«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9) (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9)

15
Nov 08

Ave, María, grátia pléna, Dóminus técum; benedícta tu in muliéribus, et benedíctus frúctus ventris túi, Jésus. Sáncta María, Máter Déi, óra pro nóbis peccatóribus nunc et in hóra mórtis nóstrae.Amen.

publicado por spedeus às 11:59

O meu neto mais velho completa hoje 13 anos e de facto o meu amor, diria mesmo a minha paixão, por ele e pelo irmão, não seria certamente tão profundo e presente, se o meu amor a Deus Nosso Senhor não fosse uma constância no meu coração quando penso neles.

Sabê-Lo presente, conforta-me e tranquiliza-me, pois sem Ele, eles não existiriam e não me seria possível usufruir e gozar o amor humano que lhes tenho.

Agradeço-Te Senhor pelos filhos e netos que me ofereceste e rogo-Te que os protejas.


(JPR)
publicado por spedeus às 00:01

… não é a negação do amor humano mas o seu aprofundamento, a sua radicalização dentro duma nova dimensão»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 00:00

O governo socialista quer controlar os “media”. E quer fazê-lo impondo limite de audiências. O governo diz que assim promove o pluralismo e a independência na comunicação social, mas não percebo como é que isso se articula com o direito de informar e a liberdade de informação num país democrático…

Então, os portugueses não podem optar pelo canal que querem? Não temos nós o direito de escolher a melhor informação? Pois, parece não! Porque, se as audiências forem boas num só sentido, e se houver uma manifesta preferência do público, o governo não quer!..

Os bispos portugueses estão preocupados com esta proposta de lei, em discussão no Parlamento. Reunidos em Fátima, afirmam, no Comunicado Final, que a única visada por esta proposta é a Rádio Renascença. Simplesmente porque muitos (para o Governo, demasiados) portugueses a preferem.

Nem de propósito. No mesmo dia, o Conselho Pontifício para os Leigos denunciou como “a cultura dominante pretende hoje arrumar a fé na esfera privada e, assim, afastar os cristãos da vida pública, da cultura e da política”. Numa palavra, torná-los invisíveis.

Aura Miguel
 

 

 

 

(Fonte: site RR)

 
publicado por spedeus às 00:00

14
Nov 08

«Há, em primeiro lugar, uma falsa forma de tomada de consciência moral, numa perene busca de perfeição pessoal, concentrando toda a atenção no próprio eu, nos seus pecados e nas suas virtudes. Chega-se assim a um egoísmo religioso que impede a pessoa em questão de se abrir simplesmente ao olhar de Deus e de desviar a atenção de si para Ele. A pessoa religiosa e piedosa toda ocupada consigo própria não tem tempo para procurar o rosto de Deus e para ouvir o Seu sim libertador e redentor»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

 

publicado por spedeus às 00:01

Dedica a Igreja o mês de Novembro à devoção pelas almas. A sua realidade lembra-nos, em primeiro lugar, que a Redenção operada por Cristo foi para todos os homens de todos os tempos: anteriores a Ele, seus contemporâneos ou posteriores à sua vinda à terra.

 

A morte, que transporta diariamente para a outra vida nossos conhecidos, amigos, familiares e uma ingente multidão de seres humanos cuja existência desconhecemos, leva-os para a companhia daqueles que com ela se enfrentaram recentemente ou há muito tempo (anos, séculos ou mesmo milénios).

 

Ela é uma realidade irrecusável, que deve captar a nossa atenção, tendo sempre em conta a misericórdia infinita de Deus. Morrer não é uma desgraça, mas antes, como lembrava S. Josemaría, uma mudança de casa. E passar, se formos fiéis, para uma qualidade de morada e de vida muito mais feliz e totalmente compensadora.

 

Em seguida, recorda-nos que todos nós nos encontramos nas mãos de Deus. Criados para a eternidade felicíssima, devemos confiar que o seu Amor por nós, apesar das debilidades que nos acompanham, tenderá sempre para a nossa salvação. Precisamos, no entanto, como criaturas livres, de querer com toda a força da alma que ela seja alcançada, correspondendo à graça que Ele nos concede para fim tão sublime.

 

Neste mês, virão à nossa mente tantas pessoas que passaram, com maior ou menor proximidade, pela nossa vida. Por elas rezaremos abundantemente, solicitando de um modo especial a Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa, sob a invocação de Nossa Senhora da Porta do Céu, que use para com elas a mesma força intercessora das Bodas de Caná. Pedimos-lhe que tenha a mão mais rápida para abrir a porta do Céu, com a sua chave generosa e maternal, a fim de que muitos fiéis possam dar o grande salto do Purgatório para a visão beatífica de Deus durante estes trinta dias de Novembro.

 

Em família, tentaremos congregar todos os seus membros nestas orações de sufrágio por parentes, amigos, conhecidos, ou simplesmente, pelos filhos de Deus que ainda necessitem de que rezemos por eles. E também visitar os lugares onde se encontram sepultados os restos mortais dos nossos familiares. Connosco irá o nosso carinho, a nossa saudade e o nosso desejo de lhes prestar os bons cuidados que um filho, um familiar ou um amigo dedica a quem ama.

 

Estaremos particularmente atentos aos pequenos sacrifícios que devemos fazer, renunciando ao que nos apetece e é dispensável, ou dando uma boa esmola a quem a necessite. O Senhor olhará com especial enlevo pelo cumprimento dos deveres de todos os dias, vencendo a inércia ou a preguiça, cultivando a ordem nas prioridades das nossas acções e, sobretudo, passando por alto alguma pequena “ofensa” que alguém nos faça duma maneira quase inadvertida.

 

Por fim, poderemos ainda frequentar com mais assiduidade a Eucaristia, comungando o Corpo de Jesus com as melhores disposições. Ao tomarmos consciência de O termos realmente presente dentro de nós, falar-Lhe-emos dos nossos desejos de ver entrar muitas almas no Céu, apelando mais uma vez ao seu Amor e à sua Misericórdia.

 

O Senhor não nos recusará a nossa boa vontade e aceitará algum mérito que alcancemos. A sua Mãe, como a dos apóstolos Tiago e João, dir-lhe-á que gostará de ver muitas novas almas dos filhos que aceitou junto à Cruz, sentadas para sempre, à sua direita e à sua esquerda, no Reino dos Céus.

 

(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Novembro, selecção do título da responsabilidade do autor do blogue)

 

publicado por spedeus às 00:01

13
Nov 08

Hoje, ao reler e ouvir na Santa Missa a Leitura da mais curta, mas uma das mais belas Epístolas de São Paulo, a Carta a Filémon, emocionei-me e pedi ao Senhor que me conceda idêntico sentido de amor e caridade pelo próximo e agradeci-Lhe as Suas manifestações permanentes de amor e misericórdia para comigo.

 

Louvado seja Deus Nosso Senhor Jesus Cristo!

 
(JPR)
 
Leitura da Epístola do Apóstolo São Paulo a Filémon

Caríssimo: Tive grande alegria e consolação por causa da tua caridade, pois graças a ti, os cristãos sentem-se reconfortados. Por isso, embora tenha a liberdade em Cristo para te ordenar o que deves fazer, prefiro, em nome da caridade, fazer-te um pedido. Eu, Paulo, já ancião, e agora prisioneiro por amor de Cristo Jesus, rogo-te por este meu filho, Onésimo, que eu gerei na prisão. Em tempos, ele era inútil para ti, mas agora é útil para ti e para mim. Mando-o de volta para ti, como se fosse o meu próprio coração. Quisera conservá-lo junto de mim, para que me servisse, em teu lugar, enquanto estou preso por causa do Evangelho. Mas, sem o teu consentimento, nada quis fazer, para que a tua boa acção não parecesse forçada, mas feita de livre vontade. Talvez ele se tenha afastado de ti durante algum tempo, a fim de o recuperares para sempre, não já como escravo, mas muito melhor do que escravo: como irmão muito querido. É isto que ele é para mim e muito mais para ti, não só pela natureza, mas também aos olhos do Senhor. Portanto, se me consideras teu amigo, recebe-o como a mim próprio. Se ele te deu algum prejuízo ou te deve alguma coisa, põe-no na minha conta. Eu, Paulo, escrevo com a minha mão: eu pagarei; para não dizer que tu mesmo estás em dívida para comigo. Sim, irmão, dá-me esta alegria no Senhor; dá sossego ao meu coração por amor de Cristo.

publicado por spedeus às 13:36

12
Nov 08
Cerca de 15 mil pessoas congregaram-se esta quarta-feira na Praça de São Pedro para participarem na audiência geral que Bento XVI dedicou a uma reflexão sobre os ensinamentos do Apostolo São Paulo acerca da segunda vinda de Cristo. São Paulo ensina que o ensinamento escatológico já se realizou em Cristo, com a sua morte e ressurreição, embora o seu cumprimento tenha lugar no fim dos tempos. Por isso vivemos no presente esperando a completa redenção. Além disso, enquanto a morada terrena do corpo desfalece, o cristão espera de Deus um lugar no céu, nossa verdadeira pátria. Com a sua doutrina sobre a espera da segunda vinda de Cristo – salientou depois o Papa – São Paulo proclama a conexão da salvação com o acontecimento pascal e o futuro escatológico. Estes dois aspectos, a Páscoa e o futuro que nos espera, aparecem unidos numa expressão da Carta aos Romanos “ na esperança é que fomos salvos”. Relacionada intimamente com a fé, a nossa esperança não se funda numa utopia, mas numa novidade de vida real e em crescimento. A fé cristã é uma esperança que transforma e sustenta a nossa vida, disse Bento XVI, apresentando a síntese da sua catequese em italiano. Os cristãos - disse o Santo Padre - não rezam para que acabe o mundo, mas podem correctamente rezar pela vinda de Cristo num mundo que é injusto, onde existe injustiça e violência. “Vieni dove c'è ingiustizia e violenza. Vieni nei campi di profughi, nel Darfur, nel Nord Kivu, in tanti parti del mondo”. Vem onde há injustiça e violência. Vem aos campos de refugiados no Darfur, ao Kivu do norte, vem no meio de quem usa a droga, entre os ricos que esqueceram Deus. E perguntou: Podemos rezar também nós invocando “Maranà thà!”, isto é, “vem Senhor? Parece-me - acrescentou – que para nós hoje, na nossa vida e no nosso mundo é difícil rezar para que venha Cristo e penso que sinceramente não ousamos rezar, por muito motivos; contudo, de uma maneira justa e correcta também nós, como a primeira comunidade cristã, podemos dizer “vem Jesus”; certamente não queremos o fim do mundo, mas queremos que acabe este mundo injusto que fundamentalmente seja mudado, que seja um mundo de justiça e de paz, sem violência, sem fome. Não faltou nesta audiência geral uma saudação em português Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, a todos desejando felicidades, em Jesus Cristo: em particular, desejo saudar muito cordialmente aos grupos vindos de Portugal e do Brasil. Que a vinda a Roma vos fortaleça na fé e avive no vosso ânimo a coragem para testemunhar a grandeza do Redentor dos homens, vencedor do mal e ressuscitado para ser a nossa esperança e a nossa paz. Que o Senhor vos abençoe! (Fonte: site Radio Vaticana com adaptação de JPR)
publicado por spedeus às 21:31

Há números que fazem pensar. Os apresentados, por Eduarda Ribeiro, durante a audição pública promovida pela Comissão Nacional Justiça e Paz - na busca de soluções para erradicar a pobreza - fazem-nos pensar duas vezes.


Apesar dos tímidos progressos, conseguidos na última década, em 2006, um quarto da população portuguesa enfrentava ainda o risco de pobreza.
Depois de recebidos todos os apoios do Estado, a taxa média desce, para 18%, mas, entre os idosos, mais de um quarto da população continua em risco de pobreza e, entre as crianças, mais de um quinto.
Entre os que trabalham, 11% enfrenta o mesmo risco e entre os que constituem a população pobre só 10% estão desempregados. Há 35% que trabalha sem conseguir sair da situação de pobreza.
Pior. Portugal é hoje um dos países onde a desigualdade atinge valores mais alarmantes: o rendimento dos 20% mais ricos é quase sete vezes superior ao dos 20% mais pobres.
Hoje, o combate à pobreza não é mais um problema de escassez de recursos, mas da sua correcta distribuição. Passa por a encarar como uma violação grave dos direitos humanos.
Trinta e quatro anos depois da conquista da Democracia, a nossa sociedade continua a apresentar um défice de justiça e equidade. Falta travar este novo combate pela
cidadania.
 
Graça Franco
 
(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 10:24

Estou certo que S. Josemaría ainda que próximo a todos os universitários e Universidades, nas últimas semanas intercedeu com a graça de Jesus Cristo Nosso Senhor em particular pela sua tão querida Universidade de Navarra.

publicado por spedeus às 09:52

«A pastoral correcta conduz à verdade, suscita amor à verdade e ajuda também a suportar a dor da verdade. Esta mesma deve ser um modo de caminharmos juntos ao longo do difícil e belo caminho para a vida nova, que é também o caminho para a verdadeira e grande alegria»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 09:46

11
Nov 08

“Em Itália celebra-se hoje (ontem Domingo) o Dia de Acção de Graças que este ano tem por tema: 'Tive fome e destes-me de comer'. Uno a minha voz à dos Bispos Italianos que a partir destas palavras de Jesus, chamam a atenção para o grave e complexo problema da fome, que se tornou mais dramático devido ao aumento de preços de alguns alimentos básicos.

A Igreja, enquanto repropõe o princípio ético fundamental do destino universal dos bens, coloca-o em prática, a exemplo do Senhor Jesus, com múltiplas iniciativas de partilha.
Rezo pelo mundo rural, especialmente pelos pequenos cultivadores dos países em vias de desenvolvimento. Encorajo e abençoo a todos os que trabalham para que não falte uma alimentação sã e adequada a ninguém: quem socorre o pobre, socorre o próprio Cristo.”

(Fonte: H2O News)

publicado por spedeus às 15:05

10
Nov 08
«O perdão tem o seu caminho interior, perdão é cura, ou seja, exige o retorno à verdade. Quando não o faz, o perdão transforma-se numa aprovação da autodestruição, entra em contradição com a verdade, e dessa forma com o amor»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)


«Para “desculpar” é preciso agora entender o mal reduzido a bagatela; eu deixo que uma coisa “seja boa”, embora sendo má.»
«…só se pode perdoar uma coisa expressamente considerada má e cuja negatividade precisamente não é ignorada (…). Por outro lado, o perdão pressupõe que o outro condena (“arrepende-se”) o que fez e que além disso aceita o perdão»


(J. Pieper citado em nota de rodapé pág. 103 de Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 00:01

 

Recomeçar sempre!
 
Não desistas nunca,
Nem quando o cansaço se fizer sentir,
Nem quando os teus pés tropeçarem,
Nem quando os teus olhos arderem,
Nem quando os teus esforços forem ignorados,
Nem quando a desilusão te abater,
Nem quando o erro te desencorajar,
Nem quando a traição te ferir,
Nem quando o sucesso te abandonar,
Nem quando a ingratidão te desconsertar,
Nem quando a incompreensão te rodear,
Nem quando a fadiga te prostrar,
Nem quando tudo tenha o aspecto do nada,
Nem quando o peso do pecado te esmagar…
 
Invoca Deus, cerra os punhos, sorri… E recomeça!
 
 
 
 
 
"Felizes, vós, os pobres" comentário ao Evangelho do dia (? cerca de 461)
 
"Felizes os pobres em espírito, porque é deles o Reino dos Céus" (Mt 5,3). Poderíamos perguntar-nos de que pobres teria querido falar a Verdade se, ao dizer: "Felizes os pobres", não tivesse acrescentado a que tipo de pobres se estava a referir; pareceria então que, para merecer o Reino dos Céus, bastaria o despojamento de que muitos sofrem como efeito de uma penosa e dura necessidade. Mas, ao dizer: "Felizes os pobres em espírito", o Senhor mostra que o Reino dos Céus deve ser dado àqueles que são marcados pela humildade da alma mais do que pela penúria dos recursos. Contudo, não podemos duvidar de que os pobres adquirem mais facilmente do que os ricos o bem que é esta humildade porque, para esses, a mansidão é uma amiga na sua indigência, enquanto para estes o orgulho é o companheiro da sua opulência. No entanto, também em muitos ricos se encontra essa disposição de alma que os leva a usar a abundância não para se incharem de orgulho, mas para exercer a bondade e que considera entre os maiores benefícios aquilo que é dispendido para aliviar a miséria e o sofrimento dos outros. A todos os tipos e classes de homens é concedido terem parte de tal virtude, porque podem ser ao mesmo tempo iguais na intenção e diferentes na fortuna; não importa quanto diferem em recursos terrestres homens que consideramos iguais em bens espirituais. Feliz, pois, aquela pobreza que não se prende ao amor das riquezas temporais; ela não deseja aumentar a sua fortuna neste mundo, mas ambiciona tornar-se rica em bens celestes.
 
 
São Leão Magno
publicado por spedeus às 00:00

09
Nov 08

Diversas e importantes intenções foram evocadas pelo Papa, neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, antes e depois da recitação das Ave Marias, com os milhares de pessoas ali congregadas e muitas outras em ligação directa através da rádio e da televisão.


Na alocução introdutória ao Angelus, Bento XVI ilustrou a celebração litúrgica deste dia 9 de Novembro: a festa da dedicação da basílica de São João de Latrão, catedral de Roma. Nas saudações que se seguiram à oração mariana, o Papa começou por evocar com pesar os 70 anos do início da perseguição aos judeus, na Alemanha, e lembrou também com preocupação os confrontos e atrocidades que têm tido lugar na região de Kivu-norte, da República Democrática do Congo.

“Ocorre hoje o septuagésimo aniversário daquele triste acontecimento que se verificou na noite de 9 para 10 de Novembro de 1938, quando se desencadeou a fúria nazista contra os judeus. Foram atacadas e destruídas lojas, escritórios, habitações e sinagogas, foram também mortas numerosas pessoas, dando-se início à perseguição sistemática e violenta dos judeus alemães, que culminou na Shoah.

Ainda hoje me faz sofrer aquilo que aconteceu naquela trágica circunstância cuja memória deve servir a fazer com que nunca mais se repitam semelhantes horrores e as pessoas se empenhem, a todos os níveis, contra qualquer forma de anti-semitismo e de discriminação, educando sobretudo as jovens gerações ao respeito e ao acolhimento recíproco. Convido também a rezar pelas vítimas de então e a unir-vos a mim no manifestar profunda solidariedade com o mundo judaico”.


O Papa recordou depois as “inquietantes notícias” que continuam a chegar da região do Kivu do Norte, na República Democrática do Congo. “Sangrentos confrontos armados e atrocidades sistemáticas provocaram e continuam a provocar numerosas vítimas entre os civis inocentes; destruições, saques e violências de todo o género constrangeram outras dezenas de milhares de pessoas a abandonar mesmo aquele pouco que tinham para sobreviver”.

Calcula-se que os prófugos sejam actualmente mais de um milhão e meio – recordou o Papa.
“A todos e a cada um desejo exprimir a minha particular proximidade, ao mesmo tempo que encorajo e bendigo quantos se estão empenhando em aliviar os seus sofrimentos, entre os quais menciono em particular os agentes pastorais daquela Igreja local”.
Bento XVI apresentou os seus pêsames às famílias enlutadas, assegurando a sua oração de sufrágio e concluiu com um apelo:

“Renovo o meu fervoroso apelo para que todos colaborem em restabelecer a paz naquela terra desde há demasiado tempo martirizada, no respeito da legalidade e sobretudo da dignidade da pessoa humana”.


Na alocução antes do Angelus, o Papa comentou a celebração do dia: a dedicação da Basílica de Latrão, considerada “mãe e cabeça de todas as igrejas da Cidade de Roma e de todo o mundo. Trata-se, de facto, da primeira basílica a ser construída, depois do Édito do imperador Constantino que, em 313, concedeu aos cristãos a liberdade de praticar a sua religião. Ao lado foi construído a residência do bispo de Roma, onde os Papas viveram até ao século XIV. A festa da dedicação desta basílica, inicialmente celebrada só na cidade de Roma, foi estendida a todas as Igrejas de rito romano, no século XVI.

“Honrando o edifício sagrado, entende-se exprimir amor e veneração pela Igreja romana que, como afirma santo Inácio de Antioquia, preside à caridade de toda a comunidade católica. Nesta solenidade a Palavra de Deus recorda uma verdade essencial: o templo de tijolos é símbolo da Igreja viva, a comunidade cristã, que já os Apóstolos Pedro e Paulo, nas suas cartas, entendiam como ‘edifício espiritual’, construído por Deus com as ‘pedras vivas’ que são os cristãos, sobre o único alicerce que é Jesus Cristo, comparado por sua vez à ‘pedra angular’.”

“A beleza e a harmonia das igrejas, destinadas a dar louvor a Deus, convida também a nós, seres humanos, limitados e pecadores, a convertermo-nos para formar um “cosmos”, uma construção bem ordenada, em estreita comunhão com Jesus, o verdadeiro Santo dos Santos”.

“A festa de hoje celebra um mistério sempre actual: que Deus quer edificar para si no mundo um templo espiritual, uma comunidade que o adore em espírito e verdade. Mas esta ocorrência recorda-nos também a importância dos edifícios materiais, nos quais se reúnem as comunidades para celebrar os louvores de Deus. Cada comunidade tem portanto o dever de conservar cuidadosamente os seus edifícios sagrados, que constituem um precioso património religioso e histórico”.
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 15:10

«É bom que tu existas», assim definiu J. Pieper a essência do amor, acertando no alvo. O amante descobre a bondade do ser no amado, sente-se feliz com a sua existência, diz sim a esta existência e confirma-a. Antes ainda de qualquer pensamento sobre si próprio, antes de qualquer desejo está o simples facto de se ser feliz por causa da existência do amado, o sim a este tu. Só num segundo momento (não no sentido temporal, mas real) o amante descobre deste modo (porque a existência do tu é boa) que também a sua própria existência se tornou mais bela, mais valiosa, mais feliz. Por meio do sim ao outro, ao tu, eu recebo-me a mim mesmo novamente e posso agora, dum modo novo, dizer sim também ao meu eu, a partir do tu»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 00:01

08
Nov 08

A “vastidão” e a “qualidade” do magistério de Pio XII, “figura de grande densidade histórico-teológica” – foram exaltadas por Bento XVI, na audiência concedida neste Sábado aos participantes no Congresso sobre “a herança do magistério de Pio XII e o Concílio Vaticano II”, promovido pelas Universidade Gregoriana e Lateranense, por ocasião dos 50 anos da morte do Papa Pacelli.


Bento XVI congratulou-se com a escolha do tema que permite lançar um olhar mais abrangente sobre uma importante figura por vezes abordada de modo redutivo: “Nos últimos anos, quando se falou de Pio XII, a atenção concentrou-se de modo excessivo sobre uma única problemática, tratada aliás de modo bastante unilateral. À parte qualquer outra consideração, isso tem impedido uma abordagem adequada de uma figura de grande densidade histórico-teológica como é a do Papa Pio XII”.
 
Detendo-se antes de mais na “vasta e benéfica amplidão” do magistério deste seu antecessor, Bento XVI referiu as mais de 40 Encíclicas por ele publicadas, assim como os muitíssimos discursos e radiomensagens. De entre as primeiras, o Papa evocou expressamente, antes de mais a “Mystici Corporis”, sobre a natureza da Igreja; a “Divino afflante Spiritu”, sobre a Sagrada Escritura; a “Mediator Dei”, sobre a Liturgia.
 
Referido também o modo consistente com que Pio XII tratou das várias categorias de pessoas, (padres, religiosos e leigos), e mesmo dos problemas das diversas profissões (por exemplo, os juízes, advogados, agentes sociais, médicos), sem esquecer a importância dos meios de comunicação, e as ciências, com os seus extraordinários progressos.
 
Bento XVI recordou também “os longos e inspirados discursos sobre o desejado reordenamento da sociedade civil, nacional e internacional, e ainda o seu ensinamento mariológico, que culminou na proclamação do dogma da Assunção de Maria, “com a qual o Santo Padre desejava sublinhar a dimensão escatológica da nossa existência, exaltando ao mesmo tempo a dignidade da mulher”.
 
Sobre a “qualidade” do ensinamento de Pio XII, Bento XVI fez notar que aquele seu predecessor “era contrário a improvisações”: “Escrevia com o maior cuidado cada um dos seus discursos, ponderando bem cada frase e cada palavra, antes de as pronunciar em público. Estudava atentamente as várias questões e tinha o hábito de pedir conselho a eminentes especialistas, quando se tratava de temas que requeriam uma competência particular”.

“Por natureza e carácter, Pio XII era um homem comedido e realista, alheio a optimismos fáceis, mas era por outro lado imune do perigo daquele pessimismo que não se ajusta ao crente. Detestava as polémicas estéreis e desconfiava profundamente do fanatismo e do sentimentalismo.

Estas suas atitudes interiores mostram o valor e a profundidade do seu ensinamento, digno de confiança, e explicam a adesão confiante que lhe foi reservada não só pelos fiéis mas mesmo por muitas pessoas não pertencentes à Igreja”.
 
Bento XVI mencionou ainda a “inteligência fora do comum” e a “memória de ferro” que todos reconhecem em Pio XII, assim como a “singular familiaridade com as línguas estrangeiras e uma notável sensibilidade”. “Afirmou-se que era um perfeito diplomata, um eminente jurista, um óptimo teólogo. Tudo isto é verdade, mas não explica tudo. Havia também nele o contínuo esforço e a firme vontade de se dar a si mesmo a Deus sem se poupar e sem se preocupar com a sua saúde débil”. Aqui se vê “o verdadeiro móbil do seu comportamento”:
“Tudo nascia do amor pelo seu Senhor Jesus Cristo e do amor à Igreja e à humanidade. De facto, ele era antes de mais o sacerdote em constante e íntima união com Deus, o sacerdote que encontrava a força para o seu trabalho ingente em longos tempos de oração diante do Santíssimo Sacramento, em colóquio silencioso com o seu Criador e Redentor”.

Daí partia, aí se inspirava o magistério de Pio XII, que, a 50 anos da sua morte, “permanece também para os cristãos de hoje um valor inestimável”. Tal não quer dizer que a Igreja, “organismo vivo e vital”; continue “agarrada e imobilizada sobre aquilo que era há 50 anos atrás” – advertiu Bento XVI. “Mas o desenvolvimento realiza-se na coerência. Foi por isso que a herança do magistério de Pio XII foi recolhida pelo Concílio Vaticano II e proposta de novo às sucessivas gerações cristãs”.
 

(Fonte: site Radio Vaticana)

publicado por spedeus às 22:01

Ao meio dia de sábado, 1 de Novembro, o Santo Padre guiou a oração mariana juntamente com os fiéis presentes na Praça de São Pedro.
Queridos irmãos e irmãs!
Celebramos hoje com grande alegria a festa de Todos os Santos. Visitando um viveiro botânico, permanece-se admirados diante da variedade de plantas e flores, e é espontâneo pensar na fantasia do Criador que tornou a terra um maravilhoso jardim. Análogo sentimento nos surpreende quando consideramos o espectáculo da santidade: o mundo parece-nos um "jardim", onde o Espírito de Deus suscitou com admirável fantasia uma multidão de santos e santas, de todas as idades e condições sociais, de todas as línguas, povos e culturas. Cada um é diferente do outro, com a singularidade da própria personalidade humana e do seu carisma espiritual. Mas todos têm impressa a "marca" de Jesus (cf. Ap 7, 3), ou seja, o distintivo do seu amor, testemunhado através da Cruz. Estão todos na alegria, numa festa sem fim, mas, como Jesus, conquistaram esta meta passando através da fadiga e da prova (cf. Ap 7, 14), enfrentando cada qual a própria parte de sacrifício para participar na glória da ressurreição.
A solenidade de Todos os Santos foi-se afirmando ao longo do primeiro milénio cristão como celebração colectiva dos mártires. Já em 609, em Roma, o Papa Bonifácio iv tinha consagrado o Panteão dedicando-o à Virgem Maria e a todos os Mártires. Aliás, podemos ver este martírio em sentido lato, ou seja, como amor a Cristo sem hesitações, amor que se expressa na doação total de si a Deus e aos irmãos. Esta meta espiritual, para a qual todos os baptizados se sentem propensos, alcança-se seguindo o caminho das "bem-aventuranças" evangélicas, que a liturgia nos indica na solenidade de hoje (cf. Mt 5, 1-12a). É o mesmo caminho traçado por Jesus e que os santos se esforçaram por percorrer, conscientes dos seus limites humanos. Na sua existência terrena, de facto, foram pobres em espírito, sofredores pelos pecados, mansos, famintos e sedentos de justiça, misericordiosos, puros de coração, artífices de paz, perseguidos por causa da justiça. E Deus participou-lhes a sua mesma felicidade: pregustaram-na neste mundo e, no além, gozam dela em plenitude. São agora confortados, herdeiros da terra, saciados, perdoados, vêem Deus do qual são filhos. Numa palavra: "é deles o Reino dos céus" (cf. Mt 5, 3.10).
Neste dia sentimos reavivar em nós a atracção para o Céu, que nos estimula a apressar o passo da nossa peregrinação terrena. Sentimos acender nos nossos corações o desejo de nos unirmos para sempre à família dos santos, da qual já agora temos a graça de fazer parte. Como diz um célebre canto espiritual: "Quando vier a multidão dos teus santos, como gostaria, Senhor, de estar entre eles!". Possa esta bonita aspiração arder em todos os cristãos, e ajudá-los a superar todas as dificuldades, qualquer receio, todas as tribulações! Queridos amigos, ponhamos a nossa mão na mão materna de Maria, Rainha de todos os Santos, e deixemo-nos conduzir por ela rumo à pátria celeste, na companhia dos espíritos bem-aventurados "de todas as nações, povos e línguas" (Ap 7, 9). E unamos já na oração a lembrança dos nossos queridos defuntos que amanhã comemoraremos.
L’Osservatore Romano – 28/XI/2008 – edição em português
publicado por spedeus às 19:58

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (2,13-22)

 

Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.

Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados às bancas.

Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois; deitou por terra
o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam pombas:

«Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio».

Os discípulos recordaram-se do que estava escrito:

«Devora-me o zelo pela tua casa».

Então os judeus tomaram a palavra e perguntaram-Lhe:

«Que sinal nos dás de que podes proceder deste modo?».

Jesus respondeu-lhes:

«Destruí este templo e em três dias o levantarei».

Disseram os judeus:

«Foram precisos quarenta e seis anos para construir este templo e Tu vais levantá-lo em três dias?».

Jesus, porém, falava do templo do seu Corpo.

Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, os discípulos lembraram-se do que tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra de Jesus.

publicado por spedeus às 12:00

«… São Tomás de Aquino caracteriza justamente a fé como um processo, um caminho interior, quando diz: ‘a luz da fé conduz à visão’. João alude muitas vezes no seu evangelho, por exemplo na história de Jesus com a samaritana, a este processo. A mulher conta o que lhe sucedeu com Jesus e como reconheceu n’Ele o Messias, o salvador que abre o caminho para Deus e consequentemente introduz no seu conhecimento, que dá a vida. O facto de precisamente esta mulher dizer tudo isto torna atentos os seus conterrâneos; eles crêem em Jesus ‘por causa da mulher’, crêem em segunda mão.»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 00:02

Um encontro entre sua Santidade o Patriarca de Moscovo e de todas as Rússias Alexis II e o Arcebispo católico de Paris, Cardeal André Vingt-Trois, realizou-se na residência do Patriarca Alexis II localizada no Mosteiro de São Daniel. Ao discutir sobre a mútua e ampla experiência histórica da Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja católica na França, Alexis II disse:

“Creio que as experiências históricas da Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica em França podem converter-se num dos fundamentos para a cooperação. Muitos emigrantes russos encontraram asilo na França depois da revolução e da guerra civil de 1917. Pode dizer-se com confiança que graças à sua fidelidade à tradição da sua Igreja, a ortodoxia teve uma influência significativa na teologia da Igreja francesa e introduziu muitos na teologia ortodoxa”.

O Cardeal André Vingt-Trois viajou para Moscovo recentemente e visitou alguns lugares pertencentes à história dramática da Igreja Ortodoxa Russa, incluindo o mosteiro Solovky.
“Estou especialmente agradecido pela peregrinação que me ofereceu a oportunidade de visitar as Ilhas Solovky, as quais são ao mesmo tempo símbolo da perseguição de fé durante o século XX e símbolo da força da fé que passou por tantas dificuldades”.
 

(Fonte: H2O News com adaptação JPR)
publicado por spedeus às 00:01

Ave, María, grátia pléna, Dóminus técum; benedícta tu in muliéribus, et benedíctus frúctus ventris túi, Jésus. Sáncta María, Máter Déi, óra pro nóbis peccatóribus nunc et in hóra mórtis nóstrae. Amen.

publicado por spedeus às 00:00

07
Nov 08

Todos se reportam a um único manancial, que é o Espírito do Pai e do Filho, sabendo que na Igreja ninguém carece de um carisma, pois, como o Apóstolo escreve, “a cada um é dada a manifestação do Espírito para utilidade comum” (1 Cor 12, 7)». É sinceramente piedosa a tua petição pro unitate apostolatus? Como rezas por todos os que gastam a sua existência pela Igreja? Sabes chegar com a oração até ao último lugar onde se trabalha por Cristo?

Quantas graças havemos de dar a Deus por ter querido que a Igreja seja, ao mesmo tempo, única e tão variada! E que respeito devemos mostrar por todas as manifestações com as quais o Espírito Santo quer adornar a Esposa de Cristo! «Na Igreja, há diversidade de ministérios, mas um só é o fim: a santificação dos homens. Nesta tarefa participam de algum modo todos os cristãos, pelo carácter recebido com os Sacramentos do Baptismo e da Confirmação. Todos temos de nos sentir responsáveis por essa missão da Igreja, que é a missão de Cristo» [S. Josemaría, Homilia Lealdade à Igreja, 4-VI-1972.]. Ninguém está a mais na Igreja, todos somos precisos. O ponto fulcral está na comunhão com a sua Cabeça visível, com os Pastores e com todo o Povo de Deus, cada um segundo o chamamento e a graça que recebeu.

 
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei)
publicado por spedeus às 17:59

«Ele é a alma Desta Igreja. Ele é Quem explica aos fieis o sentido profundo dos ensinamentos de Jesus e o Seu mistério. Ele é Quem, hoje como nos começos da Igreja, actua em cada evangelizador que se deixa possuir e conduzir por Ele, e pões nos lábios as palavras que por si só não poderia achar, predispondo também a alma daquele que escuta para torná-la aberta e acolhedora da Boa Nova e do reino anunciado.»


(Evangelii muntiandi, nº 75 – Paulo VI)
publicado por spedeus às 00:01

Foi apresentado em Roma o livro «Homilias. O ano litúrgico reflectido por Joseph Ratzinger, o Papa», de autoria do jornalista italiano Sandro Magister.

 

O Cardeal Camillo Ruini, vigário geral emérito de Roma, declarou que “as páginas do livro contêm um tesouro muito precioso”.
 

“As homilias são uma expressão da teologia do Papa, da sua capacidade de catequista, mas são, sobretudo, um acto específico porque são parte da liturgia”. Nelas, manifesta-se muito bem “a unidade entre as escrituras sagradas e o pensamento teológico que o Papa tem afirmado nos seus discursos”.

 

Redacção/Rádio Vaticano

 

(Fonte. site Ecclesia)

publicado por spedeus às 00:00

06
Nov 08
Bento XVI enviou um telegrama de felicitações a Barack Obama, definindo a sua eleição como "uma ocasião histórica" e garantiu as suas orações para que o novo presidente dos EUA possa "construir um mundo de paz, de solidariedade e justiça". O telegrama foi enviado por meio da embaixadora dos EUA junto à Santa Sé, Mary Ann Glendon. Por sua vez, o secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, fez votos de que todos trabalhem pela paz, pela solidariedade, pela justiça social e pela igualdade, e que os Estados Unidos, como grande país, líder no mundo, continue a desempenhar a sua missão. È fundamental que Barack Obama saiba promover os caminhos da paz no mundo, na defesa da dignidade das pessoas e sirva eficazmente o direito e a justiça…. É a reacção do Presidente da Conferencia Episcopal Portuguesa à eleição do senador do Illinois, uma reacção na linha das declarações de ontem do director da sala de imprensa da Santa Sé, Padre Frederico Lombardi. Em entrevista ao nosso correspondente em Portugal Domingos Pinto, D. Jorge Ortiga considera a eleição de Obama um sinal da maturidade do povo americano que soube escolher para além das questões raciais..... Uma entrevista onde D. Jorge Ortiga diz esperar que o novo inquilino da Casa Branca saiba fazer os equilíbrios necessários á paz e a segurança entre as Nações e cumpra as promessas feitas ao povo americano. (Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 13:18

A Santa Sé pediu à comunidade internacional que evite interpretações relativistas dos direitos humanos ou de acordo com interesses partidários.
 
 
Dom Francesco Follo, observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas para a Educação e a Ciência (UNESCO), apresentou esta reivindicação em 14 de Outubro passado."Não temos que ceder à tentação de interpretações relativistas dos direitos humanos ou a uma aplicação parcial e desigual, segundo o desejo de quem tem que aplicá-los”, explicou o representante papal.O prelado interveio diante da sessão do Conselho executivo da organização que comemorou os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem.Para o representante Vaticano, uma atitude assim “significaria satisfazer exigências particulares, descuidando das exigências legítimas da pessoa humana, para quem esses direitos foram reconhecidos".
 
 
Na sua intervenção, o prelado falou da Declaração Universal como “um dos frutos mais importantes da convergência entre as diferentes tradições culturais e religiosas, que se converteu em um instrumento importante para proteger a pessoa humana e preservar sua dignidade".
 
 
Além disso, "os direitos humanos revelaram-se como um meio eficaz para preservar a paz no mundo”, destacando que sua promoção é uma arma "eficaz para superar as desigualdades entre os países e grupos sociais".
 

(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
publicado por spedeus às 10:12

Hoje (ontem dia 5 de Novembro) o mundo acordou melhor.


Não porque Barack Obama, como presidente dos Estados Unidos, seja a garantia dessa mudança. Disso não tenho a certeza.

Mas porque um mundo onde Barack Obama pode ser presidente da nação mais rica e poderosa é seguramente melhor!

Em Barack não votaram apenas os negros que viram nele a maneira de vingar a história, elegendo um “patrão” negro. Isso pouco mudava.

Votaram nele os brancos que queriam forçar essa mudança. Mas, sobretudo, votaram nele todos os homens que deixaram de ver o mundo a preto e branco e para quem a questão da raça não faz sentido.

Aqueles para quem Barack não é um negro inteligente em quem se pode confiar, mas um homem inteligente capaz de conquistar toda a confiança e que, por acaso (que não vem ao caso!) é negro. E, isto sim, faz toda a diferença.

 

 

Mesmo que Barack, por absurdo, possa vir a ser o pior presidente da história americana e mesmo que isso acarrete riscos inesperados, a verdade é que hoje (pelo menos hoje) fez História e ofereceu a todos os homens de boa vontade, mesmo aos que votaram noutro candidato, a vitória da concretização do sonho:

 
Sim. Conseguimos!
Graça Franco
(Fonte: site RR)

 

publicado por spedeus às 00:02

«(…) um raciocínio do próprio Newman sobre a relação fundamental do homem com a verdade. Os homens estão demasiadas vezes inclinados, assim raciocina o grande filósofo da religião, a ficar tranquilamente em suas casas à espera de que lhes cheguem demonstrações da revelação, como se estivessem na posição árbitros e não de necessitados. “Eles decidiram examinar o Omnipotente de maneira desapaixonada e objectiva, com total imparcialidade, de cabeça fria.” Mas o homem que deste modo se torna senhor da verdade engana-se. Ele subtrai-se a semelhante senhor e abre-se apenas àquele que se aproxima dela com respeito, com humildade veneradora.»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 00:01

Nuno Álvares Pereira, fundador da Casa de Bragança, nasceu em Cernache do Bonjardim em 24 de Julho de 1360. Como Condestável do Reino de Portugal, foi militar invencível na guerra da independência; mas, vencendo-se a si mesmo, quando morreu a esposa, entrou em 1423 para a Ordem do Carmo, no convento de Lisboa por ele fundado. Quis ser simples donato, tomando o nome de Frei Nuno de Santa Maria. Morreu no mesmo convento no Domingo da Ressurreição de 1431 (1 de Abril), tendo dado a todos, durante a sua vida, um exemplo de oração, penitência, amor aos pobres e filial devoção a Nossa Senhora. O seu culto foi confirmado a 26 de Março de 1918 por Bento XV. Neste último dia 3 de Julho, o Santo Padre Bento XVI recebeu em audiência privada o Cardeal José saraiva Martins, Perfeito da Congregação da Causa dos santos. No decorrer da referida audiência, o Santo Padre autorizou a Congregação a promulgar o decreto acerca das virtudes heróicas e o milagre atribuído à intercessão do Beato Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, português (1360-1431), leigo professo da Ordem Carmelita. A Santa Sé estabelecerá, posteriormente, a data da canonização.
(Fonte: site Ordem do Carmo em Portugal)
publicado por spedeus às 00:00

05
Nov 08

A centralidade da «Ressurreição de Jesus, vista por São Paulo, foi o tema central da audiência desta Quarta-feira, que decorreu na grande aula das audiências do Vaticano.
Bento XVI indicou que Paulo estava “preocupado em transmitir o que tinha recebido dos apóstolos. Ele proclamava não só a ressurreição, mas a sua importância vital. Em Cristo, que morreu e ressuscitou por nós, nós somos salvos”.


“A ressurreição revela a verdadeira identidade de Jesus como filho de Deus e senhor dos vivos e dos mortos”.

O Papa afirmou que “também nós somos chamados a ser completamente configurados a partir de Deus, no mistério da passagem da morte para a vida. O nosso actual sofrimento é uma amostra do sofrimento e da morte de Cristo, enquanto que a esperança da ressurreição, nos envia para a plenitude da vida com todos os santos”.

Bento XVI sublinhou que a “salvação vem do confessar com os nossos lábios que Jesus é o Senhor, e acreditar, com os nossos corações, que Deus o ressuscitou dos mortos”.
O Papa pediu que, com o apóstolo Paulo, “nos deixemos levar plenamente, através da fé e da esperança, para o conhecimento de Cristo e do poder da ressurreição”.
 
- O pensamento da morte não seja para vós, queridos jovens, motivo de tristeza: disse Bento XVI dirigindo a sua saudação aos peregrinos de língua italiana no final da audiência.
Recordando que nestes dias a Igreja comemora os fiéis defuntos, o Papa disse que a morte, para os jovens, não deve ser um pensamento denso de desconforto, mas estimulo a apreciar e valorizar plenamente a sua juventude, orientando sempre o seu espírito para os valores espirituais que não perecem.

Não faltou nesta audiência geral a saudação do Papa aos peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente ao grupo do Renovamento Carismático de Setúbal e á Comunidade «Canção Nova”:
 
Saúdo também os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente o grupo do Renovamento Carismático de Setúbal e a Comunidade «Canção Nova», em festa pelo reconhecimento como associação internacional de fiéis junto do Conselho Pontifício para os Leigos. Exprimo o apreço da Igreja pelo ideal e empenho que os anima de dar inspiração cristã às linguagens do nosso mundo e à leitura dos acontecimentos da história. Sobre todos invoco os dons do Espírito Santo para serem verdadeiros discípulos e missionários de Cristo Ressuscitado, fazendo jorrar a sua Vida no meio de suas famílias e comunidades, que de coração abençoo.
 

(Fonte: site Radio Vaticana)

publicado por spedeus às 16:20

A sala de Imprensa da Santa Sé já reagiu à eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos. O Pe. Federico Lombardi, director da sala de imprensa expressou o seu desejo de ver em Obama “a resposta aos problemas e a esperança para os americanos, servindo eficazmente o direito e a justiça”.

“O dever do novo presidente dos EUA é de enorme responsabilidade, não apenas no seu país, mas em todo o mundo, devido à importância que os EUA têm em todos os campos do cenário mundial”.

O Pe. Federico Lombardi sublinhou que “todos esperamos que Barack Obama tenha a possibilidade de responder às esperanças depositadas nele, servindo e encontrando os caminhos para promover a paz no mundo, favorecendo o crescimento e a dignidade das pessoas, no respeito dos valores humanos e espirituais essenciais ”.

Os crentes – acrescentou – pedem que Deus o ilumine e o assista na sua grandíssima responsabilidade não só para o seu país mas para o mundo inteiro”.

O novo presidente dos EUA toma posse a 20 de Janeiro de 2009.

(Fonte: site Radio Vaticana)

publicado por spedeus às 11:24

“Registámos e aplaudimos o seu compromisso em apoiar a causa da paz e segurança em todo o mundo. Confiamos que fará entrar também como missão da sua Presidência, o combate à praga da pobreza e da doença em todo o planeta”.

 

Nelson Mandela

 

 

 

(Fonte: Reuters com tradução e adaptação de JPR)

 

 

 

Independentemente de quaisquer considerações de carácter ideológico, que não têm cabimento neste blogue, permito-me dizer que alguém, que em resposta a um jornalista, e de uma forma absolutamente espontânea, afirma que não gostaria de ser recordado como o primeiro Presidente negro dos EUA, mas sim, como um bom ser humana, um bom pai e um bom marido, é certamente um homem rico em valores. Não compartilharei certamente alguns deles, aonde não descortino riqueza, antes pelo contrário vejo miséria humana, mas no mundo em que vivemos a defesa da vida vai muito para além do gravíssimo problema do aborto, basta olharmos para o Iraque e o Afeganistão. Em relação à invasão do Iraque, recordo-me com emoção da veemência dos apelos do saudoso Papa João Paulo II e quanto às consequências desta guerra, não tentemos tapar os olhos com uma peneira.

 

 

 

 

(JPR)

publicado por spedeus às 11:13

«Ao falarmos do Deus vivo isso significa que este Deus se nos mostra, que a partir da eternidade olha o tempo e estabelece uma relação connosco. Não o podemos definir como nos apetecer. Ele próprio de “definiu” e assim se perfila como Senhor nosso perante nós, sobre nós e no meio de nós»


(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
publicado por spedeus às 00:01

O exemplo dos santos e o anúncio de Cristo no continente asiático constituem a intenção de oração para o mês de Novembro sugerida por Bento XVI.

Que o testemunho do amor dos santos fortaleça os cristãos na dedicação a Deus e ao próximo. E que a comunidade cristã da Ásia encontre as vias mais conformes para anunciar Cristo e difundir a esperança que nasce ao sentir-se escutado, amado e perdoado.

São textualmente as intenções para o mês de Novembro que o Papa propõe e que difunde o "Apostolado da Oração", uma iniciativa seguida por 50 milhões de pessoas dos cinco continentes.

 
(Fonte: site H2O News)
publicado por spedeus às 00:00

04
Nov 08

Alexis II, Patriarca de Moscovo e de todas as Rússias, escreveu uma carta a Bento XVI, em resposta à missiva que o Papa lhe enviou por intermédio do Cardeal Crescenzio Sepe, Arcebispo de Nápoles, durante uma visita a Moscovo em Outubro.

 

A missiva, em russo, começa agradecendo a carta que Bento XVI enviou por meio do Cardeal Sepe. O Patriarca escreve que deseja expressar seus “sentimentos de profunda estima e sincera benevolência” ao Papa, a quem faz votos de boa saúde.
 
Para o líder Ortodoxo Russo, são motivos de alegria ”as crescentes perspectivas para desenvolver boas relações e uma positiva cooperação” entre ambas as Igrejas. A base sólida desta relação está nas raízes comuns e nas “posições convergentes sobre muitas questões que hoje afligem o mundo”, escreve.
 
Por fim, o Patriarca diz-se “convicto” de que a maior revelação do Evangelho, "Deus é amor", deveria converter-se em uma “orientação vital” para todos aqueles que se consideram seguidores de Cristo, pois, e cita textualmente, “somente por meio do testemunho deste mistério podemos superar a discórdia e a alienação deste século, proclamando os valores eternos do cristianismo ao mundo moderno”.
 
 
(Fonte: site H2O News com adaptação de JPR)
publicado por spedeus às 16:19

A campanha presidencial nos EUA conhece hoje o seu desfecho. O democrata Barack Obama conservou até ao último dia a vantagem nas sondagens e, tudo indica, será o próximo presidente americano. O Republicano John McCain não se dá por vencido, mas só um apoio maciço na Florida, Indiana, Missouri, Ohio, Nevada e Carolina do Norte lhe pode dar a vitória.

 
O mundo aguarda a resposta que caberá aos mais de cem milhões de eleitores aguardados nas assembleias de voto por toda a América, dar. Uma participação recorde (mais de 80% dos eleitores) que prova o carácter histórico desta eleição. Antes de mais pelos candidatos: se vencerem os democratas, a América terá o seu primeiro presidente negro, concretizando assim o sonho de Martin Luther King e da geração dos direitos civis; se vencerem os republicanos, Sarah Palin, a número dois de McCain, tornar-se-á na primeira mulher na Casa Branca, outro marco da luta pela igualdade do género. Depois, pelas circunstâncias: os EUA vivem uma gigantesca crise económica e combatem em duas guerras no Médio Oriente.

A "urgência da mudança", como lhe chamou Obama, arrastou para a campanha grupos até agora alheados das decisões políticas. Jovens, negros, mulheres, todos entraram na campanha e prometem acorrer às urnas na esperança de fazer a diferença. E num aspecto já o fizeram: o mapa eleitoral da América mudou nesta corrida à Casa Branca, com os candidatos obrigados a lutarem por estados que davam como bastiões do seu partido.

Com um presidente cessante francamente impopular, com a opinião pública esmagadoramente a considerar que o país avança na direcção errada, há um sentido de urgência nesta eleição que não encontra paralelo na história recente.
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 16:06

«(…) , a negação da questão de Deus, a renúncia a esta elevada abertura do homem, é um acto de fechamento, é esquecer o grito íntimo do nosso ser. Neste contexto Josef Pieper citou palavras de Hesíodo, retomadas pelo Cardeal Newman, nas quais esta problemática se encontra expressa com inimitável elegância e precisão. “Ser sábio com a cabeça de outrem (…) é decerto menos que sê-lo com a nossa, mas tem infinitamente mais peso que o orgulho estéril daquele que não realiza a independência do sapiente e ao mesmo tempo despreza a dependência do crente.”»


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 00:01

D. Javier Echevarría, Grande Chanceler da Universidade de Navarra, enviou uma carta ao seu Reitor na qual expressa a sua “proximidade total” e “uma intensa participação na vossa dor, perante este atentado difícil de entender e suportar”.

D. Echevarría pediu ao Reitor que transmitisse o seu afecto “a todos: autoridades, professores, estudantes e funcionários” da Universidade.
O Grande Chanceler dá graças a Deus porque os prejuízos serem “somente materiais, e os feridos ligeiros”.
D. Echevarría referiu-se em concreto à concentração entretanto realizada na Universidade; sugerindo na sua carta que para além de um “acto de solidariedade”, tenha sido igualmente ocasião para rezar e “expressão de perdão”.
A autoridade superior da Universidade de Navarra une-se ao desejo de se lograr “uma convivência social justa e equilibrada, em respeito por todas as pessoas e contributiva para a paz no mundo inteiro”.
Finalmente, o Grande Chanceler recorda que estes momentos são para os cristãos ocasião para se converterem em “semeadores de paz e alegria.”
 
(Fonte: site Opus Dei Espanha com tradução e adaptação de JPR)
publicado por spedeus às 00:00

03
Nov 08

Se há uma coisa boa que esta crise nos trouxe, ela é a de nos reconduzir à realidade palpável e mensurável. O descalabro que está a atingir em cascata as economias do mundo inteiro, tem que ver com o facto de as nossas sociedades se terem convencido que poderiam viver do nada, ou seja, ganhar sem produzir.


Há tempos, num debate televisivo, a jornalista perguntava a um convidado que se dedica à produção agrícola se estava preocupado com a crise e com o futuro. O convidado deu uma resposta que reflecte bem a actual situação: “Eu? Preocupado? A senhora é que devia preocupar-se, eu terei sempre com que me alimentar.”

Parece evidente esta conclusão, mas ela tem já muito pouco a ver com a realidade da maior parte de nós. A verdade é que, nos últimos anos, nos habituámos à ideia de que era possível viver sem produzir aquilo que consumimos e essa ilusão inevitavelmente teria que rebentar um dia.

Agora, há que reaprender a viver sem fazer dos bancos o centro das nossas vidas. E, já agora, era bom que o poder político ajudasse, em vez de continuar a apostar na venda de ilusões. A este propósito, a imagem do Primeiro-ministro a vender o Magalhães na Cimeira Ibero-Americana como uma invenção portuguesa não ajudou. Todos sabemos que o Magalhães português tem outros nomes nos quatro cantos do mundo.
 
Raquel Abecassis
 
(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 17:32

«Fazer vencer o bem sobre o mal é uma característica de Deus.
Por conseguinte, Jesus Cristo, que, opondo-se, venceu o mal com o bem, é a nossa verdadeira Mãe: d’Ele nós recebemos o nosso “Ser”- e aqui tem início a Sua Maternidade - e com esse recebemos também a doce Protecção e Custódia do Amor que não cessará de nos rodear.

Como é verdade que Deus é nosso Pai, assim também é verdade que Deus é nossa Mãe.

E esta verdade Ele me mostrou em cada coisa, mas especialmente naquelas doces palavras nas quais Ele diz:” Eu o sou”.

O que é o mesmo que dizer, eu sou a Potência e a Bondade do Pai; eu sou a sabedoria da Mãe; eu sou a Luz e a Graça que é bem-aventurado amor; eu sou a Trindade; eu sou a Unidade; eu sou a Bondade soberana de todas as coisas; eu sou Aquele que te faz amar, eu sou Aquele que te faz desejar, eu sou o acontentamento infinito de todos os verdadeiros desejos.(...)
O nosso Pai altíssimo, Deus Omnipotente, que é o Ser, conhece-nos e ama-nos desde sempre: de tal forma que, pela sua maravilhosa e profunda caridade e pelo unânime consenso de toda a bem-aventurada Trindade, Ele quis que a Segunda Pessoa se tornasse nossa Mãe, nosso Irmão, nosso Salvador.

É, portanto, lógico que, sendo Deus nosso Pai, seja também nossa Mãe. O nosso Pai quer, a nossa Mãe realiza e o nosso bom Senhor, o Espírito Santo, confirma; portanto, convém-nos amar o nosso Deus, no qual temos o Ser, agradecê-lo com reverência e louvá-lo por nos ter criado, e orar ardentemente à nossa Mãe para obter misericórdia e piedade, e orar ao nosso Senhor, o Espírito Santo, para obter a sua ajuda e graça.

E vi com toda a certeza que Deus nos amou antes de nos ter criado, e que o Seu amor nunca diminuiu, e nunca diminuirá. Neste amor Ele fez todas as Suas obras e neste amor Ele faz concorrer todas as coisas em nosso benefício; e neste amor a nossa vida é eterna.

Na criação nós tivemos um início, mas o amor com o qual Ele nos Criou existia n’Ele desde sempre: e neste amor nós temos o nosso início.
E veremos tudo isto em Deus, eternamente».


(De “Rivelazioni dell’amore divino” de Santa Juliana de Norwich [1342-1416], [LIX, XXXVI])
publicado por spedeus às 00:00

02
Nov 08

Dirigindo-se aos milhares de pessoas presentes ao meio dia na Praça de São Pedro para a recitação da oração mariana do Angelus, Bento XVI salientou a importância dos cristãos viverem a relação com os defuntos na verdade da fé e de olharem para a morte e para o além com a luz da Revelação. O Papa recordou que já o Apóstolo Paulo, escrevendo ás primeiras comunidades cristãs exortava os fiéis a não serem tristes como os outros que não têm esperança. Se de facto – escrevia - cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também devemos crer que Deus levará, por Jesus, e com Jesus os que morrem n’Ele”.

 
“ É necessário também hoje evangelizar a realidade da morte e da vida eterna, realidades particularmente sujeitas a crenças supersticiosas e a sincretismos, para que a verdade cristã não corra o perigo de misturar-se com mitologias de varia espécie”.
 E Bento XVI voltou a fazer algumas perguntas contidas na sua Encíclica sobre a esperança cristã.
 Para nós, hoje a fé cristã é também uma esperança que transforma e sustenta a nossa vida?

E mais radicalmente: os homens e as mulheres desta nossa época desejam ainda a vida eterna? Ou talvez a existência terrena tornou-se o seu único horizonte? Na realidade, como já observava Santo Agostinho todos queremos a vida bem-aventurada», a vida que é simplesmente vida, pura «felicidade».
 Não conhecemos de modo algum esta realidade, mas sentimo-nos atraídos por ela. Esta é uma esperança universal, comum aos homens de todos os tempos e lugares.
 A expressão vida eterna – disse pois o Papa – deseja dar um nome a esta expectativa irresistível; não uma sucessão sem fim, mas a imersão no oceano do amor infinito, no qual o tempo, o antes e o depois, já não existem.
 Uma plenitude de vida e de alegria: é isto que esperamos do nosso ser com Cristo.
E depois de ter convidado a renovar a esperança da vida eterna fundada realmente na morte e ressurreição de Cristo Bento XVI salientou que a esperança cristã nunca é apenas individual, é sempre também esperança para os outros.
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 12:46

publicado por spedeus às 00:01

Caríssimos Irmãos e Irmãs

 
1. Depois de termos celebrado ontem a Solenidade de Todos os Santos, hoje, 2 de Novembro, o nosso olhar orante dirige-se para aqueles que deixaram este mundo e esperam chegar à Pátria celeste. A Igreja exortou sempre a rezar pelos defuntos. Ela convida os fiéis a ver o mistério da morte não como a última palavra do destino humano, mas como a passagem para a vida eterna. "Enquanto se desfaz a morada deste exílio terreno lemos no prefácio de hoje é preparada uma habitação eterna no Céu".
 
2. É importante e necessário rezar pelos defuntos, pois, mesmo se mortos na graça e na amizade de Deus, talvez eles precisem ainda de uma última purificação para entrar na alegria do Céu (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1030). O sufrágio por eles expressa-se de vários modos, entre os quais também a visita aos cemitérios. Estar nesses lugares sagrados constitui uma ocasião propícia para reflectir sobre o sentido da vida eterna e para alimentar, ao mesmo tempo, a esperança na felicidade eterna do Paraíso.
 
Maria, Porta do céu, nos ajude a não nos esquecermos nem perdermos de vista a Pátria celeste, meta última da nossa peregrinação aqui na Terra.
 
 
(Angelus de 2 de Novembro de 2003 – João Paulo II)
publicado por spedeus às 00:01

«Será também um sinal de amor o esforço para transmitir aos cristãos, não dúvidas ou incertezas nascidas de uma erudição mal assimilada, mas certezas sólidas, porque ancoradas na Palavra de Deus. Sim, os fiéis precisam dessas certezas para a sua vida cristã»


(Exortação Apostólica ‘Evangelli Nuntiandi’, n. 79 – Paulo VI)


«São mais do que podíamos esperar [os semeadores de confusão], e onde não são combatidos seduzem outros e engrossa-se a seita, de modo que não sei onde vão a terminar. Eu prefiro curá-los dentro do organismo da Igreja antes que amputá-los desse organismo como membros incuráveis, a não ser que urja a necessidade; porque também há que temer que por perdoar o apodrecido apodreçam muitos outros, Contudo é poderosa a misericórdia do Senhor e pode livrá-los dessa peste»


(Epístola 137, 23,22 - Santo Agostinho)


«O pregador do Evangelho terá de ser, portanto, alguém que, mesmo à custa da renúncia pessoal e do sofrimento, procura sempre a verdade que há-de transmitir aos outros. Ele jamais poderá trair ou dissimular a verdade, nem com a preocupação de agradar aos homens, de arrebatar ou de chocar, nem por originalidade ou desejo de dar nas vistas. Ele não há-de evitar a verdade e não há-de deixar que ela se obscureça pela preguiça de a procurar, por comodidade ou por medo; não negligenciará nunca o estudo da verdade. Mas há-de servi-la generosamente, sem a escravizar».


(Exortação Apostólica ‘Evangelli Nuntiandi’, n. 78 – Paulo VI)

publicado por spedeus às 00:00

Último concerto dirigido por Leonard Bernstein em Abril de 1990, W. A. Mozart eleva-nos até muito próximo do Senhor no Seu Reino e Bernstein, de origem judaica, e todos os músicos e intérpretes, pela excepcional qualidade da sua interpretação, ajudam-nos a aproximar do Paraíso.</p>

Este concerto está subdividido em 11 vídeos, publicá-los-emos à cadência de um por Domingo em louvor do Senhor e para nosso gáudio e elevação espiritual.

publicado por spedeus às 00:00

«Há uma só escada verdadeira fora do paraíso; fora da cruz, não há outra escada por onde se suba ao céu»

(Santa Rosa de Lima)


Pela sua obediência amorosa ao Pai, «até d morte de cruz» (Fl 2, 8), Jesus cumpriu a missão expiatória do Servo sofredor, que justifica as multidões, tomando sobre Si o peso das suas faltas (Is 53, 11)

(Catecismo da Igreja Católica § 623)
publicado por spedeus às 00:00

01
Nov 08
Neste 1 de Novembro, Todos os Santos, feriado também em Itália, Bento XVI – como é tradição aos domingos e dias santos – assomou à janela dos seus aposentos, sobre a Praça de São Pedro, ao meio-dia, para a recitação da oração mariana do Angelus, como sempre antecedida de uma alocução. Como num jardim onde se admira grande variedade de plantas e de flores – observou o Papa – há um sentimento de maravilhosa surpresa que toma posse de nós quando consideramos o espectáculo da santidade: “o mundo aparece-nos como um jardim onde o Espírito de Deus suscitou com admirável fantasia uma multidão de santos e santas, de todas as idades e condições sociais, de cada língua, povo e cultura. Cada um é diferente do outro, com a singularidade da sua personalidade humana e do carisma espiritual próprio. Mas todos levam impresso o sigilo de Jesus, a marca do seu amor, testemunhado através da Cruz”. Bento XVI observou que a solenidade de Todos os Santos se foi afirmando no decurso do primeiro milénio cristão, como celebração colectiva dos Mártires. Foi assim que já no ano 609 o Papa Bonifácio IV consagrou o Pantheon de Roma dedicando-o à Virgem Maria e a todos os Mártires. “Aliás este martírio, podemos entendê-lo em sentido lato, isto é, como amor por Cristo sem reservas, amor que se exprime no dom total de si a Deus e aos irmãos”. Trata-se – observou ainda o Papa – do caminho das bem-aventuranças evangélicas que a liturgia propõe neste dia. “É o próprio caminho traçado por Jesus e que os santos e santas se esforçaram por percorrer, embora conscientes dos seus limites humanos. Na sua existência terrena, eles foram pobres em espírito, amargurados em razão dos pecados, mansos, com fome e sede de justiça, misericordiosos, puros de coração, operadores de paz, perseguidos pela justiça. E Deus participou-lhes a sua própria felicidade: puderam saboreá-la um pouco já neste mundo, e, no além, gozam-na agora em plenitude. São agora consolados, herdeiros da terra, saciados, perdoados, vêem a Deus. Numa palavra: deles é o Reino dos céus. Neste dia sentimos reavivar-se em nós a atracção em direcção ao Céu, que nos leva a apressar o passo da nossa peregrinação terrena. Sentimos acender-se nos nossos corações o desejo de nos unirmos para sempre à família dos santos, de que temos desde já a graça de fazer parte”. (Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 12:58

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (6, 51-58)

 

Naquele tempo, disse Jesus à multidão:

«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».

Os judeus discutiam entre si:

«Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?»

Jesus disse-lhes:
«Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram:

Quem comer deste pão viverá eternamente».

publicado por spedeus às 12:00

…são pessoas em tudo humanas e naturais, são aqueles em que o humano, mediante a transformação e a purificação pascais, vem à luz com toda a sua beleza original».


(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)
publicado por spedeus às 00:03

«Dá "toda" a glória a Deus. - "Espreme" com a tua vontade, ajudado pela graça, cada uma das tuas acções, para que nelas não fique nada que cheire a humana soberba, a complacência do teu "eu".» São Josemaría Escrivá – Caminho, 784 O ‘Spe Deus’ tem evidentemente um autor que normalmente assina JPR e que caso se justifique poderá assinar com o seu nome próprio, mas como o verdadeiramente importante é Deus na sua forma Trinitária, a Virgem Santíssima, a Igreja Católica e os seus ensinamentos, optou-se pela discrição.
NUNC COEPI - Blogue sugerido para questões de formação, doutrina, reflexões e comportamento humano
http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
subscrever feeds
links
pesquisar neste blog
 
mais sobre mim

ver perfil

seguir perfil

3 seguidores

blogs SAPO