«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9) (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9)

10
Jul 09
São Mateus 10, 16-23
 
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus apóstolos:
«Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos.
Portanto, sede prudentes como as serpentes
e simples como as pombas.
Tende cuidado com os homens:
hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas.
Por minha causa, sereis levados
à presença de governadores e reis,
para dar testemunho diante deles e das nações.
Quando vos entregarem,
não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer,
porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer;
porque não sereis vós a falar,
mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós.
O irmão entregará à morte o irmão
e o pai entregará o filho.
Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte.
E sereis odiados por todos por causa do meu nome.
Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.
Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra.
Em verdade vos digo:
não acabareis de percorrer as cidades de Israel,
antes de vir o Filho do homem».
publicado por spedeus às 00:00

09
Jul 09
Vídeo em espanhol
 
Bento XVI recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira o primeiro ministro da Austrália Kevin Rudd, o qual sucessivamente se encontrou com o cardeal Secretario de Estado Tarcisio Bertone. Durante os colóquios cordiais foram recordados a viagem do Santo Padre a Sydney em Julho de 2008 para o Dia Mundial da Juventude e o óptimo espírito de colaboração entre as autoridades eclesiásticas e civis que caracterizou a organização. Durante os colóquios falou-se também da actual situação internacional e regional, com referencia tanto ao respeito pela liberdade religiosa como ás problemáticas ambientais.
 
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 17:02

Vídeo em espanhol
 
O Santo Padre recebeu nesta quinta-feira o presidente da República da Coreia, Lee Myung-bak, o qual se encontrou sucessivamente também com o Cardeal Secretário de Estado, Tarcísio Bertone, acompanhado pelo arcebispo Dominique Mamberti, Secretário para as Relações com os Estados.
 
Os colóquios, cordiais, permitiram trocar impressões sobre alguns temas de interesse comum, nomeadamente os efeitos da crise económica mundial, sobretudo sobre os países mais pobre, e a situação política e social na península coreana.
 
No plano bilateral, foram evocadas as boas relações existentes entre a República da Coreia e a Santa Sé, assim como o diálogo ecuménico e inter-religioso e a cooperação entre a Igreja e o Estado, no campo educativo e social
 
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 16:58

Jovens lisboetas ajudam população idosa do Nordeste algarvio
 
 
Iniciativa do Movimento ao Serviço da Vida é uma tradição com 15 anos
 
 
Desde há 15 anos que diferentes gerações de jovens pertencentes ao MSV - Movimento ao Serviço da Vida visitam as paróquias do concelho de Alcoutim. Vindos de Lisboa, na sua maioria universitários, os jovens descem mensalmente ou quinzenalmente ao Algarve, não para passar um fim-de-semana divertido numa qualquer discoteca das muitas que o litoral algarvio oferece, mas para comprometerem a sua vida com os habitantes de um Algarve esquecido que a serra do Nordeste interior acolhe bem longe dos holofotes que iluminam o Algarve mediático.
 
A sua acção é simples: num ou em dois fins-de-semana por mês vêm ao Algarve para se dedicarem aos que mais precisam, sejam idosos, doentes ou crianças, espalhados pelos inúmeros ‘montes' algarvios.
 
Conhecidos de longa data, os jovens do MSV são recebidos como se fossem os próprios netos em visita aos seus avós, num clima de uma estima que já é recíproca.
 
A sua missão evangelizadora desenvolve-se na organização de actividades simples como a oração de um terço em família, uma celebração da Palavra num pequeno grupo ou uma via-sacra em tempo quaresmal. Ajudam a animar alguma festa local ou colaboram simplesmente na descasca das amêndoas ou em qualquer outro trabalho rural que as mãos decrépitas dos «avós» ainda teimam em manter como rotineira. Quase sempre limpam algumas casas de muita solidão que tomaram como sua.
 
Em Dezembro vêm todos, num grupo que pode chegar aos 30, 40 ou 50, para um fim-de-semana que é de experiência missionária e que os faz identificar-se com o slogan «vá para fora cá dentro». De facto, identificam-se com a missão lá de fora cá dentro.
 
Em Agosto oferecem as suas férias e, durante o mês inteiro, o grupo permanece com os mais pobres.
 
Reconhecido por esta acção meritória dos jovens do MSV, o pároco de Alcoutim, Giões e Pereiro, padre Atalívio Rito, congratula-se com o trabalho realizado, mas lamenta que os jovens do Algarve não sigam o exemplo dos seus coetâneos de Lisboa. "Aqui têm casa e campo missionário para um fim-de-semana, uma semana, um mês, um ano", sublinha o sacerdote.
 
Nacional | Diocese do Algarve | 2009-07-09 | 12:05:12 | 2538 Caracteres | Diocese do Algarve
 
 
(Fonte: site Agência Ecclesia)
publicado por spedeus às 14:42

O tráfico ilegal de pessoas, drogas, petróleo, tabaco, medicamentos falsos, resíduos industriais e diamantes está a tornar a África Ocidental uma mina de ouro para o crime organizado internacional, alertou a ONU.
 
"A África Ocidental tem tudo o que a criminalidade necessita: recursos, localização estratégica, governos fracos e um número ilimitado de soldados que vêem poucas alternativas viáveis a uma vida criminosa", assegurou António Maria Costa, director do departamento das Nações Unidas contra a Droga e o Crime.
 
Este departamento divulgou terça feira o relatório "Contrabando Internacional e o Império da Lei na África Ocidental - Uma Avaliação das Ameaças", que conclui que "a criminalidade organizada está a saquear a região, destruindo os governos, o meio ambiente, os direitos humanos e a saúde" dos seus habitantes.
 
Anualmente, 5700 pessoas são enviadas para a Europa pelos traficantes, na sua maioria mulheres para serem exploradas sexualmente, o que rende às máfias desta nova forma de escravidão cerca de 300 milhões de dólares anuais (cerca de 215,11 milhões de euros), indica o estudo.
 
A ONU calcula que em 2008 outras 20 000 pessoas da África Ocidental entraram clandestinamente na Europa, recorrendo para isso a organizações criminosas que ganharam 75 milhões de dólares.
 
Em alguns casos, a quantidade de dinheiro que se consegue com a actividade criminosa compete com o produto interno bruto (PIB) dos países da zona, que se encontram entre os mais pobres do mundo, indica também o relatório.
 
Assim, os 438 milhões de dólares obtidos com o contrabando de 45 milhões de comprimidos anti-malária falsos ultrapassam o PIB da Guiné-Bissau.
 
Os 775 milhões gerados pelo tráfico ilegal de tabaco excedem as contas da economia da Gâmbia e os 1000 milhões de dólares da cocaína que transita pela África Ocidental estão ao mesmo nível que o PIB de Cabo Verde ou da Serra Leoa.
 
A ONU calculou que em 2006 uma quarta parte da cocaína consumida na Europa (cerca de 40 toneladas) transitou pela África Ocidental e que os 1000 milhões de dólares que rendeu ameaçam a segurança de toda a região.
 
Estes números reduziram-se nos últimos 18 meses, no que é o único aspecto positivo deste relatório em relação ao contrabando ilegal nesta parte do continente africano.
 
Na África Ocidental, entre 50 a 60 por cento dos medicamentos são falsos e até 80 por cento dos cigarros são de contrabando, estima a ONU.
 
Na Nigéria, no delta do rio Níger, cerca de 55 milhões de barris de petróleo são anualmente desviados da circulação legal e os 1010 milhões de dólares que rendem acabam nas mãos de grupos criminosos e da guerrilha secessionista, segundo o relatório.
 
Na região existem 30 grupos armados e mais de dois milhões de armas sem controlo, um negócio avaliado em 170 milhões de dólares.
 
"Os países ricos devem assumir a sua quota de responsabilidade para travar o seu apetite por drogas, mão-de-obra barata e mercadorias exóticas que chegam do contrabando na região e impedir que a África Ocidental seja usada como um depósito de armas, resíduos e medicamentos falsos", pediu o director do departamento das Nações Unidas contra a Droga e o Crime.
 
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 13:38

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São Josemaría vai rezar à gruta de Nossa Senhora de Lourdes. “A Virgem Santa alcançar-te-á a fortaleza que necessitas para seguir com decisão os passos de seu Filho”, foi a sua pregação constante.
 
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1897 )
publicado por spedeus às 00:05

O presidente da Conferência Episcopal Alemã, D. Robert Zollitsch, arcebispo de Friburgo, considera que a encíclica Caritas in Veritate “oferece um contributo decisivo para o debate sobre a globalização e a justiça."
 
Para o arcebispo, o próprio momento da sua publicação – na véspera da cimeira do G8 – sublinha a urgência da sua finalidade. "O Papa não dirige só um apelo aos governantes das nações industrializadas, para que enfrentem com coragem os desafios actuais sem subestimar o aspecto ético; mas encoraja todas as pessoas de boa vontade a considerarem – se actores e não vítimas dos acontecimentos actuais. Todos devem mudar de mentalidade." D. Zollitsch definiu a terceira encíclica de Bento XVI como "uma obra grandiosa" e um "passo significativo" no caminho da doutrina social católica. "A encíclica analisa de modo específico os sinais dos tempos, indicando os critérios que devem ser observados para promover a justiça de modo sustentável no mundo inteiro – disse o prelado.
 
 O arcebispo garantiu que a Igreja divulgará o documento na convicção de que Caritas in Veritate enriquecerá a formação da opinião pública, com as suas reflexões e indicações. Por sua vez, em nota divulgada pelo site da Conferência Episcopal Francesa, o seu presidente, Cardeal André Vingt-Trois, indicou a Caritas in Veritate como "uma formidável mensagem de esperança a todos os católicos e pessoas de boa vontade que queiram reflectir sobre questões da fé crista".
 
O Cardeal-arcebispo de Paris afirma que a humanidade tem a missão e os meios para administrar o mundo em que vivemos, e transformá-lo, fazendo progredir a justiça e o amor, nas relações humanas e nos campos social e económico.
 
Para o purpurado, o documento pontifício tem dois pontos particularmente significativos: a afirmação que nenhum âmbito da actividade humana está isento de responsabilidade moral; e a reflexão sobre a globalização e sua relação com o desenvolvimento.
 
 
(Fonte: site Radio Vaticana)

publicado por spedeus às 00:04

No actual contexto social e cultural, em que aparece generalizada a tendência de relativizar a verdade, viver a caridade na verdade leva a compreender que a adesão aos valores do cristianismo é um elemento útil e mesmo indispensável para a construção duma boa sociedade e dum verdadeiro desenvolvimento humano integral.
 
Caritas in veritate [4] – Bento XVI
publicado por spedeus às 00:03

publicado por spedeus às 00:02

Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
 
«Se essa casa for digna, a vossa paz desça sobre ela»
 
«Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa» (Lc 10, 5) para que o próprio Senhor lá entre e lá resida, como junto a Maria. [...] Esta saudação é o mistério da fé que brilha no mundo; por ela, o ódio é asfixiado, a guerra interrompida e os homens compreendem-se mutuamente. O efeito desta saudação estava escondido por um véu, apesar da prefiguração do mistério da ressurreição [...] que ocorre sempre que a luz aparece e a aurora expulsa a noite. A partir do momento em que Cristo enviou os seus discípulos pela primeira vez, os homens começaram a dar e a receber esta saudação, fonte de cura e de bênção. [...]
 
Esta saudação, com o seu poder escondido [...], é amplamente suficiente para todos os homens. Foi por isso que Nosso Senhor a enviou prenunciadoramente com os Seus discípulos, para que ela realize a paz e para que, levada pela voz dos apóstolos, Seus enviados, ela lhes prepare o caminho. Ela foi semeada em todas as casas [...]; ela entrou em todos os corações que a entenderam, para separar e pôr à parte os seus filhos, que reconhecia. Ela permanecia neles, mas denunciava os que lhe eram estranhos, porque não a acolhiam.
 
Esta saudação de paz não secava, jorrava dos apóstolos para os seus irmãos, desvendando os tesouros inesgotáveis do Senhor [...]. Presente naqueles que a davam e nos que a acolhiam, este anúncio da paz não sofria nem diminuição nem divisão. Sobre o Pai, anunciava que Ele está perto de todos e em todos; sobre a missão do Filho, revelava que Ele está por inteiro junto de todos, mesmo que o Seu fim seja estar junto de Seu Pai. Ela não cessa de proclamar que doravante as figurações são realizadas e que a verdade expulsa enfim as sombras.
 
 
(Fonte: Evangelho Quotidiano)

publicado por spedeus às 00:01

São Mateus 10, 7-15
 
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus Apóstolos:
«Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos,
sarai os leprosos, expulsai os demónios.
Recebestes de graça; dai de graça.
Não adquirais ouro, prata ou cobre,
para guardardes nas vossas bolsas;
nem alforge para o caminho,
nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado;
porque o trabalhador merece o seu sustento.
Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia,
procurai saber de alguém que seja digno
e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar.
Ao entrardes na casa, saudai-a,
e se for digna, desça a vossa paz sobre ela;
mas se não for digna, volte para vós a vossa paz.
Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras,
saí dessa casa ou dessa cidade
e sacudi o pó dos vossos pés.
Em verdade vos digo
que haverá mais tolerância, no dia do Juízo,
para a terra de Sodoma e Gomorra
do que para aquela cidade».
publicado por spedeus às 00:00

08
Jul 09

1. Ecclesiae unitatem tueri, ut sollicite omnibus suppeditentur subsidia ad huic vocationi divinaeque gratiae consentaneis rationibus respondendum, peculiarem in modum Petri Apostoli Successoris est munus, qui perpetuum est et visibile principium fundamentumque unitatis tum Episcoporum tum fidelium [1]. Primum praecipuumque Ecclesiae officium omni tempore, id est homines ad Deum conveniendum perducere, iuvandum est per communem omnium christianorum fidei testificationem.

 
2. Erga hoc mandatum fidem servans, postquam Archiepiscopus Marcellus Lefebvre, die XXX mensis Iunii anno MCMLXXXVIII episcopalem ordinationem illicite quattuor presbyteris impertivit, Veneratus Decessor Noster Ioannes Paulus II, die II mensis Iulii anno MCMLXXXVIII Pontificiam Commissionem Ecclesia Dei instituit, “cuius erit Episcopis cooperari, Dicasteriis Curiae Romanae et circulis quorum interest, ut plenam expediat communionem ecclesialem sacerdotum, seminariorum alumnorum, communitatum aut singulorum religiosorum coniunctorum Fraternitati conditae ab Archiepiscopo Lefebvre, qui cupiant Petri Successori in Ecclesia Catholica cohaerere, suas servantes traditiones spiritales et liturgicas, iuxta Protocollum superiore die 5 mensis Maii obsignatum a Cardinali Ratzinger et ab Archiepiscopo Lefebvre” [2]


3. Hoc quidem proposito idem officium fideliter sustinentes universali Ecclesiae communioni in visibili eius quoque manifestatione inserviendi, atque totis viribus contendentes ut ii omnes qui unitatem vere exoptant in ea permanere eamve  reperire possint, amplificare voluimus et per Motum Proprium Summorum Pontificum aptare, ea quae in universum in Motu Proprio Ecclesia Dei continentur, de ea scilicet facultate Missale Romanum anni MCMLXII per certius distinctiusque dispositas normas adhibendi [3].


4. Eodem sane animo eodemque studio permoti, ut omnis scissura divisioque in Ecclesia superarentur et vulnus sanaretur quod in ecclesiali corpore magis magisque acerbum animadvertitur, excommunicationem quattuor Episcopis ab Archiepiscopo Lefebvre illicite consecratis remittere voluimus. Hac quidem deliberatione impedimentum amovere cupivimus quod detrimentum inferre posset aperiendae dialogo ianuae atque ita Episcopos «Fraternitatemque S. Pii X» invitare, ut ad plenam cum Ecclesia communionem iter denuo invenirent. Quemadmodum in Litteris die X superioris mensis Martii Episcopis catholicis destinatis planum fecimus, excommunicationis remissio deliberatio fuit ad ecclesiasticam disciplinam pertinens, qua conscientiae pondere levarentur, quod gravissima ecclesiastica censura secum fert. Sed doctrinae quaestiones, ut liquet, manent atque, usque dum non enodentur, Fraternitas canonicum in Ecclesia statutum non habet et eius ministri nullum ministerium legitime agere possunt.

 
5. Quandoquidem quaestiones, quae in praesenti cum Fraternitate tractari debent, essentialiter ad doctrinam spectant, decrevimus – XXI a Motu Proprio Ecclesia Dei transactis annis atque iuxta id quod agere constituimus [4] - ut Commissionis Ecclesia Dei structura denuo componatur, dum cum Congregatione pro Doctrina Fidei arte nectitur.
 

6. Itaque Pontificia Commisio Ecclesia Dei ita constituitur:
 
a) Commissionis Praeses Praefectus est Congregationis pro Doctrina Fidei.
 
b) Commissio proprium habet ordinem, Secretarium et Officiales complectentem.
 
c) Praesidis est, Secretario iuvante, praecipuos eventus quaestionesque docrinalis indolis studio discretionique committere postulationum ordinariarum Congregationis pro Doctrina Fidei, itemque superiori Summi Pontificis iudicio conclusiones concredere.
 
 
7. Deliberatione hac paternam sollicitudinem «Fraternitati S. Pii X» peculiarem in modum ostendere voluimus ut denuo ad plenam cum Ecclesia communionem perveniat.
Omnes alacriter invitamus ad Dominum incessanter orandum, per Beatae Mariae Virginis intercessionem, «ut unum sint».
 
 
Datum Romae, apud S. Petrum, die II mensis Iulii, anno MMIX, Pontificatus Nostri quinto.


 
                                        BENEDICTUS PP. XVI

 

[1] Cfr Conc. Oecum. Vat. II, Const. dogm. de Ecclesia, Lumen gentium, 23; Conc. Oecum. Vat. I, Const. dogm. de Ecclesia Christi Pastor aeternus, c. 3: DS 3060.

[2] Ioannes Paulus II, Litt. ap. motu proprio datae Ecclesia Dei (2 Iulii 1988), n. 6:  AAS  80 (1988), 1498.

[3] Cfr Benedictus XVI, Litt. ap. motu proprio datae Summorum Pontificum (7 Iulii 2007): AAS  99 (2007), 777-781.

[4] Cfr  ibid. art. 11, 781.

publicado por spedeus às 21:47

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Para a Caritas Internacional, o destaque que a nova encíclica de Bento XVI coloca na justiça e no bem comum oferece uma nova visão da economia, da política e da sociedade baseada na responsabilidade partilhada do cuidado pela humanidade e pelo ambiente.
 
"A encíclica apresenta passos concretos que os dirigentes políticos deveriam estudar, a fim de nos recolocarmos no caminho de um verdadeiro desenvolvimento. A encíclica lembra-nos que a finança e os negócios podem favorecer toda a humanidade, e não apenas os accionistas. Um regresso a um modelo equitativo baseado na responsabilidade comum é primordial para terminar com a diferença entre aqueles que têm muito e aqueles que nada têm", refere a Secretária-Geral da instituição.
 
O novo documento do Papa retoma a encíclica Populorum Progressio, de Paulo VI, mais de 40 anos após a sua publicação, à luz da globalização e do colapso da economia de mercado desregulamentada que ocorreu em 2008.
 
Lesley-Anne Knight declarou que "a Caritas in veritate realça a maneira como a procura cega de lucros, em detrimento da ética, se tornou ruinosa para as pessoas e para o planeta. A encíclica surge num momento crucial para o desenvolvimento, dado que estão em risco décadas de progresso. O número de pessoas que passam fome aumentou dos cem milhões para mais de um bilhão o ano passado."
 
"A crise expôs falhas do sistema geradas por uma especulação imprudente em proveito de um pequeno número de pessoas e à custa de milhões de famílias pobres. Mas a crise oferece uma oportunidade única de fazer com que a globalização seja proveitosa para a maioria", indicou.
 
"A Caritas apoia os esforços do Papa Bento XVI para melhorar a ajuda. Numa altura em que a cimeira do G8 se realiza em L'Aquila [Itália], os países ricos, como a França e a Itália, estão a reduzir a ajuda aos mais pobres. Apelamos a esses estados que mantenham a promessa de reservar 0,7 porcento do seu Produto Interno Bruto para a ajuda ao exterior e para fazerem com que esse auxílio beneficie mais os desfavorecidos do que o doador", acrescenta.
 
A Secretária-Geral da Cáritas Internacional diz ainda que "o desafio do Papa para a reforma das Nações Unidas e das instituições económicas chega no momento oportuno. As Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial devem poder garantir aos países pobres uma participação mais importante nos processos de decisão."
 
"Bento XVI fala de uma ‘responsabilidade solene' de proteger o ambiente. Esperamos que os líderes mundiais escutem os seus apelos para um consenso internacional e que os poluidores tenham que pagar os custos no âmbito das negociações que decorrerão em Copenhaga, no próximo mês de Dezembro. Como afirma o Papa, se queremos proteger os recursos, os habitantes dos países ricos têm que mudar o seu estilo de vida e os seus consumos irresponsáveis", sublinha.
 
A Cáritas apoia a afirmação de que "a verdadeira caridade se interessa pelas causas da pobreza e pelos meios empregados para a ultrapassar".
 
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 21:27

Este ano vou aproveitar o tempo de férias para ler e reler algumas obras do escritor inglês Gilbert Chesterton.
 
Conhecido sobretudo pela sua famosa série de livros policiais do “Padre Brown” ou por novelas como “O Homem que era quinta-feira”, Chesterton é autor de uma obra muitíssimo vasta, que cada dia se revela mais actual e atrai mais leitores.
 
No mundo anglo-saxónico o interesse pelos seus livros tem conhecido um enorme crescimento nas últimas décadas e, felizmente, em Portugal há também sinais desse fenómeno.
 
No ano passado, foi publicada uma nova tradução de “Ortodoxia”, uma das suas principais obras, em que descreve a sua descoberta do Cristianismo e, muito recentemente, foi publicado “O Homem Eterno”, que é habitualmente considerada a sua obra-prima. São publicações da Editora Aletheia, que não poderia vir em melhor altura.
 
Aqui fica uma sugestão que é também aquela que tomo para mim.
 
 
Henrique Leitão
 
(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 19:12

Intitulada “Oração do Rosário, Caminho para a Paz”, uma exposição de terços será inaugurada, pelas 14:30 de 13 de Julho (segunda-feira), pelo Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, no Santuário de Fátima.

A mostra ficará patente ao público no vestíbulo do Convivium de Santo Agostinho, na Igreja da Santíssima Trindade, (no local onde esteve a exposição sobre Francisco Marto), entre Julho e Outubro de 2009, podendo ser visitada todos os dias da semana, entre as 9:00 e as 19:00. As entradas são gratuitas.

Trata-se de parte da colecção de terços de Teresa Maria dos Santos, que os seus amigos tratam por Teresinha, natural de Trás-os-Montes e residente em Caldas da Rainha. A origem desta colecção relaciona-se com a vida de Teresinha que, desde os 8 anos de idade, vive em delicadas condições de saúde e que revê nos seus terços «as contas dos dias felizes».

A concepção museológica esteve a cargo do responsável pelo Departamento de Arte e Património/Museu do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte e o projecto de arquitectura da arquitecta Joana Delgado, do Serviço de Ambiente e Construções – SEAC – do Santuário de Fátima.

“Entendendo ser o objecto que mais identifica Fátima, podendo considerar-se, sem dúvida, o atributo comum a todos os peregrinos da Cova da Iria, o Santuário acolhe esta exposição que mostra uma enorme variedade de formas, cores, matérias, texturas, dimensões, cronologias e proveniências (Bósnia, Brasil, Canadá, Croácia, Espanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Jordânia, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Dominicana, Suíça, Terra Santa, Turquia, Venezuela). A última peça exposta é um dos terços que o Papa João Paulo II enviou a Teresa Maria dos Santos”, anuncia Marco Daniel Duarte à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima.

A enquadrar a mostra, encontram-se pensamentos do papa João Paulo II e do papa Bento XVI que relacionam a oração do rosário com a Paz, fazendo eco da Mensagem de Fátima.


(Fonte: Boletim Informativo 99/2009, de 07 de Julho de 2009 – Santuário de Fátima)
publicado por spedeus às 19:02

Vídeo em espanhol
 
Bento XVI recebeu esta Quarta-feira em audiência as esposas de vários chefes de Estado e de Governo presentes na Itália para a cimeira do G8 (os sete países mais industrializados e a Rússia), que conta também, desta feita, com representantes de outras nações. Entre elas incluía-se Margarida Sousa Uva, esposa do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
 
A audiência ocorreu numa sala da grande Aula das Audiências do Vaticano. Após a mesma, as primeiras-damas visitaram a Basílica de São Pedro e os Jardins do Vaticano.
 
Presentes estiveram, para além de Margarida Uva, as esposas dos líderes da África do Sul, México, Índia, Suécia, Reino Unido e as ministras italianas da educação e da igualdade de oportunidades, bem como uma responsável nigeriana do Fundo internacional para o desenvolvimento agrícola.
 
Na próxima Sexta-feira á tarde, Bento XVI, receberá o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que visitará o Vaticano acompanhado da sua esposa, Michelle.
 
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 18:29

Vídeo em espanhol

 

Bento XVI aborda temas da sua nova encíclica para «repensar o desenvolvimento de forma global»
 
Bento XVI pediu hoje "decisões úteis" aos participantes da cimeira do G8, que decorre na cidade italiana de L'Aquila de 8 a 10 de Julho.
 
Falando aos peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, do Vaticano, o Papa manifestou a sua esperança de que deste encontro venham a sair "decisões e orientações úteis para o verdadeiro progresso de todos os povos, em especial os mais pobres".
 
O Papa considerou a reunião do G8 como uma "importante cimeira mundial" e convidou os católicos a "rezar" pelos dirigentes reunidos em L'Aquila.
 
A audiência geral desta semana foi dedicada por Bento XVI à sua nova encíclica, "Caritas in veritate", defendendo que "é preciso repensar o desenvolvimento de forma global".
 
Em especial, o Papa disse que a "economia tem necessidade de ética para um funcionamento correcto" e regressou à ideia de uma "Autoridade política mundial, regulada pelo direito, que se funde nos princípios de subsidiariedade e solidariedade, sendo firmemente orientada para a realização do bem comum, no respeito pelas grandes tradições morais e religiosas da humanidade".
 
A síntese de Bento XVI passou ainda pela necessidade de recuperar "a lógica do dom" e o princípio da gratuidade na economia de mercado, "onde a regra não pode ser apenas o lucro".
 
Neste sentido, apelou a "economistas e políticos, produtores e consumidores" para um compromisso comum na elaboração de projectos políticos e económicos.
 
O Papa sublinhou a importância de um "novo estilo de vida por parte de toda a humanidade, em que os deveres de cada um em relação ao ambiente se liguem aos relativos à pessoa considerada em si mesma e em relação aos outros".
 
"Inscrevendo-se na linha da «Populorum progressio» de Paulo VI, a encíclica oferece orientações para enfrentar as crises que conhecemos", explicou Bento XVI.
 
Falando em francês, o Papa disse que "a globalização poder ser uma oportunidade para corrigir as disfunções da economia e certos desequilíbrios sociais", mas isso "só poderá acontecer realizando uma profunda renovação cultural e um discernimento responsável das escolhas, em vista do bem comum".
 
Apesar de admitir que o documento "não propõe soluções", Bento XVI destacou que é preciso "respeitar certos princípios essenciais para construir um verdadeiro desenvolvimento humano", a começar pela luta contra a fome.
 
Respeito pela vida humana e pela liberdade religiosa foram outros princípios abordados, nas saudações feitas em diversas línguas.
 
Aos peregrinos portugueses e brasileiros, o Papa pediu que vivam "a caridade na verdade, contribuindo assim para uma real promoção do bem comum. Jesus é o Homem novo que abre as portas para a verdadeira renovação da humanidade".
 
 
(Fonte: site Agência Ecclesia)
publicado por spedeus às 13:18

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Antes de partir do Chile reza a Nossa Senhora no seu Santuário de Lo Vásquez: “Direi à Mãe de Deus: Minha Mãe, amo-te tanto como estes que aqui estão. Faz com que eu tenha a fé que estes têm”.
 
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1896 )
publicado por spedeus às 00:06

Sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, que se pode encher arbitrariamente. É o risco fatal do amor numa cultura sem verdade; acaba prisioneiro das emoções e opiniões contingentes dos indivíduos, uma palavra abusada e adulterada chegando a significar o oposto do que é realmente.
 
Caritas in veritate [3] – Bento XVI
publicado por spedeus às 00:05

A encíclica Caridade na Verdade é mais um passo na concretização da Doutrina Social da Igreja para o século XXI.
 
A encíclica Caridade na verdade é mais um passo na concretização da Doutrina Social da Igreja para o século XXI. A terrível crise financeira e económica que o mundo atravessa dá redobrada importância a essa doutrina, tantas vezes ignorada, até pelos católicos.
 
Não são soluções económicas que a Igreja oferece, mas orientações éticas.
 
Ora já se percebeu que na raiz desta crise global estão graves falhas éticas, que vão desde a irresponsabilidade na gestão de dinheiros alheios até verdadeiros crimes.
 
Em 1985 disse Ratzinger que o declínio da ética poderia levar a um colapso das leis do mercado. Foi o que aconteceu. E na semana passada afirmou Bento XVI que a crise “mostra de modo evidente que devemos repensar certos modelos económicos e financeiros que foram dominantes nos últimos anos”.
 
Ou seja, o desafio actual não diz respeito apenas aos políticos e aos agentes económicos. Ele interpela também os intelectuais e académicos católicos, em particular os da área económica e financeira, para que não se acomodem às tendências científicas prevalecentes e procurem encontrar modelos mais humanos.
 
 
Francisco Sarsfield Cabral

 
(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 00:03

publicado por spedeus às 00:02

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
 
«E Judas Iscariotes , que O traiu»
 
«Cristo chamou os Seus discípulos e escolheu doze», para os enviar por todo o mundo, como semeadores da fé, a propagar a salvação dos homens. Reparai bem neste plano divino: não foram sábios, nem homens ricos, nem nobres, mas pecadores e publicanos os que Ele escolheu enviar, não fossem dar a impressão de que tinham sido movidos pelas suas capacidades, escolhidos pelas suas riquezas, chamados devido ao seu prestígio, ao seu poder ou à sua notoriedade. Procedeu assim para que a vitória tivesse origem no fundamento da verdade, e não no prestígio do discurso.
 
Também Judas foi escolhido, não por insensatez, mas com conhecimento de causa. Que grandeza a desta verdade, que nem um servo inimigo é capaz de enfraquecer! E que grandeza de carácter a do Senhor, que prefere comprometer, a nossos olhos, a Sua capacidade de ajuizar, a pôr em causa a Sua capacidade de amar! Ele tomou sobre Si a fraqueza humana, e nem deste aspecto da mesma fraqueza se esqueceu! Quis o abandono, quis a traição, quis ser entregue pelo Seu apóstolo, para que também tu, abandonado por um companheiro, atraiçoado por um companheiro, aceites tranquilamente esse erro de avaliação, essa delapidação da tua bondade.
 
 
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
publicado por spedeus às 00:01

São Mateus 10, 1-7
 
Naquele tempo,
Jesus chamou a Si os seus Doze discípulos
e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros
e de curar todas as doenças e enfermidades.
São estes os nomes dos doze apóstolos:
primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão;
Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano;
Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
Simão, o Cananeu,
e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou.
Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções:
«Não sigais o caminho dos gentios,
nem entreis em cidade de samaritanos.
Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».
publicado por spedeus às 00:00

07
Jul 09

Vídeo em espanhol

 

Caridade e verdade estão na origem da Doutrina Social da Igreja. Foi o que disse o Cardeal Renato Raffaele Martino, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, apresentando na Sala de Imprensa da Santa Sé a encíclica de Bento XVI. No título da Caritas in Veritate aparecem os dois termos fundamentais do Magistério de Bento XVI. Esses dois termos marcaram todo o seu Magistério nesses anos de pontificado e representam a própria essência da Revelação cristã. Esses, em sua conexão, são o motivo fundamental da dimensão histórica e pública do cristianismo.
 
D. Giampaolo Crepaldi, secretário do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, notou que uma novidade da encíclica está em relacionar de maneira orgânica os dois direitos fundamentais à vida e à liberdade religiosa com o tema do desenvolvimento. Não será mais possível, por exemplo, elaborar programas de desenvolvimento somente de tipo económico-produtivo que não levem sistematicamente em consideração também a dignidade da mulher, a procriação, a família e os direitos do concebido. O Cardeal Cordes, Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, por sua vez notou que a esperança ajuda-nos a não fechar o progresso na construção de um reino aqui na terra, mas nos abre ao dom: em Deus encontra coroamento o desejo de bem do homem. Lido atentamente, o texto de Bento XVI é uma luz para a sociedade e para nós cristãos.
 
 
(Fonte: H2O News)

publicado por spedeus às 23:32

Vídeo em espanhol
 
A economia necessita da ética, como demonstram o impor-se de uma finança ética e de sistemas de microcrédito e microfinança. Nos projectos pelo desenvolvimento, deve-se colocar em primeiro lugar a centralidade da pessoa humana, enquanto os organismos internacionais devem interrogar-se sobre a eficácia de seus próprios aparatos de cooperação em relação aos fins que perseguem. É uma das passagens centrais da nova encíclica de Bento XVI, Caritas in Veritate, publicada hoje e assinada pelo Papa nos dias passados. As modalidades com as quais o homem trata o meio ambiente espelham o modo como trata a si mesmo: o livro da natureza é um, seja em relação ao meio ambiente, seja em relação ao homem. É preciso respeitar o direito à vida e à morte natural, não sacrificar embriões, não perder o conceito de ecologia humana e, com ele, o de ecologia ambiental. O desenvolvimento dos povos – afirma o texto – não depende de soluções técnicas, mas da presença de homens retos e que vivem fortemente em suas consciências o apelo pelo bem comum. Assim, também a paz e o encontro entre os povos se nutrem do empenho de muitas pessoas que as promovem. Não é possível um desenvolvimento planetário e o impor-se da ideia de bem comum universal sem considerar o bem espiritual e moral das pessoas. A encíclica é composta por seis capítulos e mais uma introdução e uma conclusão, e tem início com uma explicação e aprofundamento dos temas contidos na Populorum Progressio de Paulo VI, definida a Rerum Novarum da época contemporânea.
 
 
(Fonte: H2O News)
publicado por spedeus às 23:25

A verdade há-de ser procurada, encontrada e expressa na «economia» da caridade, mas esta por sua vez há-de ser compreendida, avaliada e praticada sob a luz da verdade. Deste modo teremos não apenas prestado um serviço à caridade, iluminada pela verdade, mas também contribuído para acreditar a verdade, mostrando o seu poder de autenticação e persuasão na vida social concreta. Facto este que se deve ter bem em conta hoje, num contexto social e cultural que relativiza a verdade, aparecendo muitas vezes negligente senão mesmo refractário à mesma.
 
 
Caritas in veritate [2] – Bento XVI
publicado por spedeus às 22:43

D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa e Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, salienta que esta Encíclica de Bento XVI apela a uma nova planificação global do desenvolvimento.
 
“Bento XVI oferece-nos um tratado sobre o desenvolvimento da pessoa e da humanidade, e na visão cristã. Sentimo-nos como que diante de uma grande e bela tapeçaria tecida pela caridade na verdade, e passando por todos os temas actuais da sociedade em vias de globalização. Em todo o longo texto cruzam-se sempre a verdade e o amor como forças principais na análise na crítica e na orientação das propostas de um autêntico desenvolvimento orientado pela justiça e pelo bem comum.”
 
O Bispo Auxiliar de Lisboa recorda que este texto se tornava necessário também por causa das grandes mudanças que se fizeram sentir desde a publicação da Populorum Progressio, há 40 anos, pelo Papa Paulo VI.
 
“O actual quadro de desenvolvimento é diferente do Popolorum Progressio. Bento XVI apelida esse quadro de policêntrico. Importa examinar com objectividade a espessura humana dos problemas actuais. Por exemplo, cresce a riqueza, aumentam as desigualdades. Aparecem novas pobrezas, vê-se um super desenvolvimento dissipador e consumista, ao lado da miséria desumanizadora. Isto são termos da encíclica.
 
A corrupção e a ilegalidade ganham terreno nos sujeitos económicos e políticos dos países ricos e pobres, e na linha de João Paulo II, apela a uma nova planificação global do desenvolvimento. Hoje os próprios estados enfrentam novas limitações impostas à sua soberania pelo contexto económico, comercial e financeiro internacional, e isto é novo em relação ao contexto anterior.” 
  
Embora a encíclica esteja a ser vista por alguns como uma resposta da Igreja à crise, isso não é um retrato fiel da realidade, até porque este texto vem a ser preparado há muito tempo, desde antes da crise financeira, “mas com certeza que depois tomou em conta a crise, que evidencia as anomalias que já existiam, porque o problema é do modelo de desenvolvimento. Exige-se um esforço de enquadramento para uma nova síntese humanista. O mundo tem necessidade de uma renovação cultural profunda e da descoberta de valores fundamentais para construir um futuro melhor. A crise vem sublinhar ainda mais a verdade que está patente na Doutrina Social da Igreja há muito tempo.”
 
Evidentemente, Caritas in Veritate não trata apenas de questões financeiras. Numa era em que estas são inseparáveis de questões políticas e sociais, há também várias ilações a tirar pelos Estados e os Governos.

“Esta encíclica abarca tantas dimensões que obrigam a uma avaliação do papel do Estado e do poder, a crise do sistema de segurança e previdência, as dificuldades das organizações sindicais que são tratadas aqui e forma muito interessante, as redes tradicionais de solidariedade que são um bocado postas em questão, a mobilidade laboral associada à desregulamentação generalizada, as tentativas de homogeneização cultural, sem grande discernimento, a insegurança diante de novas pobreza e da fome, uma reforma agrária equitativa, o direito à liberdade religiosa com referências ao terrorismo fundamentalista, à promoção da indiferença religiosa e ao ateísmo prático, ecologia, o respeito pela vida numa perspectiva nova, tudo faz abrir a níveis de saber humano novos que exigem uma sapiência para uma visão completa do ser humano, essa é a grande tese desta encíclica, é preciso novas soluções onde se possa perseguir como prioritário o acesso ao trabalho. O aumento da pobreza mina a coesão social, por isso os estados têm de reflectir e avaliar estas situações.”
 
Por fim, D. Carlos Azevedo sublinha duas frases cruciais do próprio texto:

“A sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos mas não nos faz irmãos”, e “O primeiro capital a preservar e valorizar é o ser humano, a pessoa na sua integridade.”
 
 
(Fonte: site RR)
publicado por spedeus às 15:39

Caritas in veritate é um documento social, a primeira encíclica sobre a situação do mundo na época da globalização. Mas é também um documento profundamente teológico. Os últimos decénios tornaram-se testemunhas da ruptura de continuidade da mensagem cultural. A linguagem cristã para muitos deixou de ser um portador evidente de conteúdos que trata seriamente. Pelo contrario esta encíclica contém uma síntese dos pensamentos do Papa e das experiencias da Igreja, uma síntese que é verdadeiramente universal e reflecte sobre situações muito diferentes, crescidas em contextos muitas vezes contrastantes dos respectivos países, continentes, nações; reflecte sobre as condições dos mecanismos económicos e da força, mas também das dificuldades e fraquezas, das organizações internacionais no período da globalização.
 
A nova encíclica é um elemento, uma força, não só para superar a crise, mas para seguir em frente no caminho do desenvolvimento para o bem de cada um e de todos. Mas é também um desafio.
 
Assinada a 29 de Junho de 2009 a encíclica tem como titulo “O amor na verdade” e já na introdução o Papa afirma que “a caridade na verdade”, da qual Jesus Cristo que fez testemunha com a sua vida terra e sobretudo com a sua morte e ressurreição, “é a principal força propulsiva para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira” Ela dá verdadeira substancia á relação pessoal com Deus e com o próximo; é o principio não só das micro - relações: relações amistosas, familiares, de pequeno grupo, mas também das macro - relações: relações sociais, económicas, politicas.
 
A carta do Santo Padre aos participantes do G8 está fundada no facto de que a encíclica contém uma análise coerente dos mecanismos sócio–económicos , culturais e políticos do mundo da época da globalização e procura inspirar as mudanças muito profundas a nível internacional, encoraja a reflectir sobre a urgente necessidade de uma nova autoridade politica mundial e de uma profunda e eficaz reforma da ONU. Exorta a reflectir também sobre o repensamento do papel dos mass media na época da globalização e sobre as novas possibilidades tecnológicas.
 
É claro que os grande grupos de interesse desejariam conservar o seu status quo para continuar a armazenar grandes lucros á custa da maioria da população mundial. Por isso não lhes será fácil aceitar este documento que exige a coragem de empreender acções concretas sobre os problemas novos sublinhados por Bento XVI.
 
Na encíclica , encontra-se uma ampla lista. Só um exemplo: João Paulo II na Centesimus annus, sublinhou a necessidade de um sistema com três sujeitos, isto é, o mercado, o Estado e a sociedade civil.
 
“Ma época da globalização, deve - se modificar a maneira de assegurar uma forma concreta e profunda de democracia económica. A solidariedade - sentir-se todos responsáveis de todos – não pode ser delegada apenas ao Estado.
 
O problema crucial será a capacidade de compreender de maneira responsável a voz do Papa e da Igreja sobre o papel da dignidade da pessoa humana. De cada um e de todos. E de afirmar que a questão social se tornou radical mente questão antropológica, no sentido que ela implica a própria maneira não só de conceber, mas também de manipular a vida, cada vez mais colocada pelas biotecnologias nas mãos do homem. As biotecnologias, mas também o mercado, também o lugar e as regras das grandes empresas internacionais; o significado da cultura das populações e das nações.
 
Muito depende da frescura intelectual necessária para avaliar os comportamentos culturais, o papel do estado na época da globalização, da educação, do fenómeno das migrações, sobre a transformação do trabalho e do desemprego e as consequências que produz nas pessoas dos trabalhadores, das famílias, da vida da sociedade civil como tal. O testo fala muito da nova situação do mundo sindical, da arquitectura económica e financeira internacional. Mas o fundamento de qualquer avaliação é a abertura ao Absoluto. Como salienta Bento XVI na conclusão da sua encíclica, “só um humanismo aberto ao Absoluto pode guiar-nos na promoção e realização de formas de vida social e civil — no âmbito das estruturas, das instituições, da cultura, do ethos — preservando-nos do risco de cairmos prisioneiros das modas do momento. É a consciência do Amor indestrutível de Deus que nos sustenta no fadigoso e exaltante compromisso a favor da justiça, do desenvolvimento dos povos, por entre êxitos e fracassos, na busca incessante de ordenamentos rectos para as realidades humanas. O amor de Deus chama-nos a sair daquilo que é limitado e não definitivo, dá-nos coragem de agir continuando a procurar o bem de todos, ainda que não se realize imediatamente e aquilo que conseguimos actuar — nós e as autoridades políticas e os operadores económicos — seja sempre menos de quanto anelamos. Deus dá-nos a força de lutar e sofrer por amor do bem comum, porque Ele é o nosso Tudo, a nossa esperança maior“.
 
 
Radio Vaticano
publicado por spedeus às 14:50

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leia a Encíclica em português AQUI

publicado por spedeus às 12:06

D. António Vitalino sublinha importância da nova encíclica do Papa para uma solidariedade global
 
D. António Vitalino, Bispo de Beja, considera que a nova encíclica de Bento XVI, "Caritas in veritate", vai ajudar a perceber que "um mundo de economia global é preciso fomentar também uma solidariedade global".
 
Na sua nota semanal para a "Rádio Pax", o prelado confessa que tenta "adivinhar o conteúdo" do documento, que é apresentado no dia 7 de Julho.
 
Para o Bispo de Beja, a actual crise mostrou que "não podemos prescindir de entidades reguladoras da economia, pois o capital não se regula a si próprio, só pelas leis do mercado".
 
"Por isso aguardamos com ansiedade esta nova carta encíclica, que actualiza a doutrina social da Igreja, procurando dar respostas de inspiração evangélica aos problemas de hoje, cuja solução não será com certeza apenas de índole financeira e económica", indica.
 
D. António Vitalino recorda a encíclica "Populorum Progressio" de Paulo VI, na qual este Papa "apelava para um desenvolvimento integral da pessoa humana, ao mesmo tempo solidário com toda a humanidade, apontando muitas deficiências quer ao liberalismo do mercado capitalista quer aos regimes totalitários, todos eles fomentadores de uma crescente desigualdade entre ricos e pobres e de blocos antagónicos, perturbadores da paz entre os povos".
 
"Se este apelo tivesse sido ouvido, a crise actual não teria acontecido, ou pelo menos não teria atingido a anarquia provocada pela ambição sem regras e pela corrupção sem limites, que abalou os países ricos e deixou os pobres ainda mais indefesos", defende.
 
O Bispo de Beja considera que "a doutrina social da Igreja, sempre actualizada através dos tempos, no confronto com os novos problemas e também com as potencialidades do desenvolvimento, é portadora de princípios e orientações éticas, que, tidos em conta, poderão ajudar o nosso mundo a enveredar por um desenvolvimento integral, solidário e sustentável e assim ajudar a encontrar coesão e equilíbrio entre as pessoas e povos, ajudando a construir uma humanidade justa, pacífica e fraterna".
 
Nacional | Agência Ecclesia | 2009-07-06 | 12:12:49 | 2457 Caracteres | Diocese de Beja
 
 
(Fonte: site Agência Ecclesia)

publicado por spedeus às 00:07

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Álvaro del Portillo, estudante de engenharia, pede a admissão no Opus Dei. Quando em 1975, vier a falecer Mons. Escrivá de Balaguer, será o seu primeiro sucessor à frente do Opus Dei. Numa carta de 18 de Maio de 1940, quando Álvaro tinha 26 anos, o fundador escreve-lhe: “Saxum!: que claro vejo o caminho – longo – que tens de percorrer! Claro e cheio como um campo coalhado de espigas. Bendita fecundidade de apóstolo, mais bela que todas as belezas da terra!”.
 
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1895 )
publicado por spedeus às 00:05

Vídeo em espanhol
 
Recebendo nesta segunda-feira no Vaticano o Enviado Extraordinário e Plenipotenciário do Haiti junto da Santa Sé, para a apresentação das Cartas Credenciais, Bento XVI fez apelo à comunidade internacional para que realize “gestos concretos de apoio às pessoas que estão em necessidade” naquele país das Caraíbas, neste “período particularmente delicado da vida nacional”. O Papa referia-se nomeadamente às catástrofes naturais que tantos prejuízos têm causado, como as destruições provocadas na agricultura pelos repetidos furacões, agravando a vida já difícil de muitas famílias. A vulnerabilidade deste país às intempéries, por vezes violentas, que o afectam regularmente, levou Bento XVI a sublinhar a “necessidade de que se tome consciência da necessidade de cuidar da natureza”:

“A protecção do ambiente é um desafio para todos, porque se trata de defender e valorizar um bem colectivo, destinado a todos, responsabilidade que deve incitar as gerações presentes a terem a preocupação das gerações futuras. A exploração inconsiderada dos recursos da criação e as suas consequências, que na maior parte dos casos afectam gravemente a vida dos mais pobres, só poderão ser enfrentadas eficazmente com opções políticas e económicas conformes à dignidade humana e com uma efectiva cooperação internacional”.

Numa situação tão difícil, muitos haitianos viram-se constrangidos a imigrar, para conseguir fora os recursos necessários para manterem a família. Bento XVI considerou “desejável que, não obstante situações administrativas problemáticas, se encontrem soluções rápidas para permitir o reagrupamento destas famílias”.

“É indispensável fornecer um verdadeiro apoio às famílias que se encontram em necessidade, assegurando uma protecção eficaz às mulheres e às crianças que são por vezes vítimas de violências, de abandono ou de injustiça”.

“Outra prioridade para o futuro da Nação é a educação dos jovens” – prosseguiu ainda o Papa. Trata-se de uma “tarefa urgente e importante para desenvolver a qualidade da vida humana, a nível individual e social”. “Na raiz da pobreza encontram-se muitas vezes diversas formas de privação cultural”.


(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 00:03

publicado por spedeus às 00:02

Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, Doutora da Igreja
 
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a Sua messe»
 
Um dia em que eu meditava no que poderia fazer para salvar almas, recebi viva iluminação de uma passagem do Evangelho. Jesus tinha dito aos Seus discípulos, apontando as searas maduras: «Erguei os olhos e vede: os campos estão brancos para a ceifa» (Jo 4, 35); e, mais adiante: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe». Que grande mistério! Pois Jesus não é omnipotente? E as criaturas não pertencem Àquele que as fez? Nesse caso, por que diz Ele: «Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe»? Por quê?
 
Ah! É que Jesus tem por nós um amor de tal maneira incompreensível, que pretende que participemos com Ele na salvação das almas. Nada quer fazer sem nós. O Criador do universo espera pela oração de uma pobre alma, de uma alma insignificante, para salvar as outras almas, como ela resgatadas pelo preço de todo o Seu sangue. A nossa vocação específica não é ir trabalhar na colheita dos campos de espigas maduras. Jesus não nos diz: «Erguei os olhos, olhai os campos e ide para a ceifa». A nossa missão (enquanto carmelitas) é ainda mais sublime. A nós, Jesus diz-nos: «Erguei os olhos e vede, vede os lugares vazios que há no Meu céu e que vos compete preencher; vós sois os Meus Moisés que rezam no alto da montanha (Ex 17, 8ss.). Pedi-Me trabalhadores e Eu os enviarei; espero apenas uma oração, um suspiro do vosso coração!»
 
 
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
publicado por spedeus às 00:01

São Mateus 9, 32-38
 
Naquele tempo,
apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio.
Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou.
A multidão ficou admirada e dizia:
«Nunca se viu coisa semelhante em Israel».
Mas os fariseus diziam:
«É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios».
Jesus percorria todas as cidades e aldeias,
ensinando nas sinagogas,
pregando o Evangelho do reino
e curando todas as doenças e enfermidades.
Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão,
porque andavam fatigadas e abatidas,
como ovelhas sem pastor.
Jesus disse então aos seus discípulos:
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Pedi ao Senhor da seara
que mande trabalhadores para a sua seara».
publicado por spedeus às 00:00

06
Jul 09

 

“Não tenhais medo” foi o nome dado pelo escultor toscano Stefa­no Pierotti à grande escultura do saudoso Papa João Paulo II

 

publicado por spedeus às 20:04

Um contributo ético da Igreja á humanidade

Substancialmente è desde há pelo menos três meses que a imprensa internacional segue coo um interesse particular, muitas vezes com não poucas elucubrações mediáticas a aproximação do momento da publicação da terceira encíclica de Bento XVI Caritas in veritate. Agora que estamos na véspera da publicação vamos recordar aqui algumas das vezes que o próprio Papa a ela se referiu. A 29 de Junho passado, festa de São Pedro e São Paulo, depois da recitação do Angelus Bento XVI confiou este seu documento à oração dos fiéis definindo - o um ulterior contributo que a Igreja oferece à humanidade no seu empenho a favor de um progresso sustentado, no pleno respeito da dignidade humana e das exigências reais de todos.

Além disso o Papa explicando o conteúdo principal da sua encíclica observou que nela retoma as temáticas sociais contidas na Populorum progressio, escrita pelo Servo de Deus Paulo VI em 1967, e deseja aprofundar alguns aspectos do desenvolvimento integral na nossa época, á luz da caridade na verdade.

A ética não está fora da economia

A 17 de Março no encontro com os jornalistas no avião que o levava aos Camarões e mais tarde a Angola, á pergunta do colega dos Estados Unidos John Thavis, o Santo Padre precisava o seu pensamento sobre o documento que estava a elaborar.

“Todos sabemos que um elemento fundamental da crise é precisamente um deficit de ética nas estruturas económicas ; percebeu-se que a ética não é algo que está fora da economia, mas sim dentro, e que a economia não funciona se não traz em si o elemento ético.

Portanto, falando de Deus e falando dos grandes valores espirituais que constituem a vida cristã, procurarei dar um contributo próprio também para superar esta crise, para renovar o sistema económico a partir de dentro, onde s encontra o ponto da verdadeira crise.

Bento XVI na sua resposta recorda que a Igreja não tem para oferecer nem programas políticos nem económicos, coisas que estão fora da sua missão e nas quais não possui competências, mas sim um programa religioso, de fé, de moral, e salienta, “mas precisamente este é também um contributo essencial para o problema da crise económica que vivemos neste momento.

As crises oferecem pontos de reflexão

São reflexões e tomadas de posição suficientes para evitar qualquer óptica redutora ou desviante que possa levar a juízos insustentáveis, porque fora do objectivo e da natureza do documento pontifício. O Santo Padre, sempre na resposta ao jornalista americano quis ser ainda mais pontual e portanto acrescentou:” E naturalmente farei apelo à solidariedade internacional: a Igreja é católica, isto é universal, aberta a todas as culturas, a todos os continentes; está presente em todos os sistemas políticos e assim a solidariedade é um princípio interno, fundamental para o catolicismo.

Naturalmente desejaria dirigir um apelo antes de mais à solidariedade católica, estendendo-a também à solidariedade de todos aqueles que vêm a sua responsabilidade na sociedade humana de hoje. Obviamente falarei disto também na Encíclica: este è um dos motivos do seu atraso. Estávamos já quase para o publicar quando se desencadeou esta crise e retomámos o testo para responder mais adequadamente, no âmbito das nossas competências, no âmbito da Doutrina social da Igreja, mas com referencia aos elementos reais da crise actual. Assim espero que a Encíclica possa ser também um elemento, uma força para superar a difícil situação presente”.

A este ponto é claro o que devemos esperar desta terceira encíclica de Bento XVI: uma ampla e aprofundada reflexão do magistério pontifício em continuidade com os ensinamentos dos seus predecessores, inteiramente centrada no contributo que a Doutrina social da Igreja oferece á grande questão do desenvolvimento humano, integral e sustentável partindo do seu elemento inovador de muitas situações negativas que se vieram a criar com a deflagração de varias crises: financeira, climática, alimentar.

O Papel profético da Igreja è um dever

A 22 de Fevereiro passado, durante o terceiro encontro com o clero de Roma, à pergunta do Padre Giampiero Ialongo que dizia ao Santo Padre: Deveríamos ter a coragem de denunciar um sistema económico e financeiro injusto nas suas raízes, o Papa respondeu “Agora esta questão que toca o nervo dos problemas do nosso tempo. Eu distinguiria entre dois níveis. O primeiro é o nível da macroeconomia, que depois de realiza e vai até ao último cidadão, o qual sente as consequências de uma construção errada. Naturalmente, denunciar isto é um dever da Igreja. Como sabeis, há muito tempo que preparamos uma Encíclica sobre estes pontos. E no longo caminho vejo como é difícil falar com competência, porque se não for enfrentada com competência uma determinada realidade económica não pode ser credível. E, por outro lado, é preciso falar também com uma grande consciência ética, digamos criada e despertada por uma consciência formada pelo Evangelho. Portanto é preciso denunciar estes erros fundamentais que agora são evidenciados pela queda dos grandes bancos americanos, os erros na base. No final, é a avareza humana como pecado ou, como diz a Carta aos Colossenses, avareza como idolatria. Devemos denunciar esta idolatria que vai contra o verdadeiro Deus e a falsificação da imagem de Deus com outro deus "dinheiro". Devemos fazê-lo com coragem mas também concretamente. Pois os grandes moralismos não ajudam se não forem substanciados com conhecimentos da realidade, que ajudam também a compreender o que se pode fazer concretamente para mudar pouco a pouco a situação. E, naturalmente, para o poder fazer são necessários o conhecimento desta verdade e a boa vontade de todos.

Para além das denuncias é necessário mostrar os caminhos de saída

Depois Bento XVI acrescentou na sua resposta: “

Por isso é necessária, diria, a denúncia razoável e raciocinada dos erros, não com grandes moralismos, mas com razões concretas que se tornem compreensíveis no mundo da economia de hoje. A denúncia disto é importante, é um mandato para a Igreja desde sempre. Sabemos que na nova situação que se veio a criar com o mundo industrial, a doutrina social da Igreja, começando por Leão XIII, procura fazer estas denúncias e não as denúncias, que não são suficientes mas também mostrar os caminhos difíceis nos quais, passo a passo, se exige o consentimento da razão e da vontade, juntamente com a correcção da minha consciência, à vontade de renunciar num certo sentido a mim mesmo para poder colaborar no que é a verdadeira finalidade da vida humana, da humanidade.

Sem homens justos não existe nem justiça nem estruturas justas

Sobre o segundo nível do problema o Papa explica:

O outro é o sermos realistas. E ver que estas grandes finalidades da macrociência não se realizam na microciência a macroeconomia na microeconómica sem a conversão dos corações. Se não existem os justos, também não existe a justiça. Devemos aceitar isto. Portanto a educação para a justiça é uma finalidade prioritária, poderíamos dizer que é a prioridade. Porque São Paulo diz que a justificação é o efeito da obra de Cristo, não é um conceito abstracto, relativo a pecados que hoje não nos interessam, mas refere-se precisamente à justiça integral. Só Deus no-la pode dar, mas no-la concede com a nossa cooperação a diversos níveis, a todos os níveis possíveis. Não se pode criar no mundo a justiça apenas com modelos económicos bons, que são necessários. A justiça só se realiza se existem os justos. E os justos não existem se não há o trabalho humilde, quotidiano, de converter os corações. E de criar justiça nos corações. Só assim se expande também a justiça correctiva. Por isso o trabalho do pároco é muito fundamental não só para a paróquia, mas para a humanidade. Porque se não houver justos, como disse, a justiça permanece abstracta. E as estruturas boas não se realizam se se opõe o egoísmo também de pessoas competentes.


(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 14:42

Segundo o “Daily Telegraph” (vide em http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/religion/5744559/Change-and-repent-bishop-tells-gays.html ) a Rainha que é simultaneamente a autoridade máxima da Igreja Anglicana em Inglaterra, manifestou o seu apoio a um grupo que apela aos homossexuais para assumirem o seu arrependimento e alterarem o seu comportamento através do Bispo de Rochester,  Dr. Michael Nazir-Ali.
publicado por spedeus às 11:06

O escritor e ensaísta Paolo Gulisano publica detalhes da sua vida
 
Apesar da sua fama, muitos aspectos da personalidade de Oscar Wilde (1854-1900) são pouco conhecidos dos seus seguidores.
 
Este escritor irlandês, autor de célebres obras como “O retrato de Dorian Gray” e de contos como “O rouxinol e a rosa” e “O gigante egoísta”, foi ao mesmo tempo um buscador inesgotável do Belo, do Bom, mas também daquele Deus a quem nunca se opôs e a quem abraçou plenamente após a dramática experiência da prisão.
 
O genial dramaturgo, ícone do mundo gay, morreu em Paris em comunhão com a Igreja Católica, assim como havia escrito vários anos antes de sua partida: “O catolicismo é a religião na qual morrerei”.
 
Paolo Gulisano, escritor e ensaísta, especialista no mundo britânico e autor de diversos livros sobre Tolkien, Lewis, Chesterton e Belloc, publicou recentemente em italiano Il Ritratto di Oscar Wilde (“O retrato de Oscar Wilde”) pela editora Ancora.
 
Trata-se de uma radiografia do escritor que representa toda a sua complexa personalidade, descreve alguns dos cenários nos quais recitou no grande teatro da vida, das suas paixões, dos seus interesses, do seu imaginário, da sua atenção aos problemas sociais e do seu sentimento religioso.
 
Gulisano, em diálogo com Zenit, assegurou que Wilde “representa um mistério que não foi ainda descoberto, um homem e um artista de personalidade poliédrica, complexa, rica”.
 
“Não somente um inconformista que queria surpreender a sociedade conservadora da Inglaterra vitoriana, mas também um lúcido analista da Modernidade, com os seus aspectos positivos e sobretudo inquietantes”, diz o escritor.
 
Por exemplo, a sua novela “O retrato de Dorian Gray” narra como o homem moderno procura desesperadamente uma eterna juventude, com um profundo medo da morte, a qual se propõe vencer ou pelo menos enganar.
 
O autor permite ver em Wilde uma alma que vai além dos salões de Londres, “um homem que, atrás da máscara da anormalidade, perguntava-se e convidava a fazer-se a pergunta sobre o que era correcto ou errado, verdadeiro ou falso”.
 
O autor destaca também outros valores de Wilde: “Amou profundamente a sua esposa, com quem teve dois filhos, a quem sempre amou ternamente e a quem, desde crianças, dedicou algumas das mais belas fábulas que já existiram, como “O gigante egoísta” e “O príncipe feliz”.
 
Gulisano se refere também ao processo judicial no qual foi acusado devido a seus actos homossexuais. Wilde foi condenado a realizar trabalhos forçados durante dois anos. “O processo foi uma confusão à qual chegou por ter demandado por difamação o marquês de Queensberry, pai do seu amigo Bosie – com quem teve uma íntima amizade – que o acusou de agir como sodomita.”
 
“À frente do processo de Wilde esteve o advogado Carson, que odiava os irlandeses e os católicos e a sua condenação não foi o resultado somente da homofobia vitoriana”, esclareceu Gulisano.
 
A conversão de Wilde
 
O autor indica que a busca espiritual de Wilde “pode também ser vista como um longo e difícil itinerário de conversão ao catolicismo”.
 
Gulisano assegura que o escritor pensou e inclusive adiou por muito tempo sua adesão à fé católica. Também fez alusão a um dos seus paradoxos. “Wilde afirmou um dia a quem lhe perguntava se não se estaria a aproximar perigosamente da Igreja Católica: ‘Eu não sou um católico, eu sou simplesmente um papista apaixonado.”
 
“Por trás da batuta, está a complexidade da vida, que pode ser vista como uma longa e difícil marcha de aproximação do Mistério, de Deus”, indica o escritor.
 
Inclusive amigos próximos de Wilde também acabaram por se converter. “Amigos como Robbie Ross, Aubrey Beardsley e inclusive John Gray, que o inspirou para a figura de Dorian Gray”, esclarece.
 
Gray entrou no seminário em Roma, foi ordenado sacerdote e exerceu o seu ministério na Escócia, contando com a estima de grande parte dos seus paroquianos.
 
“Também o filho menor de Wilde se tornou católico”, recorda o escritor.
 
Gulisano conclui seu diálogo dizendo que, apesar da cultura secularizada e anticatólica da Inglaterra, em autores como Newman, Chesterton, Tolkien e no próprio Wilde, pode encontrar-se “uma vacina útil contra os males espirituais da nossa época”.
 
 
(Fonte: Zenit em http://www.zenit.org/article-22059?l=portuguese )
 
Agradecimento: CAA
publicado por spedeus às 08:51

No Chile, uma jornalista faz-lhe uma pergunta sobre a intimidade com o Espírito Santo, a quem São Josemaría chama com frequência o Grande Desconhecido: “Na tua profissão, o Grande Desconhecido actua como em todas as profissões. Tu sentes, como eu sinto, a vacilação, a dúvida: posso ir para a direita, para a esquerda; posso falar disto ou calar-me. Eu noto-o perfeitamente, neste preciso momento. E tu também, quando escreves ou quando fazes uma reportagem, não é verdade? Pois, deixa-te conduzir pelo Espírito Santo. Decide-te pelo mais árduo, sempre que seja bom e nobre. E então seguirás o impulso do Espírito Santo, e Ele te ajudará, e serás uma boa jornalista, e farás muito bem às pessoas”. 
 
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1894 )
publicado por spedeus às 00:05

publicado por spedeus às 00:02

Santo Atanásio (295-373), Bispo de Alexandria, Doutor da Igreja
 
«Jesus entrou, tomou a mão da menina e ela ergueu-se»
 
 O Verbo, a Palavra de Deus, incorpórea, incorruptível e imaterial, veio habitar no meio de nós, ainda que antes não tivesse estado ausente. Com efeito, não deixara parte alguma da criação privada da Sua presença, pois Ele estava em todas as coisas e em toda a parte, Ele que mora junto do Pai. Mas tornou-Se presente humilhando-Se por causa do Seu amor por nós, e a nós Se manifestou [...]. Teve piedade da nossa espécie, teve compaixão da nossa fragilidade, condescendeu para com a nossa perecível condição. Não aceitou que a morte nos dominasse; não quis ver perecer o que tinha iniciado, nem que se malograsse a obra de Seu Pai ao criar o homem. Tomou portanto um corpo, e um corpo que não era diferente do nosso. Porque Ele não queria somente habitar um corpo nem somente manifestar-Se. Se tivesse apenas querido manifestar-Se, teria podido realizar essa teofania com outro e maior poder. Mas não: foi de facto um corpo igual ao nosso que Ele tomou [...].
 
O Verbo tomou um corpo capaz de morrer para que esse corpo, ao participar do Verbo que está acima de tudo [...], se tornasse imperecível pelo poder do Verbo que nEle existe, e para libertar da degradação definitiva todos os homens, pela graça da ressurreição. O Verbo ofereceu pois à morte o corpo que tinha tomado, como sacrifício e vítima isenta de toda a mácula; e logo aniquilou a morte, dela libertando todos os homens Seus semelhantes, pela oferenda desse corpo que se lhes assemelha.
 
O Verbo de Deus, a todos superior, que oferecia o Seu próprio templo, o Seu corpo, em expiação de todos, pagou a nossa dívida com a Sua morte, cumprindo a justiça de Seu Pai. Unido a todos os homens por um corpo semelhante, o Filho incorruptível de Deus a todos reveste de incorruptibilidade, com a promessa da ressurreição. A própria corrupção, implicada na morte, já não tem poder algum sobre os homens, por causa do Verbo que entre eles habita num único e mesmo corpo.
 
 
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
publicado por spedeus às 00:01

São Mateus 9, 18-26
 
Naquele tempo,
estava Jesus a falar aos seus discípulos,
quando um chefe se aproximou
e se prostrou diante d’Ele, dizendo:
«A minha filha acaba de falecer.
Mas vem impor a mão sobre ela e viverá».
Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos.
Entretanto, uma mulher
que sofria um fluxo de sangue havia doze anos,
aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto,
pensando consigo:
«Se eu ao menos Lhe tocar no manto,
ficarei curada».
Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe:
«Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou».
E a partir daquele momento a mulher ficou curada.
Ao chegar a casa do chefe
e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço,
Jesus disse-lhes:
«Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir».
Riram-se d’Ele.
Mas quando mandou sair a multidão,
Jesus entrou, tomou a menina pela mão
e ela levantou-se.
E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.
publicado por spedeus às 00:00

05
Jul 09

 

Vídeo em espanhol
 
Em vésperas da Cimeira do G8 que reunirá nos próximos dias em Itália os líderes dos países mais industrializados, em vésperas da apresentação da sua Encíclica social, não foi directamente aos temas de justiça e de economia que Bento XVI dedicou a alocução dominical do Angelus, ao meio-dia, na Praça de São Pedro. Na realidade, o Papa lançou a todos o desafio de compreender de uma vez para sempre que somos todos irmãos. Isso porque – denunciou – “hoje como ontem, continua a correr o sangue humano, por causa da violência, da injustiça, do ódio”. E convidou a dirigir o olhar para as chagas de Cristo crucificado, cordeiro imolado, que respondeu ao mal com o bem. “O sangue de Cristo – sublinhou Bento XVI – é o penhor do amor fiel de Deus pela humanidade”.
 
Depois do Angelus, o Papa recordou as vítimas da tremenda explosão, há dias, na estação ferroviária de Viareggio, em Itália, assim como o atentado que teve lugar neste domingo de manhã, nas Filipinas, diante de uma catedral católica, durante a celebração da Missa. Mais uma vez condenado o recurso à violência, que nunca constitui uma via digna para a solução dos problemas.
 
O ponto de partida da reflexão papal foi a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, que outrora se celebrava neste primeiro domingo de Julho. O tema do sangue, ligado ao do Cordeiro pascal, é de primeira importância na Sagrada Escritura – recordou o Papa. É às palavras de Moisés depois do sacrifício que sela a Aliança entre Deus e o povo “Este é o sangue da aliança que o Senhor concluiu convosco” que Jesus se refere expressamente quando, na Última Ceia, oferecendo aos discípulos o cálice diz: “Este é o meu sangue da aliança, derramado por muitos, para o perdão dos pecados”. 
 
“A partir da flagelação, até ao lado trespassado depois da morte de cruz, Cristo derramou efectivamente todo o seu sangue, como verdadeiro Cordeiro imolado para a redenção universal. O valor salvífico do seu sangue é expressamente afirmado em muitas passagens do Novo Testamento”.
 
 Evocando a conhecida passagem da Carta aos Hebreus, que exalta “a purificação, da nossa consciência, das obras da morte” graças ao sangue de Cristo (“que, movido pelo Espírito Santo, se ofereceu a si mesmo, sem mancha, a Deus”), Bento XVI recordou também o que está escrito no Livro do Génesis, sobre o sangue de Abel, “que grita a Deus, da terra”
 
“Infelizmente, hoje como ontem, não cessa este grito, porque continua a escorrer sangue humano em razão da violência, da injustiça e do ódio. Quando é que os homens aprenderão que a vida é sagrada e que só a Deus pertence? Quando compreenderão que somos todos irmãos?”
 
“Ao grito pelo sangue derramado, que se eleva de tantas partes da terra, Deus responde com o sangue do seu Filho, que deu a vida por nós”.
 
“Cristo não respondeu ao mal com o mal, mas com o bem, com o seu amor infinito. O sangue de Cristo é o penhor do amor fiel de Deus pela humanidade. Contemplando as chagas do Crucificado, cada homem, mesmo em condições de extrema miséria moral, pode dizer ‘Deus não me abandonou, ama-me, deu a sua vida por mim’ e reencontrar assim a esperança”.
 
Foi depois da recitação do Angelus que Bento XVI evocou o desastre de Viareggio, exprimindo o seu pesar por todas as vítimas, pelos sofrimentos e mesmo pelas graves perdas materiais.
 
“Ao mesmo tempo que elevo a Deus a minha intensa oração por todas as pessoas envolvidas na tragédia, faço votos de que semelhantes acidentes não se voltem a repetir e se assegure a todos a segurança no trabalho e no decorrer da vida quotidiano”.
 
 Finalmente, uma referência ao atentado que teve lugar neste domingo de manhã, na cidade de Cotabato, nas Filipinas, onde explodiu uma bomba diante da Catedral, durante a celebração da Missa, causando alguns mortes e numerosos feridos, entre os quais mulheres e crianças.
 
“Rezando a Deus pelas vítimas deste gesto ignóbil, elevo a minha voz para condenar uma vez mais o recurso à violência, que nunca constitui uma via digna para a solução dos problemas existentes”.
 
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 14:35

O que é próprio e específico dos sacerdotes é servir os fiéis com o seu ministério, possibilitando e facilitando-lhes o exercício do sacerdócio comum recebido no Baptismo. Daí a necessidade de que nós, os ministros de Cristo, correspondamos com todas as nossas forças ao dom tão grande que recebemos. Neste contexto se enquadra o Ano sacerdotal que agora começou.

Para que o chamamento à santidade e ao apostolado se introduza profundamente na vida dos fiéis leigos e não se fique em meras palavras, a tarefa do sacerdote é indispensável. Só ele é o mestre que proclama com autoridade sagrada a Palavra de Deus. Só o sacerdote pode administrar o perdão divino no sacramento da Penitência e dirigir as almas como bom pastor pelos caminhos da vida eterna. Só o sacerdote recebeu o poder de consagrar o Corpo e o Sangue de Cristo na Santa Missa, fazendo as vezes d’Ele, de modo que todos possam entrar em contacto pessoal e directo com o Mistério pascal e receber a Sagrada Comunhão, indispensável para alimentar o caminhar sobrenatural das almas.
 
São razões que nos devem levar a rezar pelo fiel ministério dos presbíteros. Dizem que os sacerdotes têm o povo que merecem e que os fiéis também têm os sacerdotes que merecem. Logo, temos de elevar a nossa oração diária, em autêntica Comunhão dos santos, pelos sacerdotes e pelo povo. Temos de rogar ao Senhor, com a nossa luta diária pela santidade pessoal, pedindo o que costumam repetir na América latina: Senhor, dá-nos sacerdotes santos. Esta oração será sempre necessária e actual, com a ideia clara de que todos beneficiaremos ao implorar do Céu a santidade do clero. Esta responsabilidade diária afecta-nos a todos e a todas. Rezamos assim diariamente? Convidamos outros para que se unam também à nossa súplica?
 
Com que carinho enfrentava S. Josemaria este dever! As suas palavras eram convincentes e repletas de urgência, para animar os que o escutavam, sempre impelido pela fé na Comunhão dos santos. Não conheço sacerdotes maus, dizia. Sei que há alguns débeis, frouxos, talvez cobardes. Mas maus não![9].E noutra altura: por acaso não será porque não os ajudais suficientemente? Rezais pelos sacerdotes? Sabeis fazer o que fizeram os bons filhos de Noé? (…) Tende um pouco de compaixão, de caridade. Não murmureis. Perdoai, desculpai, rezai[10].
 
 
Excerto carta de Julho 2009 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría
 
 
 
[9]. S. Josemaria, Notas de uma tertúlia, 19-XI-1972.
 
[10]. S. Josemaria, Notas de uma tertúlia, 29-X-1972.
 
 
 
 
 
 

 

publicado por spedeus às 00:54

“No Opus Dei há gente de todas as classes sociais: há ricos e há pobres (…) E é muito bom que assim seja. Pois aqui cabem os ricos e os pobres, os sãos e os doentes… E se uma pessoa me diz: eu que estou doente posso ser do Opus Dei? Se tens vocação, sim”, explica numa reunião em Santiago do Chile para responder a uma pergunta.
 
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1893

publicado por spedeus às 00:05

publicado por spedeus às 00:04

As catequeses de Bento XVI sobre São Paulo foram recolhidas num livro com imagens do Apóstolo de vários museus do mundo.

A apresentação do livro foi feita na terça-feira, 30 de Junho em Roma num evento organizado pela Associação Santo Anselmo. O livro foi apresentado pelo Cardeal Giovanni Lajolo, no Auditório Sala São Pio X, recentemente restaurado. O director da Livraria Editora Vaticana, Padre Giuseppe Costa, informou que são já 20 as editoras internacionais que solicitaram este livro de Bento XVI.

Na sua intervenção, o Cardeal Lajolo referiu-se ao estilo do Papa nessas catequeses.

O cardeal Lajolo destacou também a importância da cristologia paulina nas catequeses do Papa e definiu o livro como um “todo orgânico” que corresponde a um “plano estudado com atenção” por parte do Pontífice. Por sua vez, o cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo, que escreveu o prefácio do livro, destacou que o Papa insistiu em divulgar a pessoa de São Paulo numa linguagem compreensível e acessível.

O livro tem uma rica apresentação de imagens realizada pelo director dos Museos Vaticanos, o Professor Antonio Paolucci e pelo historiador de arte Sandro Chierici, de Ultreya.

“Foram publicados em italiano 30.000 volumes, porém o livro foi ainda cedido a 20 editores internacionais”.

“Enquanto a linguagem de São Paulo é a de um rio impetuoso, a linguagem do Papa é simples, fluida, limpa, clara, para que se possa penetrar facilmente na riqueza abundante do pensamento de Paulo”.

"Não perdeu a ocasião para recordar, interpretar e apresentar de uma maneira fácil o difícil que é São Paulo”



(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

publicado por spedeus às 00:02

publicado por spedeus às 00:00

04
Jul 09

Vídeo em espanhol

Com a celebração das I Vésperas deste Domingo, Bento XVI reabriu ao culto, neste Sábado à tarde, após sete anos de apurado restauro, a “Capela Paulina”, situada “no coração do Palácio Apostólico”. Uma capela desejada pelo Papa Paulo III, em meados do século XVI, “como lugar de oração, reservado ao Papa e à Família pontifícia”. As pinturas e decorações desta Capela ajudam a rezar, particularmente os dois grandes frescos de Michelangelo, as duas últimas obras da sua longa existência: um representando a conversão de Paulo e o outro a crucifixão de Paulo.
 
Na sua homilia, Bento XVI deteve-se na contemplação meditada destas duas representações, fazendo notar que o que mais salta à vista é o rosto dos dois Apóstolos.
 
Surpreendentemente, Paulo é representado como um homem de idade, não obstante o artista soubesse bem que a conversão no caminho de Damasco ocorreu quando Saulo era um adulto ainda jovem. Vale a pena aprofundar o sentido desta representação.
 
“O rosto de Saulo/Paulo - que é afinal o do próprio artista, já velho, inquieto, que procura a luz da verdade – representa o ser humano carecido de uma luz superior. É a luz da graça divina, indispensável para adquirir uma nova vista, de modo a advertir a realidade orientada para a esperança que vos espera nos céus…”
 
Iluminado do Alto, à luz do Ressuscitado, não obstante toda a sua dramaticidade, o rosto de Paulo inspira paz, infunde segurança, introduzindo-nos assim num nível mais profundo:
 
“Aqui, portanto, no rosto de Paulo, podemos já encontrar o coração da mensagem espiritual desta Capela: o prodígio da graça de Cristo, que transforma e renova o homem mediante a luz da sua verdade e do seu amor. Nisto consiste a novidade da conversão, da chamada à fé, que encontra a sua realização no mistério da Cruz”.
 
Passando depois ao fresco que representa o martírio de Pedro, Bento XVI sublinhou o facto de que, no momento de ser crucificado Pedro volta-se para fixar o olhar naqueles que contemplam a cena. Como se nos quisesse interrogar. Não é uma imagem de sofrimento, pois a figura de Pedro comunica um surpreendente vigor físico. O seu rosto… parece exprimir “o estado de espírito do homem perante a morte e o mal: há como que um desassossego, um olhar vivo, intenso, como que a procurar algo ou alguém, na hora final”. Pedro experimenta toda a amargura da Cruz, no seguimento de Cristo. O discípulo não é mais do que o Mestre.
 
“Quem vem meditar nesta Capela – afirmou o Papa – não pode deixar de contemplar a radicalidade da questão que a Cruz nos coloca: o drama do mistério pascal: a Cruz de Cristo, Chefe e Cabeça da Igreja, e a cruz de Pedro, seu Vigário na terra”.
 
Bento XVI observou ainda que há como que uma troca de olhares entre os dois frescos: embora sem respeitar a cronologia dos factos, Miguel Ângelo apresenta Pedro a contemplar, na hora da sua morte, a iluminação de Paulo no momento da conversão:
 
“É como se Pedro, na hora da suprema provação, procurasse aquela luz que deu a Paulo a verdadeira fé. E assim, neste sentido, os dois ícones podem-se tornar em dois actos de um único drama: o drama do Mistério pascal: Cruz e Ressurreição, morte e vida, pecado e graça”.
 
Nesta Capela, que continuará a ser reservada ao Papa e seus directos colaboradores da Cúria, emerge – das imagens de que está repleta – aquele desígnio de salvação levado a cumprimento por Cristo, como refere a Carta aos Filipenses.
 
“Para quem vem rezar nesta Capela, e antes de mais para o Papa, Pedro e Paulo tornam-se mestres na fé. Com o seu testemunho convidam a ir em profundidade, a meditar em silêncio o mistério da Cruz, que acompanha a Igreja até ao fim dos tempos, e a acolher a luz da fé, graças à qual a Comunidade apostólica pode estender até aos confins da terra a acção missionária e evangelizadora que lhe confiou Cristo ressuscitado”.
 
A concluir, o Papa referiu ainda o mistério da Eucaristia, “o sacramento em que se concentra toda a obra da Redenção: em Jesus Eucaristia (disse) podemos contemplar a transformação da morte em vida, da violência em amor”:
 
“Aqui, tudo – poderíamos dizer – conflui num mesmo único hino à vitória da vida e da graça sobre a morte e sobre o pecado, numa sinfonia – altamente sugestiva - de louvor e de amor a Cristo redentor”.
 
 
(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 23:20

«Dá "toda" a glória a Deus. - "Espreme" com a tua vontade, ajudado pela graça, cada uma das tuas acções, para que nelas não fique nada que cheire a humana soberba, a complacência do teu "eu".» São Josemaría Escrivá – Caminho, 784 O ‘Spe Deus’ tem evidentemente um autor que normalmente assina JPR e que caso se justifique poderá assinar com o seu nome próprio, mas como o verdadeiramente importante é Deus na sua forma Trinitária, a Virgem Santíssima, a Igreja Católica e os seus ensinamentos, optou-se pela discrição.
NUNC COEPI - Blogue sugerido para questões de formação, doutrina, reflexões e comportamento humano
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