos mercados.

É verdade que houve aí grandes falhas. Sobretudo em relação a novos e perigosos novos produtos financeiros, agora chamados “tóxicos”.

Mas o pior falhanço foi no pleno ético. Muita gente com poder nos mercados financeiros deixou-se levar pela euforia do lucro fácil e rápido.

Ora quem tem poder no mercado deve seguir uma rigorosa ética de responsabilidade, medindo as consequências do que faz. A ética não se decreta – mas é mais importante para o bem-estar da sociedade do que as leis e as medidas de política financeira.

F. Sarsfield Cabral


(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 18:01



















Porto

Missa Solene presidida por D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, na quinta-feira dia 2 de Outubro pelas 19h00 na Igreja da Trindade nesta cidade.
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«Assim como a boca saboreia os alimentos, assim também o coração os Salmos»


(Sermão sobre o Cântico dos Cânticos, VII, 5 – São Bernardo)


Salmo 1 OS DOIS CAMINHOS (Pr 4,10-19; Jr 17,5-8)

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
nem toma parte na reunião dos libertinos;
antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR
e nela medita dia e noite.
É como a árvore plantada
à beira da água corrente:
dá fruto na estação própria
e a sua folhagem não murcha;
em tudo o que faz é bem sucedido.Mas os ímpios não são assim!
São como a palha que o vento leva.
Por isso, os ímpios não resistirão no julgamento,
nem os pecadores, na assembleia dos justos.

O SENHOR conhece o caminho dos justos,
mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.
publicado por spedeus às 00:01


Produzido pela Grassroots Films de Brooklyn, "The Human Experience" narra a história de dois irmãos que decidem viajar pelo mundo em busca de respostas a perguntas como: Quem sou eu? Quem é o homem? Por que estamos em busca de um significado?

A viagem deles levá-los-á ao meio dos sem abrigo de Nova Iorque, aos órfãos e às crianças deficientes do Peru, ou ainda aos leprosos abandonados nas florestas de Gana, em África. O que descobriram irá mudá-los para sempre.

Através de diálogos e encontros, os dois irmãos descobrirão a beleza da pessoa humana e a resistência do espírito humano. O filme foi apresentado no “Maui Film Festival” na categoria como Melhor Documentário.


(Fonte: H2O News com edição e adaptação de JPR)
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29
Set 08
331. Cristo é o centro do mundo dos anjos (angélico). Estes pertencem-Lhe: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os [seus] anjos...» (Mt 25, 31). Pertencem-Lhe, porque criados por e para Ele: «em vista d'Ele é que foram criados todos os seres, que há nos céus e na terra, os seres visíveis e os invisíveis, os anjos que são os tronos, senhorias, principados e dominações. Tudo foi criado por seu intermédio e para Ele» (Cl 1, 16), E são d'Ele mais ainda porque Ele os fez mensageiros do seu plano salvador: «Não são eles todos espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão-de herdar a salvação?» (Heb 1, 14).

332. Ei-los, desde a criação e ao longo de toda a história da salvação, anunciando de longe ou de perto esta mesma salvação, e postos ao serviço do plano divino da sua realização: eles fecham o paraíso terrestre; protegem Lot, salvam Agar e seu filho, detêm a mão de Abraão pelo seu ministério é comunicada a Lei , são eles que conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações assistem os profetas – para não citar senão alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus.

333. Da Encarnação à Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é rodeada da adoração e serviço dos anjos. Quando Deus «introduziu no mundo o seu Primogénito, disse: Adorem-n'O todos os anjos de Deus» (Heb 1, 6). O seu cântico de louvor, na altura do nascimento de Cristo, nunca deixou de se ouvir no louvor da Igreja: «Glória a Deus [...]» (Lc 2, 14). Eles protegem a infância de Jesus, servem-n'O no deserto e confortam-n'O na agonia no momento em que por eles poderia ter sido salvo das mãos dos inimigos como outrora Israel. São ainda os anjos que «evangelizam», anunciando a Boa-Nova da Encarnação e da Ressurreição de Cristo. E estarão presentes aquando da segunda vinda de Cristo, que anunciam, ao serviço do seu juízo.


OS ANJOS NA VIDA DA IGREJA


334. Daqui resulta que toda a vida da Igreja beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos.

335. Na sua liturgia, a Igreja associa-se aos anjos para adorar a Deus três vezes santo; invoca a sua assistência (como na oração "In paradisum deducant te angeli – conduzam-te os anjos ao paraíso" da Liturgia dos Defuntos, ou ainda no «Hino querubínico» da Liturgia bizantina, e festeja de modo mais particular a memória de certos anjos (São Miguel, São Gabriel, São Rafael e os Anjos da Guarda).

336. Desde o seu começo até à morte, a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão. «Cada fiel tem a seu lado um anjo como protector e pastor para o guiar na vida». Desde este mundo, a vida cristã participa, pela fé, na sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.


(Catecismo da Igreja Católica)
publicado por spedeus às 00:01


Propõem-se muito facilmente a separação ou o divórcio nos momentos de crise do casal. Ao invés é necessário dar uma referência positiva, como o faz a Associação Retrouvaille, que há mais de 30 anos trabalha a serviço dos casais em dificuldade.

No discurso dirigido na passada 6ª feira dia 26 de Setembro à Associação, Bento XVI louvou o espírito animador da iniciativa desejada por um casal canadiano em 1977 e sublinhou que quando um casal em dificuldade ou até mesmo já separado se confia a Maria e se dirige Àquele que fez de dois “uma só carne”, pode estar certo que a crise se tornará, com a ajuda do Senhor, uma passagem de crescimento, e que o amor sairá purificado, amadurecido, reforçado. O vosso serviço, disse o Papa, é o serviço contracorrente dos autênticos discípulos de Cristo.


(Fonte: H2O News com adaptação do texto de JPR)
publicado por spedeus às 00:00

28
Set 08
Finalmente, depois do Papa, o Parlamento Europeu quebrou o silêncio da comunidade internacional:

Está em curso uma onda de Cristofobia em vários Estados da Índia e ninguém faz nada em defesa dos cristãos. Só no Estado de Orissa, foram já assassinados 37 cristãos. Dezenas de Igrejas foram profanadas, mais de quatro mil casas destruídas e 50 mil fiéis fugiram para campos de refugiados ou estão escondidos na floresta.

Esta onda de ódio contra os cristãos – agora dada a conhecer na Índia – verifica-se também noutros países, nomeadamente no Paquistão, Iraque e Vietname.

A opinião pública ocidental, os políticos e intelectuais têm andado entretidos com outros assuntos… “Mais depressa se preocupam com o futuro dos ursos polares do que com a vida ameaçada de milhares de cristãos”, disse, a este propósito, o Cardeal Cafarra, Arcebispo de Bolonha. “E porquê? É que os mártires não cedem e, por isso, incomodam os que acham que tudo na vida se pode negociar – explica o Cardeal – os mártires desmascaram o relativismo. Por isso há tanta gente que prefere censurar o assunto”.

Aura Miguel

(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 14:30


No trigésimo aniversário da morte de João Paulo I, Bento XVI recordou neste Domingo a figura do Papa Luciani, sublinhando o seu grande ensinamento de humildade.

“Foram suficientes 33 dias para que Papa Luciani entrasse no coração da gente. Nos discursos usava exemplos tirados de factos de vida concreta, das suas recordações de família e da sabedoria popular.A sua simplicidade era veículo de um ensinamento sólido e rico que, graças ao dom de uma memória excepcional e de uma vasta cultura, ele enriquecia com numerosas citações de escritores eclesiásticos e profanos. Foi assim um incomparável catequista, nas pegadas de São Pio X, seu conterrâneo e predecessor, primeiro na cátedra de São Marcos (em Veneza) e depois na cátedra de Pedro.

De João Paulo I Bento XVI citou algumas frases que testemunhavam a sua humildade:”devemos sentir-nos pequenos diante de Deus. Não me envergonho de sentir-me como uma criança diante da mãe: acredita-se na mãe, eu acredito no Senhor, naquele que Ele me revelou, disse Papa Luciani durante uma audiência geral.

Estas palavras, comentou neste domingo Bento XVI mostram inteiramente a espessura da sua fé.Uma outra frase de Papa Luciani recordada pelo Santo Padre referia-se á humildade: mesmo que tenhais feito grandes coisas, dizei: somos servos inúteis. Pelo contrário, a tendência em todos nós é colocar-se bem em vista. Ele escolheu como lema episcopal o mesmo de São Carlos Borromeu: Humilitas. Uma única palavra que sintetiza o essencial da vida cristã e indica a virtude indispensável de quem, na Igreja, é chamado ao serviço da autoridade.

“Enquanto agradecemos a Deus pelo facto de o ter dado á Igreja e ao mundo, façamos tesouro do seu exemplo, empenhando-nos a cultivar a sua mesma humildade que o tornou capaz de falar a todos, especialmente aos pequeninos e àqueles, considerados longe da Igreja.”

Depois da recitação do Angelus em Castelgandolfo, o Papa despediu-se dos habitantes desta pequena cidade do Lazio onde passou o seu período de repouso de verão. No próximo dia 30, terça-feira regressará definitivamente ao Vaticano.


(Fonte: site da Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 13:58

«Mas a liberdade é um valor delicado. Pode ser mal-entendida ou usada mal, acabando por não conduzir à felicidade que todos dela esperamos, conduzindo pelo contrário a um cenário sombrio de manipulação, em que a nossa compreensão de nós próprios e do mundo se torna confusa ou é até mesmo distorcida por aqueles que têm segundas intenções.
O maior risco é o de separar a liberdade da verdade: hoje em dia há quem, em nome do respeito pela liberdade do indivíduo, considere errado procurar a verdade, mesmo a verdade sobre o que é bem. É o que se chama “relativismo”, que pretende libertar a consciência dando a tudo o mesmo valor. Tal confusão moral leva a perder o respeito por si mesmo, podendo levar ao desespero, e mesmo ao suicídio».



(Encontro com jovens e seminaristas no Seminário de S. José / Nova Iorque em 19/IV/2008 - Bento XVI)
publicado por spedeus às 00:02

Depois de algum tempo de ansiosa espera, a criança nasceu. Foi uma grande alegria. O pai estava radiante. Pegou no telemóvel e comunicou a notícia aos familiares. Deram-lhe os parabéns e perguntaram-lhe se era um rapaz ou uma rapariga. É a pergunta mais natural numa situação destas. O pai da criança, ainda com a voz emocionada, respondeu do corredor do hospital: «Nasceu rapaz. Já temos um nome para ele. Vai-se chamar Fernando. No entanto, tanto eu como a Cristina respeitamos desde já a sua liberdade. Se mais tarde ele decidir mudar de género, passará a ser ela, e chamar-se-á Fernanda».

Se observarmos com calma, veremos que é cada vez mais habitual utilizar a palavra "género" para substituir a palavra "sexo". Fala-se com frequência da igualdade de género, da violência de género, do direito a escolher o próprio género. Pretende-se instaurar uma sociedade na qual todas as pessoas sejam radicalmente iguais e radicalmente livres. Na qual cada um possa escolher a sua identidade de género e a sua orientação sexual com total independência da biologia.

A natureza com a qual nascemos é vista, por alguns, como um limite à nossa liberdade. Porque é que uma pessoa tem de aceitar nascer rapaz ou rapariga? Porque é que não pode livremente escolher? Quem é que escolheu por mim? Tenho ou não o direito de ser aquilo que quero ser? Quem me pode impedir?

Em nome desta "liberdade", promovem-se leis para o "matrimónio" entre pessoas do mesmo sexo ou para a "mudança" de sexo no Registo Civil. Todos aqueles que não concordam com isto são vistos como homófobos e intolerantes. São vistos como pessoas arcaicas que querem impor os seus valores aos outros e não respeitam o valor supremo da liberdade sem limites.

O problema é que quando nos esquecemos da verdade, a liberdade perde o seu norte e o seu sentido. E a verdade é que o sexo com o qual nascemos não depende da nossa liberdade de escolha. Para a grande maioria das pessoas isto é evidente. No entanto, em nome de um falso conceito de tolerância, existe um medo no ambiente de fazer tais afirmações. São consideradas intolerantes, homófobas e politicamente incorrectas.

Mas a realidade continua a ser a mesma. Nós só podemos escolher de verdade, com verdadeira liberdade, a partir daquilo que somos. Nenhum de nós escolheu existir, ser pessoa, ser livre, ser homem ou ser mulher. Nenhum de nós escolheu o dia do seu nascimento nem os seus pais. Estas condições iniciais da nossa biografia não foram escolhidas por nós. São a "natureza" com a qual nascemos. Podemos revoltar-nos contra a realidade das coisas. Podemos procurar viver como se ela não fosse assim. O que não podemos é evitar que essa revolta passe a sua "factura". Uma factura que nos impede de sermos genuinamente felizes. Porque a própria vida nos demonstra que não há verdadeira felicidade fora da realidade.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria
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publicado por spedeus às 00:00

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27
Set 08
publicado por spedeus às 12:00

Ave Maria, gràtia plena,Dòminus tècum,

benedìcta tu in mulièribus,

et benedìctus fructus vèntris tui, Iesus.

Sancta Maria, mater Dei et mater nostra,

ora pro nobis peccatòribus,

nunc et in hora mortis nòstrae.

Amen

publicado por spedeus às 00:01

«Quando era jovem estudante de Teologia, fui para um país e para uma cidade cosmopolita, democrática e uma das coisas que me impressionava eram os comícios de extrema-esquerda na praça Navona - o ex-libris da cidade de Roma. Era uma autêntica liturgia laica, uma liturgia laico-messiânica, isto é, promissora de um novo futuro, um futuro radiante. Havia cânticos de entrada, havia as leituras sagradas dos autores sagrados Lenine, Mao Tsé Tung, Marx; havia a homilia dos oradores, havia a oração dos fiéis (embora de forma laica, naturalmente) a recordar os países pobres e revolucionários do mundo. Havia o ofertório, que era o peditório para as causas revolucionárias e havia o cântico de despedida. Uma autêntica liturgia das ideologias laicas promissoras, como dizia a canção, dos “Amanhãs que Cantam”. O slogan que mais expressava esta esperança messiânica do mundo novo, era : " Onde chegar Lenine, aí há-de chegar Jerusalém” - a nova Jerusalém, o paraíso. Isto em 1970. Saí de Roma em 77 e estive depois 19 anos sem lá voltar.

Quando completei 25 anos de sacerdócio, ofereci a mim mesmo uma prenda e fui então às origens, celebrar as bodas de prata sacerdotais, pois tinha sido ordenado em Roma. E vi uma paisagem completamente diferente. Na praça Navona, encontrei uma nova liturgia, que poderemos chamar místico - esotérica , do tipo "new age". Encontrei lá os videntes, os cartomantes, os quiromantes, os homens e mulheres dos horóscopos e, com a liturgia, uma mesa, os livros sagrados desta nova religiosidade, uma vela ou mais que uma vela e enfim os novos gurus que davam consulta, direcção espiritual, confissão... Vi um que estava a confessar outro. Aproximei-me e vi que, de facto, um estava a confessar-se, a contar a sua vida toda.

Vi os cartomantes que lêem tudo através das cartas; os quiromantes que lêem através das linhas da mão e os geomantes que, através das ondas e das vibrações da Terra, dos edifícios, fazem parte de uma consciência cósmica e a partir daí se adivinha ou se lê o futuro».


(Excerto Conferência proferida nas Jornadas Nacionais de Catequistas, Fátima, 15-XI-2003 - Fonte: “Pastoral Catequética”, nº 1, Jan-Abril 2005 – D. António Marto, ao tempo Bispo de Viseu, hoje Bispo de Leiria-Fátima)
publicado por spedeus às 00:00

26
Set 08

“Se voltasse a encontrar aqueles comerciantes que me raptaram e torturaram, me ajoelharia para beijar as suas mãos, porque se isto não tivesse acontecido, hoje não seria cristã e religiosa.”

São palavras de Giuseppina Bakhita, nascida em Darfur (Sudão) em 1869 e falecida em Schio (Itália) a 8 de Fevereiro de 1947, antes escrava hoje santa. Bakhita foi sequestrada por comerciantes de escravos quando era muito jovem. Maltratada e vendida a um diplomata italiano, foi levada para a Itália onde conheceu uma comunidade de religiosas onde foi acolhida e viveu até à morte.

Foi canonizada em 2000, três anos antes que estalara o conflito em Darfur. Antes de ser proclamada Santa Bakhita, ninguém parecia prestar atenção ao lugar do seu nascimento. Mas quando o conflito irrompeu na sua cidade, as autoridades católicas informaram que os católicos do Sudão começaram a rezar para que o conflito armado terminara. “Posso dizer que ela é um dom de Deus, um verdadeiro dom de Deus” atesta Daniel Adwok, Arcebispo Auxiliar de Khartoum.

O número de católicos neste país de maioria muçulmana é de 2 a 5 milhões, sendo o total da população 40 milhões. A sua fama estendeu-se por todas as partes e algumas comunidades da região Oeste de Darfur, predominantemente muçulmanas, também já ouviram falar da santa.


(Fonte: H2O News)


O exemplo de uma santa da nossa época pode, de certo modo, ajudar-nos a entender o que significa encontrar pela primeira vez e realmente este Deus. Refiro-me a Josefina Bakhita, uma africana canonizada pelo Papa João Paulo II. Nascera por volta de 1869 – ela mesma não sabia a data precisa – no Darfur, Sudão. Aos nove anos de idade foi raptada pelos traficantes de escravos, espancada barbaramente e vendida cinco vezes nos mercados do Sudão. Por último, acabou escrava ao serviço da mãe e da esposa de um general, onde era diariamente seviciada até ao sangue; resultado disso mesmo foram as 144 cicatrizes que lhe ficaram para toda a vida. Finalmente, em 1882, foi comprada por um comerciante italiano para o cônsul Callisto Legnani que, ante a avançada dos mahdistas, voltou para a Itália. Aqui, depois de « patrões » tão terríveis que a tiveram como sua propriedade até agora, Bakhita acabou por conhecer um « patrão » totalmente diferente – no dialecto veneziano que agora tinha aprendido, chamava « paron » ao Deus vivo, ao Deus de Jesus Cristo. Até então só tinha conhecido patrões que a desprezavam e maltratavam ou, na melhor das hipóteses, a consideravam uma escrava útil. Mas agora ouvia dizer que existe um « paron » acima de todos os patrões, o Senhor de todos os senhores, e que este Senhor é bom, a bondade em pessoa. Soube que este Senhor também a conhecia, tinha-a criado; mais ainda, amava-a. Também ela era amada, e precisamente pelo « Paron » supremo, diante do qual todos os outros patrões não passam de miseráveis servos. Ela era conhecida, amada e esperada; mais ainda, este Patrão tinha enfrentado pessoalmente o destino de ser flagelado e agora estava à espera dela « à direita de Deus Pai ». Agora ela tinha « esperança »; já não aquela pequena esperança de achar patrões menos cruéis, mas a grande esperança: eu sou definitivamente amada e aconteça o que acontecer, eu sou esperada por este Amor. Assim a minha vida é boa. Mediante o conhecimento desta esperança, ela estava « redimida », já não se sentia escrava, mas uma livre filha de Deus. Entendia aquilo que Paulo queria dizer quando lembrava aos Efésios que, antes, estavam sem esperança e sem Deus no mundo: sem esperança porque sem Deus. Por isso, quando quiseram levá-la de novo para o Sudão, Bakhita negou-se; não estava disposta a deixar-se separar novamente do seu « Paron ». A 9 de Janeiro de 1890, foi baptizada e crismada e recebeu a Sagrada Comunhão das mãos do Patriarca de Veneza. A 8 de Dezembro de 1896, em Verona, pronunciou os votos na Congregação das Irmãs Canossianas e desde então, a par dos serviços na sacristia e na portaria do convento, em várias viagens pela Itália procurou sobretudo incitar à missão: a libertação recebida através do encontro com o Deus de Jesus Cristo, sentia que devia estendê-la, tinha de ser dada também a outros, ao maior número possível de pessoas. A esperança, que nascera para ela e a « redimira », não podia guardá-la para si; esta esperança devia chegar a muitos, chegar a todos.


(Encíclica "Spe Salvi" 3 - Bento XVI)
publicado por spedeus às 10:35

A luz que Jesus irradia é o esplendor da verdade. Qualquer outra verdade é apenas um fragmento da Verdade que Ele é e que volta para Ele. Jesus é a Estrela Polar da liberdade humana: sem Ele, ela perde a orientação, porque sem o conhecimento da verdade a liberdade perverte-se, isola-se e ruduz-se a estéril arbítrio. Com Ele, a liberdade reencontra-se, reconhece a sua vocação para o bem e exprime-se em acções e comportamentos caridosos.


(Discurso à assembleia plenária da Congregação para a Doutrina da Fé em 10/II/2006 – Bento XVI)
publicado por spedeus às 00:01

«A Igreja não é um partido político, nem uma ideologia social, nem uma organização mundial de concórdia ou de progresso material, mesmo reconhecendo a nobreza dessas e doutras actividades. A Igreja realizou sempre e continua a realizar um imenso trabalho em benefício dos necessitados, dos que sofrem e de todos aqueles que, de alguma maneira, padecem as consequências do único e verdadeiro mal, que é o pecado. E a todos - aos que são de qualquer forma indigentes e aos que julgam gozar da plenitude dos bens da terra - a Igreja vem confirmar uma única coisa essencial, definitiva: que o nosso destino é eterno e sobrenatural; que só em Jesus Cristo nos salvamos para sempre; e que só n'Ele alcançamos, já nesta vida, de algum modo, a paz e a felicidade verdadeiras».


(Amar a Igreja, nº 10 – S. Josemaría Escrivá de Balaguer)
publicado por spedeus às 00:00

25
Set 08
«Os valores morais deixaram de ser evidentes. Eles apenas se tornam evidentes se Deus existir… Devemos viver quasi Deus daretur; ainda que não tenhamos a força da fé, devemos viver com base nesta hipótese, porque senão o mundo não funciona».


(Bento XVI – Encontro com o clero da Diocese de Aóstia em 25.07.2005)
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Viajavam na mesma carruagem do comboio. Um universitário e um senhor de idade que tinha um terço nas mãos. O rapaz achou que, apesar de não se conhecerem, era necessário ajudar aquele senhor a sair da sua “ignorância”. Devia ajudar aqueles que não tinham as oportunidades de estudar que ele tinha.

Tomou a iniciativa do diálogo: «Parece mentira que ainda haja pessoas que acreditem nessas superstições». Então o ancião, com um sorriso, respondeu: «Pois é. E tu não acreditas?». «Eu!» – disse o estudante com uma ruidosa gargalhada – «Claro que não. Vou lhe dar um conselho. Deixe esse terço e aprenda o que diz a ciência». «A ciência? Poderias explicar-me o que é que ela diz?». «Claro que sim» – respondeu o jovem com um ar paternalista – «Vou enviar-lhe um livro de fácil compreensão que o ajudará muito. Pode dar-me a sua morada?». Então o senhor retirou um cartão do bolso do seu casaco e ofereceu-o ao estudante. O jovem leu com assombro: “Louis Pasteur. Instituto de Investigações Científicas de Paris”.

Pasteur (1822 – 1895), grande sábio que tanto bem fez com as suas descobertas científicas, não ocultou nunca a sua fé nem a sua devoção a Nossa Senhora. Possuía, como homem inteligente que era, uma grande personalidade e era plenamente consciente das suas convicções religiosas. O actual instituto que possui o seu nome e prolonga a sua obra, possui uma centena de centros em todo o mundo. Aí são produzidos soros e vacinas que ainda hoje ajudam um número incalculável de pessoas. Por tudo o que fez na sua vida é considerado um dos grandes beneméritos da humanidade.

O ateísmo sempre esteve presente na história. Talvez o que caracteriza o ateísmo actual não seja tanto a sua negação da existência de Deus (isso é o que defende um ateu por definição), mas a forma agressiva de combater a religião. Tal atitude agressiva actual parece ter como origem próxima uma reunião de alguns cientistas no Salk Institute for Biological Studies, na Califórnia, em Novembro de 2006. Um dos assistentes deixou claro que, mais do que um encontro para falar sobre religião, tratava-se de reunir esforços com um só objectivo: erradicar a religião, fonte de todos os males da humanidade.

Parece ter sido com essa “benemérita” finalidade que foi publicado o livro de Richard Dawkins, “The God Delusion” (A Desilusão de Deus). Neste livro, Dawkins demonstra uma total falta de respeito intelectual pela religião. Em vez de analisar com honestidade os argumentos metafísicos que defendem a existência de Deus, simplesmente afirma que é óbvio que Ele não existe. E como o seu objectivo de erradicar a religião parece claro (além do objectivo de vender muitos livros), chega mesmo a comparar a educação das crianças na fé com uma forma de abuso de menores. O mais impressionante é que, depois de afirmações e comparações como estas, nos tentem convencer de que os verdadeiros intolerantes são aqueles que acreditam em Deus.


Pe. Rodrigo Lynce de Faria


A propósito de Richard Dawkins, o teólogo anglicano e biofísico molecular, Alister McGrath, aceitou o desafio de desmontar as teorias de Dawkins com uma argumentação racional e escreveu o livro “O deus de Dawkins”, publicado entre nós (Portugal) pela Aletheia e cuja leitura me permito sugerir aos que gostam de se deliciar com o racionalismo que não põe em causa a essência da fé, pelo contrário fortifica-a.

(JPR)
publicado por spedeus às 00:00

24
Set 08

Graças ao clima, de novo suave em Roma, a audiência geral desta quarta-feira decorreu ao ar livre na Praça de São Pedro onde se encontravam cerca de 15 mil peregrinos e turistas.

Bento XVI que se deslocou ao Vaticano de helicóptero, proveniente de Castelgandolfo, apresentou uma ampla catequese sobre a figura de São Paulo, começando por salientar que o cristianismo não nasce de um mito mas do encontro com a pessoa de Jesus de Nazaré, Cristo ressuscitado.

Quanto mais procurarmos reencontrar as pegadas de Jesus de Nazaré nas estradas da Galileia - disse o Papa – tanto mais poderemos compreender que ele carregou sobre si a nossa humanidade, partilhando-a totalmente, excluindo o pecado.

Esta é uma convicção experimentada pessoalmente e testemunhada pelo próprio Apostolo Paulo, na importância que ele atribuía á tradição viva da Igreja.

Nesta perspectiva, esclareceu Bento XVI- é errada a visão de quem atribui a Paulo a invenção do cristianismo: antes de evangelizar, encontrou Cristo no caminho de Damasco e frequentou na Igreja, observando-o na vida dos doze e naqueles que o seguiram nas estradas da Galileia.

Ilustrando a figura do Apostolo Paulo Bento XVI descreveu a concluir a sua maneira de relacionar-se com os Doze Apóstolos.

“ As relações tinham a chancela do profundo respeito e da franqueza que caracterizava São Paulo no anúncio do Evangelho”.
Não faltou nesta audiência geral uma saudação do Papa em língua portuguesa.

Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação para todos, nomeadamente para os fiéis brasileiros da paróquia Nossa Senhora de Fátima em Campinas: Aqui, em Roma, os santos apóstolos Pedro e Paulo derramaram o seu sangue, confessando a sua fé no Senhor Jesus. As gerações recolheram e transmitiram esse testemunho: hoje é a nossa hora! Mostrai a todos a felicidade que é amar Jesus Cristo. Aprendei a segui-Lo e a imitá-Lo, como fez a Virgem Maria. Sobre todos os presentes e respectivas famílias, de bom grado estendo a Bênção Apostólica.


No final da audiência geral, saudando um grupo de jovens de uma associação pela paz da cidade italiana de Arezzo, entre os quais alguns provenientes do Cáucaso, o Papa fez votos de que este seu encontro contribua para afirmar uma justa cultura da convivência pacífica entre os povos e promover o acordo e a reconciliação.

(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 14:23


Foi escolhido o nome “Os amigos de Karol”, em memória de João Paulo II.

Trata-se de um coro que quer responder ao convite do Papa para valorizar a música sacra. Este pontífice disse em uma ocasião que nunca se insistiria o suficiente na importância cultural, formativa, social e espiritual da música sacra.

A ideia deste coro, que se reúne em uma sede na Praça Rei de Roma na Cidade Eterna, é unir-se através da polifonia e seguir com vigor os conselhos que o Papa polaco ofereceu aos jovens para que vivam sua vida com sentido.


O coro está sendo alentado pela causa de beatificação de João Paulo II.


(Fonte: H2O News com adaptação do texto de JPR)
publicado por spedeus às 11:19

A recente visita de Bento XVI ao Santuário de Lourdes veio alertar-nos para uma dimensão, que pelo menos em Portugal não era devidamente valorizada, refiro-me ao elevadíssimo número de voluntários que acompanham os doentes em peregrinação àquele Santuário.

Esta entrega aos que necessitam de todo o tipo de apoio, é uma grande lição de Caridade e uma forma de ajudar o próximo digna do nosso maior respeito, diria mesmo que é uma grande lição de amor em perfeita sintonia com Jesus Cristo Nosso Senhor.

A Virgem Santíssima, nossa Mãe e Rainha, escolheu, há 150 anos, Lourdes através de Santa Bernardete para nos deixar uma mensagem de esperança e carinho para com os enfermos, não nos deixemos cair em nacionalismos bacocos e jamais nos esqueçamos que Nossa Senhora é só uma, seja em Fátima, Aparecida, Guadalupe, Loreto ou Lourdes, amemo-la pois com todo o nosso coração e saibamos recorrer à sua intercessão para nos ajudar e proteger na saúde e na doença.

Ainda sobre esse enorme contributo que é o voluntariado, deixo-vos referência a algumas curiosidades que fazem parte da minha vivência pessoal e profissional, nomeadamente no caso italiano, que devido à proximidade geográfica constitui o maior contingente de visitantes habituais de Lourdes e aonde organizações de voluntariado, como a UNITALSI, com sede no Vicariato de Roma, organiza com frequência comboios especiais para doentes, para já não falar a nível diocesano, dos UDP (Ufficio Diocesano di Pellegrinaggi) que são incansáveis e todos os anos organizam peregrinações totalmente dedicadas a enfermos.

Na Alemanha, mais concretamente na Baviera, conheço um Operador Turístico de Peregrinações, “Bayerisches Pilgerbüro”, pertencente às Dioceses Bávaras, que se constituiu como empresa sem fins lucrativas, e em que todas as mais-valias criadas, se destinam a subvencionar obras sociais da Igreja, nomeadamente equipamentos de transporte de doentes permitindo-lhes deslocarem-se a Lourdes e outros locais de culto.

Voltando ao Santuário de Lourdes, permito-me deixar aqui um alerta de carácter pessoal, sugerindo-vos que ultrapassem a dimensão meramente terrena e imediatista, que é visível nas múltiplas actividades de carácter comercial existentes ou mesmo nos métodos de obtenção de receitas do próprio Santuário, os quais são no mínimo ‘sui generis’, e se deixem mergulhar em sintonia com Bento XVI, na profunda espiritualidade e culto Mariano, pois nem Nossa Senhora nem os peregrinos têm culpa dos eventuais erros cometidos pelos homens.


(JPR)

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«Para além de estar no Céu, com a sua Humanidade Santíssima, à direita do Pai – como confessamos no Credo – Jesus perma­nece na Igreja e em cada cristão pela graça. A sua presença em nós e ao nosso lado é real, ainda que não a vejamos com os olhos da carne; mas experimentamo-la de mil modos: nos desejos de melhoria pessoal – de santidade! – que nos infunde pelo Espírito Santo; nas ânsias apostólicas que nos levam a ir ao encontro de outras almas, para as ajudar a aproximarem-se de Deus; no olhar misericordioso com que nós, os cristãos, nos dirigimos a todas as pessoas sem distinção de raça, de cultura, de condição social, de religião. Tudo isto é possível porque Jesus ressuscitado actua em nós, nos acompanha, vive em nós».


(Carta pastoral de Abril 2008 – D. Javier Echevarría)
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23
Set 08
«Jesus Cristo é a esperança para os homens e as mulheres de cada língua, raça, cultura e condição social. Sim, Cristo é o rosto de Deus aparecido entre nós. É graças a Ele que a nossa vida encontra a sua plenitude e que, ao mesmo tempo, podemos formar uma família de pessoas e de povos que vivem em fraternidade, segundo o perene projecto de Deus Pai».


(Mensagem aos habitantes dos E.U.A - 08/IV/2008 - Bento XVI)
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Olhai para São Paulo e para a sua vontade sem limites de evangelização. Recordou o Papa aos Bispos participantes do seminário organizado pela Congregação para a Evangelização dos Povos.

Paulo não é para nós uma simples figura do passado e perante os desafios da secularização devemos aprender dele como estar presente em Dioceses vastas e frequentemente privadas de meios eficazes de comunicação ou marcadas pela hostilidade e perseguição do cristianismo.

Não tenhais medo e não vos desencorajeis perante todos estes inconvenientes, disse o Papa, exortando os Bispos a deixarem-se aconselhar e inspirar por São Paulo e pela sua capacidade de tornar presente a mensagem universal de Cristo.


(Fonte: H2O News)
publicado por spedeus às 00:00

22
Set 08
«… Desprezar-me a mim mesmo e amar só a Jesus Cristo; aceitar e crer tudo o que professa e crê a Santa Madre Igreja. É isso que eu aceito e creio firme e verdadeiramente…»


(Da 2ª carta de S. João de Deus a Guterres Lasso)


«Se alguém disser: “Eu amo a Deus”, mas tiver ódio ao seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê».


(1 Jo 4,20)


«Criastes-nos, Senhor para vós, e o nosso coração está inquieto até que descanse em vós»


(Confissões 1,1 - Santo Agostinho)
publicado por spedeus às 00:02

Se tem algum valor uma exortação em nome de Cristo, ou um conforto afectuoso, ou uma solidariedade no Espírito, ou algum afecto e compaixão, então fazei com que seja completa a minha alegria: procurai ter os mesmos sentimentos, assumindo o mesmo amor, unidos numa só alma, tendo um só sentimento; nada façais por ambição, nem por vaidade; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós próprios, não tendo cada um em mira os próprios interesses, mas todos e cada um exactamente os interesses dos outros.


(Filipenses 2, 1-4)

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21
Set 08

Amados irmãos e irmãs,

Talvez vos recordeis que no dia da minha eleição, quando me dirigi à multidão na Praça de S. Pedro, e de uma forma espontânea, me apresentei como um operário na vinha do Senhor.

Ora bem, no Evangelho de hoje (Mt 20, 1-16a), Jesus conta-nos a parábola do proprietário da vinha que a diversas horas do dia chama operários para trabalharem na sua vinha. Sendo que ao final do dia dá a todos o mesmo soldo, um denário, (…).

È claro que o denário representa a vida eterna, dom que Deus reserva a todos, mesmo àqueles que são considerados os “últimos”, que se o aceitam, serão os “primeiros”, enquanto estes podem incorrer no risco de se transformarem nos “últimos”. (…).

Na realidade ser-se chamado é já uma primeira recompensa: poder trabalhar na vinha do Senhor, colocar-se ao Seu serviço, colaborar na Sua obra, constitui por si só um prémio inestimável, que compensa qualquer dificuldade. Mas isto só é perceptível a quem ama o Senhor e o Seu Reino; aqueles que trabalham apenas pelo soldo, não se aperceberão jamais do valor inestimável deste tesouro. (…).

A Virgem Maria, que há uma semana tive a alegria de venerar em Lourdes, é videira perfeita da vinha do Senhor, dela germinou o fruto perfeito do amor divino: Jesus, nosso Salvador. Que Ela nos ajude a responder sempre com alegria ao chamamento do Senhor, e a encontrar a nossa felicidade no poder labutarmos pelo Reino dos Céus.


(Tradução a partir do italiano e edição de JPR)
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S. Mateus por Valentin de Boulogne









A Vocação de S. Mateus por Caravaggio
publicado por spedeus às 09:18

«Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as observa será semelhante ao homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha»


(S. Mateus 7, 24)


«O significado imediatamente emergente da parábola “Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha” (S. Mateus 7, 24) é uma advertência para se construir a própria vida sobre um fundamento seguro. O fundamento seguro, que resiste a todas as tempestades, é a própria palavra de Jesus».


(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)
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20
Set 08
publicado por spedeus às 12:00

«Esta é a diferença entre nós e os que não conhecem a Deus: eles na adversidade queixam-se e murmuram; a nós as coisas adversas não nos afastam da virtude nem da verdadeira fé. Pelo contrário, estas apoiam-se na dor»


(De mortalitate, 12 – São Cipriano)


«Quando a alegria de um coração cristão se derrama nos outros homens, ali gera esperança, optimismo, impulsos de generosidade na fadiga quotidiana, contagiando toda a sociedade».


(Discurso, 10/IV/1979 – João Paulo II)



«Quando eu estiver todo em Ti, não mais haverá tristeza nem angústia; inteiramente repleta de Ti, a minha vida será vida plena»


(Confissões X, 28, 39: CCL 27, 175 [PL 32. 795] – Santo Agostinho)
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19
Set 08

Formação dos Sacerdotes, tutela dos valores da família, atenção aos jovens, educação aos verdadeiros valores e não ao consumismo, são os temas indicados pelo Papa à atenção dos bispos do Panamá.

No discurso dirigido ao Episcopado, na conclusão da visita “Ad limina”, Bento XVI evidenciou que a acção missionária da Igreja deve contrastar a crescente secularização da sociedade que deseja colocar de lado a transcendência.

O estilo de vida que torna Deus ausente da existência, serve-se dos meios de comunicação social para difundir o individualismo, o hedonismo, e ideologias que minam os fundamentos do matrimónio.

O discípulo de Cristo responde aos desafios com a meditação da Sagrada Escritura e com uma adequada formação doutrinal e pessoal.

(Fonte: H2O News)
publicado por spedeus às 15:42

“Vivemos como pagãos, rodeados de ídolos. O mundo contemporâneo inventa-os a toda a hora”…

O Papa colocou-nos as perguntas essenciais em Paris: “Não será que o dinheiro, a sede do ter, do poder e até do saber desviam o homem do seu fim verdadeiro? O que é mais importante na minha vida? O que é que eu ponho em primeiro lugar? ”

O alerta de Bento XVI em Paris é, ao mesmo tempo, um dramático retrato do nosso tempo. A tentação é fugir da realidade: ou para idolatrar um passado que já não existe - tipo: no meu tempo é que era… - ficando presos a recordações estéreis, ou, então, para idolatrar um futuro que ainda não chegou - do género: depois é que vai ser…

Estas tentações afastam-nos da realidade. São uma espécie de anestesia que nos empurra para o reino da aparência e nos impede de viver o presente.

Saibamos distinguir pois o que é real dos ídolos e miragens que nos enganam.

(Aura Miguel in RR online)

publicado por spedeus às 15:42

publicado por spedeus às 13:54

«(…) tudo o que dentro de si ou fora de si faz de bem, tudo faz para glória e contentamento de Deus, como um escravo leal, que tudo o que ganha o dá ao seu senhor. Além disso, não é frouxo nem descuidado a servir hoje, por ter servido muitos anos passados (…). Tem continuamente tal ‘fome e sede de justiça’ (Mt 5,6), que todo o feito o tem por pouco, considerando o muito que recebeu, e o muito que merece o Senhor a Quem serve»


(Audi, filia, cap. 92 – São João de Ávila)


«Eu vivo persuadido de que, sem olhar para o alto, sem Jesus, jamais conseguirei nada; e sei que a minha fortaleza, para me vencer e para vencer, nasce de repetir aquele brado: tudo posso n'Aquele que me conforta, que contém a segura promessa de Deus de não abandonar os Seus filhos, se os Seus filhos não O abandonarem».


(Amigos de Deus 213 – S. Josemaría Escrivá de Balaguer)
publicado por spedeus às 00:00

18
Set 08

«Pecado. O catecismo diz-nos, de modo simples e fácil de recordar, que ele é transgressão do mandamento de Deus. O pecado é, sem dúvida, transgressão dum princípio moral, violação duma "norma'' — e sobre isto estão todos de acordo, mesmo os que não querem ouvir falar de "mandamentos de Deus". Também eles estão concordes em admitir que as principais normas morais, os mais elementares princípios de comportamento, sem os quais a vida e a convivência entre os homens não é possível, são precisamente aqueles que nós conhecemos como "mandamentos de Deus" (em particular o quarto, o quinto, o sexto, o sétimo e o oitavo). A vida do homem, a convivência entre os homens, decorre numa dimensão ética, e nisto está a sua característica essencial, e é também a dimensão essencial da cultura humana».


(Audiência geral em 20/XII/1978 – João Paulo II)


«A natureza, ferida pelo pecado, gera cidadãos da cidade terrena, e a graça que liberta do pecado, gera cidadãos da cidade celestial»

(De civitate Dei, XV, 2 – Santo Agostinho)

publicado por spedeus às 00:01

Em Portugal a culpa morre invariavelmente solteira.


Já sabíamos.


O que não se previa é que o PS, mais uma vez a reboque do Bloco de Esquerda e da sua agenda fracturante, quisesse agora afastar definitivamente e por decreto a Culpa do casamento. Senão do seu começo, porque quem escolhe casar-se continua culpado dessa escolha, pelo menos do seu fim.


Em caso de divórcio acabam-se os culpados. Apenas vitimas e inocentes.
Não haverá violação culposa dos deveres conjugais. Apenas, como sempre em Portugal, violação dos deveres… sem culpa!


Revoltaram-se os juízes, prevendo a calamidade dos tribunais entupidos com a definição de um complicado “Balanço e Contas” imposto pela falência da vida conjugal. Porque a vida real tem destas coisas e não se compadece com decretos.


Cavaco alertou para o erro e pediu bom senso.


A maioria arrogante aceitou clarificar que só haverá direito a indemnização se alguém tiver abdicado da respectiva carreira renunciando de “forma excessiva à satisfação dos seus interesses”!


Esta tarde, muito provavelmente, a lei passará – com apenas esta emenda. Resta ao Presidente vetá-la.Esperemos que o faça assumindo a culpa de não deixar passar o disparate.


Aparentemente, o PS esqueceu que o divórcio sem culpa, sem tribunais e sem Deve e Haver já existe. Está previsto na união de facto e está protegido por lei.


(Graça Franco in RR online)

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17
Set 08

A dois dias do seu regresso de França, foi naturalmente a esta sua viagem apostólica que Bento XVI dedicou a audiência geral desta semana. O Papa recordou que esta visita pastoral teve lugar por ocasião dos 150 anos das aparições da Virgem a Bernardete. “Nesta nação, em que a Igreja teve um papel civilizador fundamental – observou o Papa – maturou a exigência de uma sã laicidade, que não significa prescindir da dimensão espiritual, mas sim reconhecer que esta é garante da liberdade e da autonomia terrena“.

Bento XVI recordou o encontro que teve com o mundo da cultura: “tive ocasião de reflectir como a busca de Deus é a via mestra e o fundamento de toda a verdadeira cultura“ – observou. “Aos sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas, exortei-os a darem prioridade à escuta da palavra de Deus“. “Aos jovens, confiei-lhes dois tesouros da fé cristã – prosseguiu o Papa: o Espírito Santo, que abre a inteligência a horizontes mais amplos, e a Cruz, que revela a verdade do amor de Deus, e convidei os fiéis a procurar Deus presente na Eucaristia“.

Quase a concluir uma breve evocação dos diversos passos da sua viagem pastoral à França, Bento XVI recordou que, em Lourdes, teve ocasião de percorrer – como todos os peregrinos – “o caminho do Jubileu“. “Lourdes é verdadeiramente um lugar de luz, de oração e de conversão, onde os peregrinos, nesta escola de caridade e de serviço aos irmãos, aprendem a ver as suas próprias cruzes à luz da Cruz de Cristo“.

Não faltou, nesta audiência, uma saudação do Papa aos peregrinos de língua portuguesa:

“Amados Irmãos e Irmãs,

Agradecei comigo ao Senhor pelo sucesso da Viagem Pastoral que a Providência permitiu-me realizar na França. De modo particular, louvemos a Maria Santíssima pelos dons espirituais que ela nos quis alcançar através da Trindade Beatíssima.

Saúdo a todos os visitantes brasileiros aqui presentes, especialmente os de Jataí do Estado de Goiás, acompanhados pelo seu Bispo Diocesano, D. Aloísio Hilário Pinho. Que Deus vos assista, e a todos os peregrinos de língua portuguesa, com a minha Bênção Apostólica.”

(Fonte: site Radio Vaticana)

publicado por spedeus às 13:53

Irmãos: Aspirai com ardor aos dons espirituais mais elevados. Vou mostrar-vos um caminho de perfeição que ultrapassa tudo.

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos. se não tiver Caridade, sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu possua a plenitude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.

Ainda que distribua todos os meus bens aos famintos e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita.

A Caridade é paciente, a Caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O dom da profecia acabará, o dom das línguas há-de cessar, a ciência desaparecerá; mas a Caridade não acaba nunca. De maneira imperfeita conhecemos, de maneira imperfeita profetizamos. Mas quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Mas quando me fiz homem, deixei o que era infantil. Agora vemos como num espelho e de maneira confusa, depois, veremos face a face. Agora, conheço de maneira imperfeita; depois, conhecerei como sou conhecido.

Agora permanecem estas três coisas: a Fé, a Esperança e a Caridade; mas a maior de todas é a Caridade.


(Leitura da Primeira Epístola do Apóstolo São Paulo aos Coríntios - 12, 31 __ 13, 13)

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publicado por spedeus às 13:30

publicado por spedeus às 09:51

«No programa messiânico de Cristo, que é ao mesmo tempo o programa do reino de Deus, o sofrimento está presente no mundo para desencadear o amor, para fazer nascer obras de amor para com o próximo, para transformar toda a civilização humana na ‘ civilização do amor’».

(Salvifici doloris, nº 30 – João Paulo II)


«Os problemas dos outros devem ser os nossos problemas. A fraternidade cristã deve estar bem no fundo da nossa alma, de tal modo que nenhuma pessoa nos seja indiferente».

(Cristo que passa, nº 145 – S. Josemaría Escrivá de Balaguer)
publicado por spedeus às 00:00

16
Set 08
Mons. Javier Echevarría afirma nesta entrevista publicada na imprensa catalã que «todos podemos e devemos viver uma vida de intimidade com Deus»


Com que espírito estão a viver a comemoração dos 25 anos da prelatura pessoal do Opus Dei?

Sem alterar o ritmo de trabalho habitual, cada um está a procurar dar muitas graças a Deus por todos os bens recebidos. Neste sentido, dispus que este ano, até ao próximo dia 28 de Novembro, na prelatura do Opus Dei seja um ano mariano de acção de graças. É claro que este aniversário é também uma oportunidade para renovar o empenho pessoal por seguir mais de perto Jesus Cristo, em comunhão com o Papa e todos os Bispos diocesanos.

Empregando termos humanos, pode dizer-se que já atingiram a maioridade?

Se se olha para o serviço que a prelatura está chamada a prestar à Igreja e às almas ao longo dos séculos, podemos dizer que está ainda nos começos; certamente que não no que se refere à sua missão — recordemos a vocação de todos os cristãos à santidade, através da vida corrente —, mas sim na amplidão e profundidade da tarefa evangelizadora que tem confiada, pois ainda não é extenso o trabalho que podemos assumir em comparação com as expectativas de tantos na Igreja: por exemplo, de um grande número de Bispos que desejariam que começássemos a trabalhar nas suas dioceses.

Por outro lado, todos os fiéis da prelatura temos em cada dia, com a ajuda da graça, o repto de tornar realidade essa mensagem na nossa vida. Deste ponto de vista, que é o que, em minha opinião mais importa, o Opus Dei nunca poderá considerar-se de maioridade; pois está completamente necessitado da ajuda de Deus, como um filho pequeno necessita dos seus pais.

O que significou para o Opus Dei, há 25 anos, o reconhecimento jurídico como prelatura pessoal? Porque é que se elegeu esta figura jurídica em vez de outras mais frequentes no âmbito dos movimentos laicais?

A erecção do Opus Dei como prelatura pessoal pelo Papa João Paulo II, após uma amplíssima consulta a milhares de Bispos e de um cuidadoso estudo, representou o pleno reconhecimento eclesial do carisma fundacional. Como muita gente sabe, em 2 de Outubro de 1928 São Josemaria viu que Deus lhe pedia para promover em todo o mundo a chamada universal à santidade e uma tomada de consciência efectiva e plena por parte dos leigos da sua missão na Igreja e no mundo, principalmente através da santificação do trabalho e das circunstâncias correntes da sua vida. O labor que surgiu daquela semente inspirada por Deus e que se foi estendendo por muitas partes do mundo, não encontrou o enquadramento adequado no direito interno da Igreja até que o Concílio Vaticano II estabeleceu as prelaturas pessoais para determinadas finalidades apostólicas. Esta figura jurídica encaixa perfeitamente na missão — plenamente secular e de âmbito internacional — do Opus Dei, na qual convergem organicamente fiéis leigos — que continuam a pertencer às suas respectivas dioceses — e sacerdotes seculares incardinados na prelatura. Por outro lado, sublinha a plena comunhão com os Bispos diocesanos e clarifica a sua inserção nas diferentes dioceses. Foi, pois, um dia longamente desejado pelo fundador, pelo qual rezou e se mortificou muito, ao ponto de oferecer o sacrifício de não ver realizado em vida o pleno reconhecimento eclesial por parte da suprema autoridade da Igreja.

De resto, os fiéis do Opus Dei, ao procurarem viver com fidelidade o seu compromisso como cristãos — iguais aos outros — sentem-se numa particular comunhão de oração, de intenções e de afectos com todos os carismas da Igreja, que são sempre uma riqueza do Povo de Deus, realidades antigas ou novas, como os movimentos eclesiais.

Como evoluiu a prelatura nestes 25 anos? Quais foram os acontecimentos mais importantes?

A configuração jurídica definitiva ajudou muito a que se compreendesse a missão do Opus Dei ao serviço da Igreja universal e a sua plena inserção nas Igrejas locais. Durante estes 25 anos, além disso, houve grandes motivos de alegria, como a canonização do fundador. Outro momento que me parece necessário mencionar é o transito do seu primeiro sucessor, D. Álvaro del Portillo, cuja causa de beatificação já foi iniciada. Além disso, a prelatura nestes anos estendeu os seus apostolados a novos países dos cinco continentes.

No entanto, gostaria de sublinhar que, para os fiéis do Opus Dei, os acontecimentos mais importantes não são desse tipo, mas antes os que enchem a vida corrente de cada um; embora passem inadvertidos e possa parecer não terem transcendência, são lugar onde Deus espera cada pessoa, lugar onde O podemos encontrar.

De que forma o falecimento do fundador afectou a prelatura?

Deus concedeu ao nosso fundador um coração de pai, cheio de humanidade. O seu falecimento causou, num primeiro momento, profunda dor. No entanto, depois, com a ajuda de D. Álvaro del Portillo, que nos convidou a todos a manter aberta essa ferida na alma para cuidar fielmente do tesouro que tínhamos recebido, compreendemos que esta família do Opus Dei tinha já a sua cabeça e o seu coração no Céu.

De resto, São Josemaría procurou durante toda a sua vida não ser imprescindível. Ocupou-se em deixar «esculpido» — era assim que dizia — o espírito do Opus Dei. Aos que recebemos esse espírito cabe-nos agora ser muito fiéis a esta mensagem e fazê-la frutificar no dia a dia. Dou muitas graças a Deus por me ter dado a oportunidade de conviver tantos anos com um santo como São Josemaría Escrivá de Balaguer. Confio plenamente na força da sua intercessão e penso que hoje nos continua a olhar e a ajudar com o seu afecto paterno e materno, enquanto nos diz, como repetia com frequência: «Mais, mais, mais!» Sempre podemos amar mais, fazer mais por Deus e pelo próximo; para que, com os nossos erros, nos empenhemos por terminar cada dia mais perto de Deus do que quando o começámos.

Qual é o segredo do Opus Dei para, sobretudo na Europa, continuar a atrair os jovens para um seguimento radical de Cristo, quer através da vida matrimonial, do celibato apostólico ou do sacerdócio?

O mesmo segredo que tem a Igreja e que não pode ser outro senão a atracção sempre actual de Nosso Senhor Jesus Cristo. Recai sobre todos os cristãos a obrigação de tornar presentes, com o nosso exemplo e com a nossa palavra, o rosto e a mensagem adoráveis de Cristo sem camuflagens, embora possa parecer que vamos em contracorrente. E a experiência é que Jesus Cristo arrasta sempre.

Por outro lado, para usar uma comparação que utilizava frequentemente São Josemaría, o Opus Dei não é senão uma grande catequese. Oferece meios de formação cristã e um acompanhamento espiritual personalizado aos seus fiéis e às pessoas que participam nos seus apostolados. E são estes que com a naturalidade da sua vida, da sua amizade e da sua conversa pessoal, dão a conhecer a doutrina do Evangelho aos seus familiares, amigos, colegas, vizinhos...

25 anos depois, quais são os reptos mais urgentes que deve enfrentar hoje a prelatura?

O repto fundamental é a santidade pessoal de cada um dos seus membros e a extensão dessa aspiração à santidade entre muitas pessoas mediante o trabalho de evangelização. Esta tarefa, que é e será sempre actual, hoje é particularmente urgente, como não deixa de recordar a todos os homens de fé o Santo Padre, Bento XVI.

Por outro lado, como já disse, muitos Bispos pedem para que a prelatura comece a sua actividade apostólica nas suas dioceses. Há precisamente um ano abriu-se o primeiro Centro do Opus Dei em Moscovo. Nesta altura estamos a rezar e a trabalhar para que se torne realidade o trabalho estável da prelatura na Roménia e na Indonésia.

Outro repto igualmente perene para os fiéis do Opus Dei e para todos os cristãos, particularmente para os leigos, é contribuir com todas as mulheres e homens de boa vontade para configurar uma cultura que seja coerente com a dignidade da pessoa humana.

Podemos falar de carisma do Opus Dei? O pilar da sua espiritualidade continua a ser «a santidade através do trabalho»?

Com efeito assim é e assim será sempre. Por um lado, qualquer trabalho honesto, qualquer ocupação honrada, bem feita, acabada por amor, pode e deve ser lugar de encontro com Deus, de serviço aos outros e de melhoria pessoal; Deus chama-nos não só quando rezamos, mas durante todos os momentos do dia. Não há lugar para falar de ocupações de segunda categoria, porque todas as ocupações profissionais podem ser ocasião para nos encontrarmos com Deus. E não só o trabalho; para os casados, por exemplo, o cumprimento amoroso dos seus deveres matrimoniais e familiares é também verdadeiro caminho de santidade, como o é o exercício do sacerdócio para os sacerdotes e para todos os cidadãos o cumprimento leal dos justos deveres cívicos.

Por outro lado, Deus chama-nos a todos a ser santos; não só a alguns, mas a todos. Todos podemos e devemos viver uma vida de intimidade com Deus, posto que todos somos filhos de Deus e espera amor de todos os Seus filhos.

Muito unidos a esta mensagem central estão a coerência de vida, o amor à liberdade pessoal e ao afã por ser semeadores de paz e de alegria no seio da sociedade, sem pôr barreiras a pessoa alguma.

Como prelado do Opus Dei, como enfrenta a responsabilidade de encabeçar um dos carismas mais vivos e entusiastas da Igreja actual?

Perdoar-me-á se protesto um pouco pelos termos da sua pergunta. Na Igreja actual — como sempre aconteceu — há muita riqueza espiritual, muitas manifestações de que o Espírito Santo a está a acompanhar e a inspirar. O Opus Dei é uma prova mais dessa perene vitalidade da Igreja, mas não queremos ser «os melhores alunos da turma». Pessoalmente, posso dizer-lhe que conheço muito bem a desproporção das minhas forças para a tarefa confiada e que procuro apoiar-me na oração dos fiéis da prelatura, dos cooperadores e de tantas pessoas que rezam pelo nosso trabalho. Mas, além disso, a prelatura do Opus Dei não pretende nenhuma glória humana; aspira a servir sem segredo algum, mas discretamente, como a levedura.

A intercessão da Virgem Maria, a quem decidiram encomendar este aniversário, seguramente que esteve presente durante estes 25 anos...

Sem dúvida. E não somente durante estes 25 anos, mas durante toda a história do Opus Dei. Perante qualquer necessidade, temos recorrido sempre a Maria. São Josemaria socorreu-se, desde os primeiros pressentimentos do que Deus lhe pedia, à Nossa Mãe; e, dentre muitos outros detalhes, foi em peregrinação a santuários marianos de todo o mundo. Também a Montserrat e, especialmente, a Nossa Senhora das Mercês de Barcelona. As suas visitas a esta basílica de Barcelona têm uma estreita relação com o caminho jurídico do Opus Dei, que terminou felizmente há já 25 anos. No presente e no futuro continuará a ser sempre necessária a ajuda da Virgem. Durante este ano mariano que estamos a celebrar na Obra, animei todos os fiéis da prelatura a viver com mais esmero a devoção do Santo Rosário e a que a estendessem entre os seus colegas, amigos e familiares. É uma oração plenamente actual.



(Fonte: site Agência Ecclesia)

publicado por spedeus às 14:51

publicado por spedeus às 12:07

«Dá "toda" a glória a Deus. - "Espreme" com a tua vontade, ajudado pela graça, cada uma das tuas acções, para que nelas não fique nada que cheire a humana soberba, a complacência do teu "eu".» São Josemaría Escrivá – Caminho, 784 O ‘Spe Deus’ tem evidentemente um autor que normalmente assina JPR e que caso se justifique poderá assinar com o seu nome próprio, mas como o verdadeiramente importante é Deus na sua forma Trinitária, a Virgem Santíssima, a Igreja Católica e os seus ensinamentos, optou-se pela discrição.
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