«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9) (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9)

30
Jun 10
A Santa Sé está a enfrentar várias situações difíceis em vários países e em várias frentes. As notícias que têm vindo a público são, em muitos casos, imprecisos e, num caso ou noutro, completamente falsas.

Uma dessas situações foi o que se passou na Bélgica, na semana passada. A Bélgica é um país que está a atravessar uma gravíssima crise institucional e política, marcada por fortes divergências entre francófonos e flamengos.

Do ponto de vista religioso, a Bélgica é o país mais marcadamente anti-católico da Europa. Em Abril de 2009, o Parlamento Belga foi o único, em toda a Europa, a emitir uma nota de protesto contra as declarações que o Papa tinha feito na sua viagem a África, sobre os meios anti-conceptivos (declarações do Papa que correspondem, em parte, às recomendações da OMS em termos de conselhos para evitar a propagação da Sida).

Há vários meses, a Conferência Episcopal Belga instituiu uma Comissão independente, encarregada de recolher todas as informações sobre abusos sexuais cometidos por membros do clero belga. Esta Comissão tinha como missão acolher denúncias, investigar casos suspeitos e colaborar com as autoridades judiciais do país na condenação dos culpados e na protecção das vítimas. Entre esta Comissão havia um mútuo acordo de respeito e de colaboração.

No passado dia 24 de Junho, as autoridades judiciais belgas decidiram revistar quatro locais: a sede da Conferência Episcopal Belga, a sede da Diocese de Malines-Bruxelas (sede primacial da Bélgica), a residência do Card. Godfried Danneels e a sede da Comissão independente que investiga os abusos sexuais de menores, em Lovaina. Além disso, abriram um buraco no túmulo onde está sepultado o Cardeal Jozef-Ernest Van Roey e no túmulo do Card. Leon-Joseph Suenens, que foram arcebispos de Malines-Bruxelas.

Quando os investigadores judiciais chegaram à sede da Conferência Episcopal Belga, os Bispos estavam na sua reunião plenária, ou seja, a maioria dos Bispos (se não todos, mas não há dados que permita confirmar) estavam reunidos. Quando os investigadores chegaram, foram-lhes retirados os telemóveis, ficaram impedidos de sair do edifício durante mais de 9 horas e foram entrevistados individualmente pelas autoridades.

Em Lovaina, funcionava a Comissão independente encarregue de investigar os abusos sexuais cometidos contra menores por parte de membros do clero. Os escritórios da Comissão foram esvaziados de toda a documentação que a Comissão já tinha recolhido (475 dossiers de documentação). O Juiz instrutor da magistratura belga encarregue de investigar os casos de pedofilia achou que a Comissão era pouco independente e, portanto, decidiu romper o acordo que existia entre a Comissão e a Magistratura para que a Comissão tivesse tempo de investigar as denúncias que lhe chegavam. Desta maneira, o trabalho da Comissão foi interrompido ainda na fase de investigação, tendo deixado de haver motivo para que existisse. Por isso, o Presidente desta Comissão independente demitiu-se do seu cargo.

Ao mesmo tempo, outros investigadores chegaram à sede do episcopado de Malines-Bruxelas. Levaram todos os dossiers, computadores e documentação que quiseram e encontraram, sem se preocuparem de averiguar se a documentação era relevante ou não para a investigação da pedofilia. Por esse motivo, o normal funcionamento da Diocese ficou comprometido durante algum tempo.

Contemporaneamente, foi revistada a residência do Cardeal Godfried Daniels, Arcebispo Emérito de Malines-Bruxelas. Foram-lhe confiscados todos os dossiers que tinha em casa.

Por fim, foi feito um pequeno buraco nos túmulos de dois Cardeais: Jozef-Ernest Van Roey e Leon-Joseph Suenens. Neste caso, foi inserida uma câmara nos túmulos à procura de documentação que pudesse estar ali escondida. Os investigadores nada encontraram.

No mesmo dia, os Bispos belgas emitiram um comunicado sobre o que se tinha passado. Durante o tempo em que estiveram impedidos de comunicar com o exterior e de sair do local onde estavam foram tratados com respeito, apesar das limitações impostas pelas autoridades judiciais.

No dia 26 de Junho, o Card. Tarcisio Bertone declarou a sua admiração pelo sucedido e condenou a actuação das autoridades judiciais.
A mensagem do Papa

No dia 27 de Junho, o Papa enviou uma carta ao Arcebispo de Malines-Bruxelas. Nessa carta, o Santo Padre condena "o modo como foi levada a cabo a investigação". No documento, Bento XVI afirma ainda: "faço votos que a justiça continue o seu rumo, garantindo os direitos fundamentais das pessoas e das instituições".

Os jornais do passado dia 28 de Junho, na sua quase totalidade, afirmavam, a grandes títulos, que o Papa condenou as investigações das autoridades judiciais belgas. Pelo contrário, o Papa renovou o desejo que as autoridades judiciais prossigam as suas investigações. Limitou-se foi a condenar o modo como tudo decorreu.

Os Bispos, na Bélgica, estiveram entre os primeiros a criar uma Comissão independente para serem investigados os abusos no clero. Deram, também, orientações claras sobre a formação e, na reunião plenária de Bispos do passado dia 24 de Junho, iam ser tomadas mais medidas para prevenir futuros abusos e para pôr em marcha um plano de ajuda às vítimas. Além disso, criaram um fundo de apoio a essas mesmas vítimas.

Há motivos objectivos para tanta dureza de tratamento no modo como foram feitas as diligências judiciais no passado dia 24 de Junho?

Publicada por JP em 6/30/2010 em 'Ubi caritas' AQUI
publicado por spedeus às 22:35

publicado por spedeus às 22:22

publicado por spedeus às 19:11

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Depois de décadas de desincentivo à natalidade que levaram gradualmente os portugueses a reduzir, mais e mais, o número de filhos exibindo hoje uma das taxas de natalidade mais baixas da Europa o resultado está à vista: há já pelo menos 23 concelhos em que a proporção entre idosos e jovens é superior a três para um.

A percentagem de idosos não pára de crescer e já ronda os 18 por cento enquanto os jovens, na última década, viram o seu peso reduzir-se quase um ponto percentual pouco superando agora os 15 por cento. Há já 118 portugueses com mais de 65 anos por cada 100 jovens com menos de quinze. Má notícia para a sustentabilidade da segurança social.

Mas há mais. Um estudo de Maria Filomena Mendes, para o Diário de Notícias, mostra que em locais como Vila Velha de Ródão, Alcoutim, Oleiros ou Penamacor há cinco vezes mais idosos do que jovens.

A toda a faixa fronteiriça constituída pelos concelhos Almeida, Sabugal, Penamacor ou Idanha- a-Nova parece restar uma única alternativa : incapazes de estancar a saída dos da terra resta-lhes atrair novos imigrantes de forma a inverter uma espiral de envelhecimento populacional imparável.

Mas não bastam incentivos pontuais. Sem empresas geradoras de emprego, mão-de-obra qualificada e uma rede de serviços mínimos de saúde e educação ninguém trocará a pobreza urbana do litoral pela miséria rural do interior.

Distraídos a debater a conjuntura os portugueses assistem, imperturbáveis, ao anúncio do encerramento de mais escolas sem se darem conta que de mansinho o país está a fechar…

(Fonte: site Rádio Renascença)
publicado por spedeus às 18:03

Vídeo com aloução do Santo Padre em espanhol
Perante cerca de 10 mil pessoas congregadas na Praça de S. Pedro Bento XVI dedicou a catequese da audiência geral desta quarta feira á figura de São José Cafasso, um padre de Turim do qual se celebraram há pouco os 150 anos da morte. O Papa recordou o seu zelo pastoral, a sapiência teológico - pastoral, e o apostolado exercido em particular entre os presos que depois lhe valeu o titulo de patrono das prisões italianas. Como já fizera Pio XII, Bento XVI apresentou-o como modelo para os padres que se dedicam ao sacramento da confissão e à direcção espiritual.

Estas as palavras do Papa em português:

Queridos irmãos e irmãs,

Na semana passada, fez cento e cinquenta anos que morreu São José Cafasso, que resplandece na Igreja pelos seus dotes de director espiritual e o seu grande espírito de caridade. Este levou-o a privilegiar os últimos, os encarcerados: durante mais de vinte anos, foi o pastor compreensivo e compassivo dos reclusos de Turim. Por isso depois foi proclamado pelo Papa Pio XII patrono dos estabelecimentos prisionais. São José Cafasso não foi pároco como o Santo Cura d’Ars, mas formador de párocos e sacerdotes diocesanos; mais ainda, formador de sacerdotes santos, entre os quais se conta São João Bosco. O seu segredo era simples: ser um homem de Deus, procurando, nas acções humildes de cada dia, fazer tudo aquilo que pode servir para a maior glória de Deus e o bem das almas.

Amados peregrinos de língua portuguesa, em particular quantos vieram de Angola e do Brasil para acompanhar os seus Arcebispos que ontem receberam o pálio, símbolo de uma especial união com Cristo Bom Pastor e com o seu Vigário e Sucessor de Pedro no governo do povo de Deus: saúdo os fiéis de Lubango com D. Gabriel Mbilingi, de Belém do Pará com D. Alberto Corrêa, e de Olinda e Recife com D. António Saburido. À Virgem Maria confio as vossas vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o precioso dom do amor e da unidade sobre a rocha de Pedro, ao dar-vos a Bênção Apostólica.

(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 16:42

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Depois de quatro décadas ao serviço do ensino, na área da engenharia, José Lopes de Carvalho optou por mudar de vida. Em vez de gozar a sua aposentação (como considerou o Bispo de Coimbra na sua homilia), optou por dedicar o resto da sua vida ao próximo e a Deus.

O Padre José Lopes de Carvalho numa entrevista ao “Correio de Coimbra”, fala de “chamamento” que encara com alguma “tranquilidade” aos 70 anos.

Natural de Manteigas, o Padre José Lopes de Carvalho não tinha grande ligação à Igreja até aos 18 anos. “Até dizia mal dos padres”, ironiza. Tudo começou a mudar quando entrou para a Juventude Operária Católica e percebeu que, afinal, na Igreja havia muita coisa que o fascinava. Mas, daí até deixar a vida que tinha escolhido foi uma grande distância.

Licenciado em Engenharia, foi professor do ensino secundário e do ensino superior, passando os últimos anos no Instituto Politécnico de Portalegre para onde foi para programar e implementar os cursos de engenharia. “Aposentei-me para ir para o seminário”, refere, acrescentando que, nessa altura se encontrava no topo da carreira.

O Padre José Lopes de Carvalho começou por frequentar o Seminário Redemptoris Mater de Caracas, através do Caminho Neocatecumenal, mas a sua ordenação foi recusada devido à idade. Foi o Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, amigo e conterrâneo do então engenheiro, que lhe abriu as portas, o que permitiu o acesso ao Seminário de Coimbra e agora à sua ordenação.

(Fonte: site Agência Ecclesia)
publicado por spedeus às 13:21

Comemoração dos primeiros mártires romanos. “Para seguir os passos de Cristo, o apóstolo de hoje não vem reformar nada, e menos ainda desentender-se da realidade histórica que o rodeia… Basta-lhe actuar como os primeiros cristãos, vivificando o ambiente”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
publicado por spedeus às 08:04

D. Robin Weatherill, sacerdote do Opus Dei, explica como é possível mesmo num comboio ir ao encontro das necessidades espirituais das pessoas.

O sacerdote de origem inglesa fala sobre o sua visão de uma viagem de comboio. Conta-nos como as pessoas procuram frequentemente estabelecer um diálogo e como algumas chegaram mesmo a pedir para se confessarem durante a viagem. Explica-nos que depois da Igreja qualquer lugar pode servir para se encontrar Deus, mesmo numa carruagem de comboio.

(Fonte: site do Opus Deis – Itália AQUI com tradução da resposabilidade de JPR)
Nota de JPR: D. Robin conta-nos ainda um episódio ocorrido em Milão quando o comboio se encontrava bloqueado devido à neve e que com quatro ou cinco passageiros fez um curto retiro espiritual.
 
«Muitos vivem como anjos no meio do mundo. - Tu... por que não?»
(São Josemaría Escrivá – Caminho, 122)

Reconhecendo que no mundo de hoje as pessoas têm o Facebook ou o e-mail, mas que ainda assim buscam o contacto cara a cara que é insubstituível.

«Mas... e os meios? - São os mesmos de Pedro e de Paulo, de Domingos e Francisco, de Inácio e Xavier: o Crucifixo e o Evangelho...

- Porventura te parecem pequenos?»

(São Josemaría Escrivá – Caminho, 470)

publicado por spedeus às 00:06

publicado por spedeus às 00:05

Sacrário do Altar o ninho dos teus mais ternos e disponíveis amores.

Amor me pedes, meu Deus, e amor me dás; o Teu amor é amor do céu, e o meu, amor mistura de terra e céu; o teu é infinito e puríssimo; o meu, imperfeito e limitado. Seja eu, meu Jesus, desde hoje, tudo para Ti, como Tu és tudo para mim. Que Te ame sempre, como Te amaram os Apóstolos; e os meus lábios beijem os Teus benditos pés, como os beijou a Madalena convertida. Vê e escuta os extravios do meu coração arrependido, como escutaste Zaqueu e a Samaritana. Deixa-me reclinar a minha cabeça no Teu peito sagrado como o Teu discípulo amado São João. Desejo viver contigo, porque és vida e amor.

Só pelos Teus amores, Jesus, meu bem-amado, pus em Ti a minha vida, a minha glória e futuro. E já que para o mundo sou uma flor murcha, não tenho outro anseio que, amando-te, morrer.

Oração de Santa Teresa de Lisieux

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Conta-se que, a caminho de Lourdes, uma mãe dizia ao filho portador de doença grave: - Tudo o que pedires a Nossa Senhora, Jesus concede-o.

Ao cair da tarde, durante a bênção dos doentes, quando passou na sua frente o sacerdote com o Santíssimo Sacramento na Custódia, o pequeno disse: - Se não me curas vou fazer queixa à Tua Mãe.

Tendo ficado impressionado com o que o pequeno dissera, o sacerdote, depois de terminada a bênção a todos os doentes, voltou de novo para o abençoar mais uma vez.

O rapazinho repetiu: - Se não me curas vou queixar-me à Tua Mãe.

Naquele instante ficou curado.

(Pde. José Manuel Amorim, Homília na missa de Nossa Senhora da Lapa, 2005.01.05)

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Que sentido teria falar da dignidade do homem, do seus direitos fundamentais, se não se protege um inocente o se chega inclusive a facilitar os meios ou serviços, privados ou públicos, para destruir vidas humanas indefesas?

(JOÃO PAULO II, Homília da missa para as famílias cristãs em Madrid, 1982.11.02) (citado por AMA)


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publicado por spedeus às 00:02

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Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo (Gaudium et spes), §§ 9-10 - Copyright © Libreria Editrice Vaticana

«Rogaram-Lhe que Se retirasse daquela região»

O mundo actual apresenta-se, assim, simultaneamente poderoso e débil, capaz do melhor e do pior, tendo patente diante de si o caminho da liberdade ou da servidão, do progresso ou da regressão, da fraternidade ou do ódio. E o homem torna-se consciente de que a ele compete dirigir as forças que suscitou, e que tanto o podem esmagar como servir. Por isso se interroga a si mesmo.

Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo actual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem muitos elementos se combatem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é, multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz muitas vezes aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer (Rom 7, 15). Sofre assim em si mesmo a divisão, da qual tantas e tão grandes discórdias se originam para a sociedade. [...]

Perante a evolução actual do mundo, cada dia são mais numerosos os que põem ou sentem com nova acuidade as questões fundamentais: Que é o homem? Qual o sentido da dor, do mal, e da morte, que, apesar do enorme progresso alcançado, continuam a existir? Para que servem essas vitórias, ganhas a tão grande preço? Que pode o homem dar à sociedade, e que coisas pode dela receber? Que há para além desta vida terrena?

A Igreja, por sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens, pelo Seu Espírito, a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação; nem foi dado aos homens sob o céu outro nome, no qual devam ser salvos (Act 4, 12). Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre. E afirma, além disso, que, subjacentes a todas as transformações, há muitas coisas que não mudam, cujo último fundamento é Cristo, o mesmo ontem, hoje, e para sempre (Heb 13, 8).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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São Mateus 8,28-34

28 Quando Jesus chegou à outra margem do lago, à região dos gadarenos, vieram-Lhe ao encontro dois endemoninhados, que saíam dos sepulcros. Eram tão ferozes que ninguém ousava passar por aquele caminho.29 E puseram-se a gritar, dizendo: «Que tens Tu connosco, Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?».30 Estava não longe deles uma vara de muitos porcos, que pastavam.31 Os demónios suplicaram a Jesus: «Se nos expulsas daqui, manda-nos para aquela vara de porcos».32 Ele disse-lhes: «Ide». Eles, saindo, entraram nos porcos, e imediatamente toda a vara se precipitou, com ímpeto, de um despenhadeiro, no mar e morreram nas águas.33 Os pastores fugiram, e indo à cidade, contaram tudo o que se tinha passado com os possessos do demónio.34 Então toda a cidade saiu ao encontro de Jesus e, quando O viram, pediram-Lhe que se retirasse do seu território.
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29
Jun 10
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publicado por spedeus às 18:00

Vídeo com alocução do Santo Padre em língua espanhola

O exemplo dos apóstolos Pedro e Paulo ilumine as mentes e acenda nos corações dos crentes o santo desejo de fazer a vontade de Deus, para que a Igreja peregrina sobre a terra seja cada vez mais fiel ao seu Senhor.

Foi a invocação proferida por Bento XVI antes da recitação do Angelus, da janela dos seus aposentos, pouco depois da celebração da Missa na Basílica de S. Pedro para a solenidades dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.

Os dois Santos Patronos de Roma, embora tenham recebido de Deus carismas diferentes e missões diferentes, ambos são fundamentos da Igreja una, santa, católica e apostólica. Por isso, durante a Santa Missa desta manhã , entreguei a 38 arcebispos metropolitas o palio, símbolo da comunhão com o bispo de Roma e da missão de apascentar com amor o único rebanho de Cristo.
Bento XVI não deixou de agradecer de coração a delegação do Patriarcado ecuménico, presente nas celebrações dos Santos Pedro e Paulo, a testemunhar – sublinhou – o laço espiritual entre a Igreja de Roma e a Igreja de Constantinopla.
Depois da recitação do Angelus proferiu saudações em várias línguas endereçadas de maneira particular aos arcebispo que receberam das suas mãos o Palio.

(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 17:32

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Dois homens tão diferentes e com caminhos tornados paralelos por causa de Cristo.

Um, pescador da Galileia, sem instrução, mal sabendo fazer as contas necessárias para o seu negócio, corajoso e indómito, capaz de se atirar ao mar para ir ter com o Mestre e logo duvidando, discutindo e, até, negando conhecer Aquele por quem dissera estar disposto a morrer.

O outro rapaz de boas famílias, bem-educado e de sólida formação intelectual, também corajoso e indómito e de se atrever nos caminhos de Damasco para cumprir o que julgava ser sua missão: prender os discípulos de Jesus a quem tinha por perigosos dissidentes da verdadeira doutrina.

O primeiro ressurge outro homem após o derrame de lágrimas de arrependimento sincero, sentido, verdadeiro.

O segundo ressurge outro homem após a queda das escamas que lhe impediam os olhos de ver a Verdade revelada por Jesus a Quem perseguia.

Jesus Cristo junta-os na edificação da Sua Igreja; ao primeiro confiando-lhe as chaves do Reino, ao segundo enviando-o na mais espantosa missão evangelizadora que o mundo conheceu até hoje.

Um chama-se Pedro, o outro Paulo, ambos são colunas sólidas, robustas, necessárias para sustentar o grande edifício da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

(AMA, sobre S. Pedro e S. Paulo, 2010.06.29)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
publicado por spedeus às 15:54

Vídeo em espanhol

 

Na manhã desta terça-feira o Papa Bento XVI presidiu na Basílica de São Pedro a Missa na solenidade dos Santos Pedro e Paulo, patronos da cidade de Roma. Com ele concelebraram 38 arcebispos metropolitas, aos quais o Papa impôs o pálio, símbolo do poder episcopal exercido em comunhão com a Igreja de Roma. Trata-se de uma faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda, uma insígnia litúrgica de "honra e jurisdição".

O Pálio, como explicou o Santo Padre durante a imposição “seja para vós símbolo de unidade e sinal de comunhão com a Sé Apostólica; seja vinculo de caridade e estimulo de fortaleza para que no dia da vinda e da revelação do grande Deus e do príncipe dos pastores Jesus Cristo, possais obter com o rebanho que vos foi confiado, a veste da imortalidade e da gloria. São três os arcebispo de língua portuguesa que receberam das mãos do Papa o pálio: o angolano D. Gabriel Mbilingi, arcebispo de Lubango, e os brasileiros D. António Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife e D. Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo de Belém do Pará.

O tema da liberdade da Igreja constituiu o fio condutor da homilia de Bento XVI que começou por salientar que a infidelidade dos seus membros é pior do que as perseguições que a Igreja sofre.
“Se pensamos nos dois milénios de historia da Igreja, podemos observar que como tinha preanunciado o Senhor Jesus, nunca faltaram aos cristãos as provações, que nalguns períodos e lugares assumiram o carácter de autenticas perseguições.

Estas porém, não obstante os sofrimentos que causam, não constituem o perigo mais grave para a Igreja. De facto o dano maior ela sofre-o daquilo que polui a fé e a vida cristã dos seus membros e das suas comunidades, prejudicando a integridade dos Corpo místico, enfraquecendo a sua capacidade de profecia e de testemunho, ofuscando a beleza do seu rosto.


Esta realidade – salientou depois o Papa – é confirmada já nas cartas de S. Paulo. A Primeira Carta aos Coríntios, por exemplo, responde precisamente a alguns problemas de divisões, de incoerências, de infidelidades ao Evangelho que ameaçam seriamente a Igreja.

E a este propósito citou também a Segunda Carta a Timóteo que fala dos perigos dos últimos tempos, identificando-os com atitudes negativas que pertencem ao mundo e que pode contagiar a comunidade cristã: egoísmo, vaidade, orgulho, apego ao dinheiro, etc. A conclusão do Apóstolo porém dá serenidade: os homens que fazem o mal não irão muito longe, porque a sua estultice será conhecida por todos.

Para Bento XVI existe portanto uma garantia de liberdade assegurada por Deus à Igreja, liberdade tanto dos laços materiais que procuram impedir ou coarctar a sua missão, como dos males espirituais e morais que podem corroer a sua autenticidade e credibilidade.

O Papa salientou depois que a comunhão com Pedro e os seus sucessores é garantia de liberdade para os Pastores da Igreja e para as próprias comunidades, a eles confiadas.

No plano histórico, a união com a Sé Apostólica assegura às Igrejas particulares e ás Conferências Episcopais a liberdade em relação aos poderes locais, nacionais ou supranacionais, que em certos casos podem obstaculizar a missão eclesial. Além disso, e mais essencialmente, o ministério petrino é garantia de liberdade no sentido da plena adesão á verdade, á autentica tradição, de maneira que o Povo de Deus seja preservado de erros acerca da fé e da moral.

Bento XVI concluiu a sua homilia invocando os Santos Apóstolos Pedro e Paulo para que ajudem a todos a amar cada vez mais a santa Igreja, corpo místico de Cristo Senhor, e mensageira de unidade e de paz para todos os homens.

(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 15:27

Ainda que vísseis algo mau, não julgueis imediatamente o vosso próximo, antes desculpai-o no vosso interior. Desculpai a intenção, se não podeis desculpar a acção. Pensai que o terá feito por ignorância, ou por surpresa, ou por debilidade. Se a coisa é tão clara que não podeis dissimulá-la, ainda assim procurai acreditar deste modo, e dizei para vós mesmos: a tentação terá sido muito forte.

(S. BERNARDO, sermão sobre o Cantar dos Cantares) (citado por AMA)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
publicado por spedeus às 14:45

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Ao receber os dados de natalidade publicados pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) de Espanha, a Federação Espanhola de Famílias Numerosas (FEFN) assinalou que a estatística evidencia a queda da natalidade que produzirá "em muito pouco uma população envelhecida", por isso chamou o governo a "levar a sério a política familiar" e apostar pela família, "única capaz de dinamizar a economia" em meio da crise.

Foi salientado por esta entidade, que representa 1 milhão de famílias, logo depois de observar os dados do INE que indicam, em relação a 2008, houve uma queda de 5% na natalidade "sendo a primeira vez em 10 anos que se produz uma queda no número de nascimentos em 2009".

A Presidenta da Federação, Eva Holgado, advertiu que em meio da crise económica actual "a família é a única capaz de dinamizar a economia, é a que mantém activa a máquina económica e social, a que consome, a que aporta os futuros trabalhadores e contribuintes, em definitiva, a que mantém viva a sociedade".

"O Governo deve levar a sério esta questão e fazer uma aposta forte e valente para apoiar a família, fomentar a natalidade e apoiar os que já têm filhos", ressaltou.

"Virtualmente, – advertiu – (em Espanha) não há ajudas familiares e as poucas que existem vão desaparecer em breve: o cheque-bebé, que desaparecerá dentro de uns meses e a ajuda de 500 euros anuais por filho menor de 5 anos que têm as famílias com rendas baixas".

"A chave – prosseguiu – está em estabelecer ajudas económicas directas e medidas de conciliação reais, como as que existem em França, país que está à cabeça da UE em índice de fertilidade (2 filhos por mulher) e que conseguiu recuperar a natalidade mantendo a taxa de ocupação feminina, o que significa que as mulheres não têm que escolher entre trabalho e família, mas podem unir ambas coisas porque contam com o apoio económico, social e laboral adequado".

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
publicado por spedeus às 00:27

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Como transmitir a mensagem cristã numa sociedade pós-moderna, caracterizada por uma pluralidade de visões do mundo e uma crescente ignorância religiosa? Para Jutta Burggraf, professora de Teologia Dogmática na Universidade de Navarra, é preciso assumir as necessidades e as esperanças dos homens e mulheres contemporâneos.

Como tantos outros pensadores actuais, Burggraf considera que estamos numa época de mudança. A expressão "sociedade pós-moderna" indica o final de uma etapa -a modernidade - e o início de outra que ainda não conhecemos.

Nesta situação de mudança, de pouco serve movimentar-se com a mentalidade própria de tempos passados. "Actualmente, uma pessoa apreende os diversos acontecimentos do mundo de uma outra forma em relação às gerações anteriores, e também reage afectivamente de outra maneira", diz Burggraf.

Isto exige, na sua opinião, descobrir um novo modo de falar e de actuar que insista mais na autenticidade. Um cristão converte-se num testemunho credível quando vive a sua fé com alegria e, ao mesmo tempo, partilha com os outros as dificuldades que encontra no seu caminho.

Por outro lado, acrescenta Burggraf, a mudança cultural a que assistimos não pode levar os cristãos a lamentarem-se ou a encerrarem-se num gueto. "Quem quer influir no presente, tem de amar o mundo em que vive. Não deve olhar para o passado com nostalgia e resignação, mas sim adoptar uma atitude positiva perante o momento histórico concreto".

Identidade e diálogo

- Num congresso realizado há pouco em Roma defendia-se a ideia de que afirmar a identidade cristã própria enriquece o diálogo, na medida em que contribui para esclarecer as diversas posições. Mas também há lugar para outra leitura menos optimista: se reafirmar demasiado as minhas convicções, não existirá o risco de me fechar aos outros ou, pelo menos, de os ouvir com menos interesse?

- Sim, este risco existe. Mas então não seria uma autêntica identidade cristã. Quanto mais cristãos somos, mais nos abrimos aos outros. Esta é a dinâmica do cristianismo: sair de si próprio para se entregar ao outro. A identidade cristã leva-nos a dialogar com todos, estejam ou não de acordo com a nossa maneira de pensar ou o nosso estilo de vida. Nesse diálogo, o cristão pode enriquecer-se com a parte de verdade que vem do outro, e aprender a integrá-la harmoniosamente na sua visão do mundo.

Ora, esta atitude de abertura aos outros exige assumir com clareza a identidade cristã própria. Porque caso contrário, pode-se ficar exposto às modas e acabar por procurar não o verdadeiro, mas o apetecível: aquilo de que gosto e me serve. Por outro lado, sem essa sólida identidade cristã faríamos um fraco favor aos outros: ficaríamos sem respostas para as suas interrogações, e não poderíamos dar-lhes algo da luz do cristianismo.

Tem interesse a linguagem não verbal

- Que características deveria ter o diálogo entre duas pessoas com diferentes visões sobre o mundo, para não cair na indiferença olímpica?

- Parece-me fundamental ouvir o outro com uma atitude aberta e, ao mesmo tempo, com muita actividade interior. Ouvir os outros não é assim tão simples: exige colocar-se no lugar do outro e tentar ver o mundo com os seus olhos. Se ambos tiverem essa atitude, nunca haverá um vencedor e um vencido, mas duas pessoas (con)vencidas pela verdade.

Logicamente, isto só é possível num clima de amizade e de benevolência. Cada um tem de captar o que há de bom no outro, como aconselha um refrão popular: "Se queres que os outros sejam bons, trata-os como se já fossem". Onde reina o amor, não é preciso fechar-se por medo de ser ferido. Daí ser tão importante mostrar simpatia e carinho ao falar com os outros.

Existe uma linguagem não verbal, que substitui ou acompanha as nossas palavras. É o clima que criamos à nossa volta, normalmente através de coisas muito simples como, por exemplo, um sorriso cordial ou um olhar de apreço.

Mas o carinho tem de ser real. Não basta sorrir e ter uma aparência agradável. Se queremos tocar no coração dos outros, temos de mudar primeiro o nosso próprio coração. Uma pessoa percebe quando não é bem-vinda, por muito que lhe sorriam.

O ambiente actual

- Os sociólogos Alain Touraine e Zygmunt Bauman, recentemente galardoados com o prémio Príncipe das Astúrias, há algum tempo que falam sobre o fim da modernidade. O que é que mudou no modo de pensar e de sentir do homem de hoje?

- A modernidade dava por adquirido que a vida é um progresso contínuo. Hoje, após o eclipse das grandes narrativas políticas e sociais do século XX, somos mais cépticos. Caminhamos sem rumo fixo. A esta falta de orientação acrescenta-se muitas vezes a solidão. Por isso não é estranho que se queira alcançar a felicidade no prazer imediato, ou talvez no aplauso. Se alguém não é amado, pelo menos quer ser louvado.

Simultaneamente, podemos descobrir uma verdadeira "sede de interioridade", tanto na literatura como na arte, na música ou no cinema. Há cada vez mais pessoas a procurarem uma experiência de silêncio e de contemplação.

Outro aspecto característico da modernidade era a confiança excessiva na razão. Hoje, pelo contrário, sabemos que o racionalismo fechado nos leva a perspectivas erradas. O problema é que agora passámos para o extremo contrário: a aposta excessiva na afectividade, no sentimentalismo. O desafio actual é chegar a uma visão mais harmoniosa do homem, que integre a razão, a vontade e os sentimentos.

Ir ao essencial

- Como falar de Deus às pessoas neste contexto menos racionalista e mais emotivo que acabou de descrever?

- Penso que a transmissão da fé na sociedade actual é possível se os cristãos viverem como testemunhas em vez de como mestres, ou como mestres-testemunhas. Isto exige utilizar uma linguagem pessoal, mais persuasiva. Trata-se de interiorizar essa grande verdade que Bento XVI nos tem vindo a repetir constantemente: "Deus é amor".

Talvez noutras épocas, esta ideia tenha podido soar-nos como demasiado romântica. Mas hoje temos de a redescobrir e entender o que significa, porque toda a mensagem cristã tem que ver com o amor. O Papa ensina-nos a concentrar-nos no essencial: descobrir a beleza e a profundidade da fé.

Não nos podemos deixar apanhar nas controvérsias que continuamente a opinião pública levanta. Claro que as questões morais são importantes, mas se não se conseguir entender bem o fundamento - Deus é amor - muito menos se compreenderá a resposta da Igreja para certos problemas morais.

Antes de nos deixarmos enredar em questões controversas, devemos mostrar às pessoas o atractivo das verdades cristãs (a revelação de Deus, a salvação, a liberdade da fé...) e, somente depois, poderemos propor-lhes uma mudança de comportamento.

Uma fé mais acolhedora

- Em sociedades pluralistas como a nossa, já não se aceita que alguém possa estar na posse da verdade. Significa isto que a firmeza de convicções conduz necessariamente à arrogância extrema?

- A firmeza de convicções não se encontra em conflito com a humildade nem com a abertura da mente, necessárias para um autêntico diálogo com os outros. Embora possamos afirmar que a Igreja Católica tem a plenitude da verdade, eu - como crente - pessoalmente não a tenho. Ou, melhor, tenho-a de forma implícita quando faço um acto de fé e participo da plenitude da Igreja.

Mas, como na minha vida quotidiana não cheguei a essa plenitude, os outros podem sempre ensinar-me alguma coisa. Posso aprender com todos - crentes ou não -, sem perder a minha própria identidade. Além disso, conhecer os pontos de vista dos outros pode servir-me para rever algumas ideias próprias que talvez se tenham tornado demasiado rígidas.

Há pessoas que têm uma forte identidade cristã e, no entanto, não convencem ninguém. Quando alguma pessoa se mostra demasiado segura, em geral costuma despertar rejeição. Já não se aceita que alguém fale "a partir de cima" ao comum dos mortais, como se fosse o único portador da verdade.

O que mais atrai nos nossos dias não é a segurança, mas a sinceridade: explicar aos outros as razões que nos levam a acreditar e, ao mesmo tempo, falar-lhes também das nossas dúvidas e incertezas. Trata-se de se colocar ao lado do outro e procurar a verdade juntamente com ele. Certamente, posso dar-lhes muito se tiver fé; mas os outros também podem ensinar-me muito.

Como pode alguém compreender e consolar os outros se nunca foi arrasado pela tristeza? Há pessoas que, depois de sofrerem muito, se tornaram compreensivas, cordiais e sensíveis à dor alheia. Numa palavra, aprenderam a amar. Desta forma, a fé torna-se mais acolhedora.

Juan Meseguer

Aceprensa
publicado por spedeus às 00:05

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O que era difícil aceitar, para as pessoas às quais Jesus falava? O que continua a sê-lo também para muitas pessoas de hoje? Difícil de aceitar é o facto de que Ele pretende ser não somente um dos profetas, mas o Filho de Deus, e reivindica para si a mesma autoridade de Deus. Ouvindo-o pregar, vendo-o curar os doentes, evangelizar os pequeninos e os pobres e reconciliar os pecadores, gradualmente os discípulos conseguiram compreender que Ele era o Messias, no sentido mais elevado deste termo, ou seja, não apenas um homem enviado por Deus, mas o próprio Deus que se fez homem. Claramente, tudo isto era maior do que eles, ultrapassava a sua capacidade de compreender. Podiam expressar a sua fé com os títulos da tradição judaica: "Cristo", "Filho de Deus", "Senhor". Mas para aderir verdadeiramente à realidade, aqueles títulos deviam de alguma forma ser redescobertos na sua verdade mais profunda: o próprio Jesus, com a sua vida, revelou o seu significado integral, sempre surpreendente, até mesmo paradoxal em relação às concepções correntes. E a fé dos discípulos teve que se adaptar progressivamente. Ela apresenta-se-nos como uma peregrinação que tem o seu momento fontal na experiência do Jesus histórico, encontra o seu fundamento no mistério pascal, mas depois deve progredir ainda mais, graças à acção do Espírito Santo. Esta foi também a fé da Igreja ao longo da história; além disso, esta tem sido inclusive a nossa fé, de nós cristãos de hoje. Solidamente alicerçada na "rocha" de Pedro, é uma peregrinação rumo à plenitude daquela verdade que o Pescador da Galileia professou com uma convicção apaixonada: "Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo" (Mt 16, 16).

Caros irmãos e irmãs, na profissão de fé de Pedro, podemos sentir-nos e ser todos um só, não obstante as divisões que, ao longo dos séculos, dilaceraram a unidade da Igreja, com consequências que perduram até aos dias de hoje. Em nome dos Santos Pedro e Paulo, renovemos hoje, juntamente com os nossos Irmãos provenientes de Constantinopla aos quais volto a agradecer a presença nesta nossa celebração o compromisso a cumprir até ao fim o desejo de Cristo, que nos quer plenamente unidos. Com os Arcebispos concelebrantes, acolhamos o dom e a responsabilidade da comunhão entre a Sé de Pedro e as Igrejas Metropolitanas confiadas aos seus cuidados pastorais. Que nos oriente e nos acompanhe sempre com a sua intercessão a Santa Mãe de Deus: a sua fé indefectível, que sustentou a fé de Pedro e dos outros Apóstolos, continue a apoiar também a fé das gerações cristãs, a nossa própria fé: Rainha dos Apóstolos, rogai por nós!

Amém.

Bento XVI - Excerto homilia pronunciada na Basílica de São Pedro a 29 de Junho de 2007
publicado por spedeus às 00:04

São Pedro e São Paulo, apóstolos. “Venero com todas as minhas forças a Roma de Pedro e de Paulo, banhada pelo sangue dos mártires, centro de onde tantos saíram para propagar por todo o mundo a palavra salvadora de Cristo. Ser romano não implica nenhum particularismo, mas ecumenismo autêntico; supõe o desejo de dilatar o coração, de abri-lo a todos com as ânsias redentoras de Cristo, que a todos procura e a todos acolhe, porque a todos amou primeiro”.

(Fonte http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1855 )

publicado por spedeus às 00:04

[…] A Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo convida-nos, de modo particular, a rezar intensamente e a agir com convicção pela causa da unidade de todos os discípulos de Cristo. O Oriente e o Ocidente cristãos encontram-se muito próximos entre si, e já podem contar com uma comunhão quase completa, como recorda o Concílio Vaticano II, farol que guia os passos do caminho ecuménico. Portanto, os nossos encontros, as visitas periódicas e os diálogos em curso não são simples gestos de cortesia, ou tentativas de alcançar compromissos, mas o sinal de uma comum vontade de fazer o possível para chegarmos quanto antes àquela plena comunhão, implorada por Cristo na sua oração ao Pai, depois da última Ceia: "Ut unum sint".
[…]

Dirijamo-nos agora à Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos. Pela sua intercessão materna, o Senhor permita que a Igreja, que está em Roma e no mundo inteiro, permaneça sempre fiel ao Evangelho, para cujo serviço os Santos Pedro e Paulo consagraram a sua própria vida.


Bento XVI – durante o Angelus do dia 29 de Junho de 2007

publicado por spedeus às 00:03

publicado por spedeus às 00:02

Aelred de Rielvaux (1110-1167), monge cistercense
Sermão 16, para a festa dos Santos Pedro e Paulo; PL 195, 298-302 (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, pp. 451-452)

«Sobre esta pedra, edificarei a Minha Igreja»

Todos os apóstolos são «pilares da terra» (Sl 74,4), mas são-no em primeiro lugar os dois cuja festa celebramos. Eles são os dois pilares que conduzem a Igreja, através dos seus ensinamentos, da sua oração e do exemplo da sua perseverança. Estes pilares foram alicerçados pelo próprio Senhor. Inicialmente, eram fracos e não eram capazes de guiar, nem a si próprios, nem aos outros. E aqui aparece o grande desígnio do Senhor: se tivessem sido sempre fortes, poder-se-ia pensar que a sua força vinha deles. O Senhor, antes de os fortalecer, também quis mostrar aquilo de que eram capazes, para que todos soubessem que a sua força vem de Deus.

O Senhor é que fundou estes pilares da terra, ou seja, da Santa Igreja. É por isso que devemos louvar com todo o coração os nossos santos pais, que suportaram tantos tormentos pelo Senhor e que perseveraram com tanta força. Perseverar na alegria, na prosperidade e na paciência não vale grande coisa. Grande é aquele que é apedrejado, chicoteado, agredido por amor a Cristo, e em tudo isso persevera com Cristo (2Cor 11, 25). É grande ser amaldiçoado e abençoar com Paulo [...], ser como a escória do mundo e disso tirar glória (1Cor 4, 12-13). [...] E que dizer de Pedro? Mesmo que nada tivesse suportado por Cristo, bastava ter sido crucificado por Ele para o festejarmos até hoje. A cruz foi a sua estrada.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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São Mateus 16,13-19

13 Tendo chegado à região de Cesareia de Filipe, Jesus interrogou os Seus discípulos, dizendo: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?».14 Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».15 Jesus disse-lhes: «E vós quem dizeis que Eu sou?».16 Respondendo Simão Pedro, disse: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo».17 Respondendo Jesus, disse-lhe: «Bem-aventurado és, Simão filho de João, porque não foi a carne e o sangue que to revelaram, mas Meu Pai que está nos céus.18 E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.19 Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus».
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28
Jun 10

Vídeo em espanhol

Bento XVI presidiu esta tarde na Basílica de São Paulo fora de muros as primeiras Vésperas da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. Presente também uma delegação do Patriarcado ecuménico de Constantinopla enviada por Bartolomeu I.

Na sua homilia o Papa fez uma reflexão na perspectiva da vocação missionaria da Igreja.

Recordou os seus predecessores Paulo VI e João Paulo II que deram um grande impulso á missão da Igreja, uma herança que recolheu, salientando hoje na Basílica de São Paulo que a Igreja é no mundo uma imensa força renovadora, não certamente graças ás suas forças, mas pela força do Evangelho, onde sopra o Espírito Santo de Deus, o Deus criador e redentor do mundo.

“Também o homem do terceiro milénio - disse Bento XVI – deseja uma vida autêntica e plena, precisa de verdade, de liberdade profunda, de amor gratuito. Também nos desertos do mundo secularizado, a alma do homem tem sede de Deus, do Deus vivo. Por isso João Paulo II escreveu: a missão de Cristo Redentor, confiada à Igreja, está ainda bem longe do seu pleno cumprimento., e acrescentou: uma visão de conjunto da humanidade mostra que tal missão está ainda no começo, e que devemos empenhar-nos com todas as forças no seu serviço”.

Existem regiões do mundo , acrescentou depois Bento XVI, que ainda esperam uma primeira evangelização, outras que a receberam, mas precisam de um trabalho mais aprofundado; outras ainda nas quais o Evangelho lançou raízes desde há muito tempo, dando lugar a uma tradição cristã, mas onde nos últimos séculos - com dinâmicas complexas – o processo de secularização produziu uma grave crise do sentido da fé cristã e da pertença á Igreja.

Nesta perspectiva - salientou o Papa – decidi criar um novo organismo, na forma de Conselho Pontifício , com a tarefa principal de promover una renovada evangelização nos Países onde já ressoou o primeiro anuncio da fé e estão presentes Igrejas de antiga fundação, mas que estão a viver uma progressiva secularização da sociedade e uma espécie de eclipse do sentido de Deus, que constituem um desafio a encontrar meios adequados para repropor a verdade perene do Evangelho de Cristo.

A concluir Bento XVI afirmou que o desafio da nova evangelização interpela a Igreja e pede também que se prossiga com empenho a procura da unidade plena entre os cristãos

(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 19:11

Para os puristas permito-me chamar a atenção de que se trata de uma adaptação jazzistica. ‘Come on you guys, give it a chance please and be surprised’
publicado por spedeus às 18:00

 

Vídeo em espanhol

 

Bento XVI presidirá esta tarde, com inicio ás 18 horas, a celebração das Primeiras Vésperas da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, na Basílica de São Paulo fora de muros. Amanhã de manhã o Papa celebrara a Missa na Basílica de São Pedro, ás 9.30 e imporá o Pálio a 38 arcebispo metropolitas .

Entretanto na manhã desta segunda feira o Santo Padre recebeu no Vaticano uma delegação do Patriarcado ecuménico de Constantinopla, enviada por Bartolomeu I para a festa dos Santos Patronos de Roma

Bento XVI quis encorajar hoje a comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa que está a enfrentar o nó mais delicado e importante: o ministério petrino, isto é o papel do Bispo de Roma na comunhão da Igreja do Primeiro Milénio. Com todos os nossos corações – disse o Papa encontrando nesta segunda feira a delegação enviada pelo patriarca ecuménico de Constantinopla Bartolomeu I e chefiada pelo metropolita Gannadios – rezemos para que iluminados pelo Espírito Santo, os membros da Comissão continuem neste caminho.

O Papa sublinhou que no próximo Sínodo para o Médio Oriente em Outubro, o tema da cooperação ecuménica receberá uma grande atenção, como já foi evidenciado no Instrumentum laboris, entregue aos bispos da região durante a recente viagem do Papa a Chipre.

As dificuldades que os cristãos do Médio Oriente estão a experimentar – observou - em larga medida são comuns a todos. E sintetizou-as no viver como uma minoria e desejar uma liberdade religiosa autentica e a paz. O Papa acrescentou que é necessário o diálogo com as comunidades islâmicas e judaicas. E neste contexto manifestou o próprio comprazimento pela presença no Sínodo de uma delegação do Patriarcado Ecuménico

(Fonte: site Radio Vaticana)
publicado por spedeus às 17:46

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Um turismo organizado de uma maneira apropriada e um importante recurso de desenvolvimento e bem estar para muitas populações. Mas o seu impacto sobre as zonas interessadas pode causar também graves prejuízos de tipo ambiental e por isso, o turismo não pode eximir-se de defender a biodiversidade. É o que afirmam os responsáveis do Conselho Pontifício da pastoral para os migrantes e itinerantes na mensagem para o dia mundial do turismo de 2010 que será celebrado a 27 de Setembro.

Com o tema “Turismo e biodiversidade”, proposto pela competente Organização Mundial, o Dia Mundial do Turismo quer oferecer sua contribuição a este 2010, declarado pela Assembleia Geral das Nações Unidas “Ano Internacional da Diversidade Biológica”.

Tal proclamação nasce da profunda preocupação “pelas repercussões sociais, económicas, ambientais e culturais da perda da diversidade biológica, incluídas as consequências adversas que entranha para a consecução dos objectivos de desenvolvimento do Milénio, e destacando a necessidade de adoptar medidas concretas para inverter esta perda”.

A biodiversidade, ou diversidade biológica, faz referência à grande riqueza de seres que vivem na Terra, assim como ao delicado equilíbrio de interdependência e interacção que existe entre eles e com o meio físico que os acolhe e condiciona. Esta biodiversidade se traduz nos diferentes ecossistemas, dos quais são um bom exemplo os bosques, os pantanais, as savanas, as selvas, o deserto, os recifes de corais, as montanhas, os mares, ou as zonas polares.

Perante isto colocam-se três grandes perigos, que requerem uma solução urgente: a mudança climática, a desertificação e a perda da biodiversidade. Esta última está se desenvolvendo nos últimos anos a um ritmo sem precedentes. Estudos recentes indicam que, a nível mundial, estão ameaçados ou em perigo de extinção 22% dos mamíferos, 31% dos anfíbios, 13.6% das aves e 27% dos recifes.

Existem numerosos sectores de actividade humana que contribuem grandemente a estas mudanças, e um deles é, sem dúvida alguma, o turismo, o qual se situa entre os que têm experimentado um maior e rápido crescimento. A este respeito, podemos recordar os números que nos são apresentados pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Os turistas internacionais foram de 534 milhões em 1995, e 682 milhões em 2000 e as previsões que apareciam no relatório Turism 2020 Vision são de 1006 milhões para o ano de 2010, e que chegariam a 1561 milhões em 2020, com um crescimento médio anual de 4.1%. E a estas cifras do turismo internacional ter-se-ia que acrescentar as mais importantes do turismo interno. Tudo isto nos mostra o forte crescimento deste sector económico, o que comporta alguns importantes efeitos na conservação e uso sustentável da biodiversidade, com o consequente perigo de que se transforme num sério impacto meio ambiental, especialmente pelo consumo desmedido de recursos limitados (como a água potável e o território) e pela grande geração de contaminação e resíduos, superando as quantidades que seriam assumíveis por uma determinada zona.

A situação agrava-se pelo facto de que a procura turística se dirige cada vez mais aos destinos da natureza, atraída pelas suas inumeráveis belezas, o que supõe um impacto importante nas populações locais, na sua economia, no seu meio ambiente e no património cultural. Este facto pode ser um elemento prejudicial ou, ao contrário, contribuir significativamente e em modo positivo à conservação do património. O turismo vive assim um paradoxo. Se por um lado surge e cresce graças à atracção de paisagens naturais e culturais, por outro lado estes podem chegar a ser deteriorados e inclusive destruídos pelo mesmo turismo, o que significa ser rejeitados como destinos e não gozar da atracção que era na origem.

Por tudo isso, devemos afirmar que o turismo não pode eximir-se de sua responsabilidade na defesa da biodiversidade, pelo contrário, deve assumir um papel activo na mesma. O desenvolvimento deste sector económico deverá ser acompanhado inevitavelmente dos princípios de sustentabilidade e respeito à diversidade biológica.

De tudo isto se preocupou seriamente a comunidade internacional, e sobre o tema realizaram-se reiteradas declarações. A Igreja quer juntar a sua voz, a partir do espaço que lhe é próprio, partindo da convicção que ela mesma “sente o seu peso de responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também na esfera pública. Ao fazê-lo, não tem apenas de defender a terra, a água e o ar, como dons da criação que pertencem a todos, mas deve sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo”. Embora evitando de intervir sobre soluções técnicas concretas, a Igreja, preocupa-se em chamar a atenção para a relação entre o Criador, o ser humano e a criação. O Magistério reitera insistentemente a responsabilidade do ser humano na preservação de um ambiente integro e sadio para todos, a partir do convencimento que “a tutela do ambiente constitui um desafio para toda a humanidade: trata-se do dever, comum e universal, de respeitar um bem colectivo”.

Como foi indicado pelo Papa Bento XVI na sua encíclica Caritas in veritate, “o crente reconhece o resultado maravilhoso da intervenção criadora de Deus, de que o homem se pode responsavelmente servir para satisfazer as suas legítimas exigências — materiais e imateriais — no respeito dos equilíbrios intrínsecos da própria criação”, e cujo uso representa para nós “uma responsabilidade que temos para com os pobres, as gerações futuras e a humanidade inteira”. Por isso, o turismo deve respeitar o meio ambiente, procurando alcançar uma perfeita harmonia com a Criação, de modo que, garantindo a sustentabilidade dos recursos de que depende, não origine irreversíveis transformações ecológicas.

O contacto com a natureza é importante e, portanto, o turismo deve esforçar-se para respeitar e valorizar a beleza da criação, a partir do convencimento de que “muitos encontram tranquilidade e paz, sentem-se renovados e revigorados quando entram em contacto directo com a beleza e a harmonia da natureza. Existe aqui uma espécie de reciprocidade: quando cuidamos da criação, constatamos que Deus, através da criação, cuida de nós”.

Todavia há um elemento que torna ainda mais exigente este esforço, isto é, na sua busca de Deus, o ser humano descobre algumas vias para aproximar-se ao Mistério, que tem como ponto de partida a criação. A natureza e a diversidade biológica falam-nos do Deus Criador, o qual se faz presente na sua criação, “de facto, partindo da grandeza e beleza das criaturas, pode-se chegar a ver, por analogia, o seu criador” (Sb 13,5), “pois foi o Principio e Autor da beleza quem as criou” (Sb 13, 3). É por isso que o mundo na sua diversidade, “oferece-se ao olhar do homem como rasto de Deus, lugar no qual se desvela a sua força criadora, providente e redentora”. Por este motivo, o turismo, aproximando-se à criação em toda a sua variedade e riqueza, pode ser ocasião para promover ou acrescentar a experiência religiosa.

É urgente e necessário encontrar um equilíbrio entre o turismo e a biodiversidade biológica, em que ambos se apoiem mutuamente, de modo que desenvolvimento económico e protecção do ambiente não apareçam como elementos opostos e incompatíveis, mas tenda a conciliar as exigências de ambos.

Os esforços de proteger e promover a diversidade biológica na sua relação com o turismo passam, em primeiro lugar, por desenvolver estratégias participativas e partilhadas, nas quais se comprometem os diversos sectores envolvidos. A maioria dos governos, instituições internacionais, associações profissionais do sector turístico e organizações não governamentais defendem, com uma visão a longo prazo, a necessidade de um turismo sustentável, como única forma possível para que o seu desenvolvimento seja ao tempo economicamente rentável, proteja os recursos naturais e culturais, e sirva de ajuda real na luta contra a pobreza.

As autoridades públicas devem oferecer uma legislação clara, que proteja e potencie a biodiversidade, reforçando os benefícios e reduzindo os custos do turismo, e também vigiar para o cumprimento das normas. Para que isto aconteça devem prever certamente um importante investimento em planeamento e em educação. Os esforços governamentais deverão ser maiores nos lugares mais vulneráveis e onde a degradação tenha sido maior. Quiçá em alguns deles, o turismo deveria ser restrito ou, até mesmo evitado.

Pede-se ao sector empresarial do turismo de “planear, desenvolver e conduzir seus empreendimentos minimizando impactos e contribuindo para a conservação de ecossistemas sensíveis, do meio ambiente em geral e levando benefícios às comunidades locais e indígenas. Por isso, seria conveniente realizar estudos prévios da sustentabilidade de cada produto turístico, evidenciando os aportes positivos reais com os riscos potenciais, a partir da convicção de que o sector não pode buscar o objectivo do máximo benefício a qualquer custo.

Finalmente, os turistas devem estar conscientes de que a sua presença em alguns lugares nem sempre é positiva. Com este fim, devem ser informados sobre os benefícios reais que comporta a conservação da biodiversidade, e ser educados em modo compatível ao turismo sustentável. Assim mesmo deveriam reclamar às empresas turísticas propostas que contribuam realmente ao desenvolvimento do lugar. Em nenhum caso, nem o território nem o património histórico-cultural dos destinos devem sair prejudicados em favor do turista, adaptando-se aos seus gostos e desejos. Um esforço importante, que de modo especial deve realizar a pastoral do turismo, é a educação à contemplação, que facilite aos turistas descobrir os rastos de Deus na grande riqueza da biodiversidade.

Assim, graças a um turismo que se desenvolve em harmonia com a criação, facilitar-se-á no coração do turista o louvor do salmista: “ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso teu nome em toda a terra!” (Sal 8,2).

Cidade do Vaticano, 24 de Junho de 2010

(Fonte: site Radio Vaticana com adaptação do português do Brasil para o de Portugal de JPR)
publicado por spedeus às 16:22

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Sob o lema «Famílias Numerosas: Esperança para a Europa», vai realizar-se, de 31 de Julho a 2 de Agosto, em Rimini (Itália), o V Congresso Europeu de Famílias Numerosas com a presença algumas portuguesas.

O I Congresso Europeu realizou-se, em 2002, em Madrid, onde foi lançado o desafio de se criar uma Confederação Europeia, desafio esse que foi concretizado durante o II Congresso, em Lisboa, em 2004. Desde essa data, a ELFAC (European Large Families Confederation) tem realizado o seu Congresso Europeu de dois em dois anos, organizados pelas diferentes associações ou federações nacionais (Budapeste, Barcelona e, agora, Rimini).

A ELFAC (e a APFN, a que pertence) espera que “a realização de mais este Congresso, desta vez organizado pela dinâmica, jovem e imaginativa ANFN (a associação italiana) contribua para acordar os políticos europeus para a realidade bem ilustrada no logo deste Congresso e que a ELFAC, a nível europeu, e os seus membros ao nível nacional, não se cansam de alertar: as famílias numerosas, objecto de um fortíssimo ataque por parte de vários estados, designadamente Portugal, não só não são um problema, como, na realidade, são a solução para o cada vez mais rigoroso Inverno Demográfico que vai assolar, em força, na Europa” – lê-se no comunicado.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

publicado por spedeus às 15:53

publicado por spedeus às 13:32

Não obstante as suas irreverências literárias, nenhum cristão pode ficar indiferente ante o passamento do Nobel português

José Saramago morreu: paz à sua alma. Não obstante as suas reincidentes irreverências literárias, nenhum cristão, digno desse nome, pode ficar indiferente ante o passamento do Nobel português, sobretudo porque o divino Mestre encareceu aos seus discípulos o amor aos inimigos e não há dúvida que, muito embora os fiéis o não fossem dele, ele fez questão de o ser de Cristo e da Igreja.

O sincero pesar pelo seu desaparecimento, tanto mais penoso quanto carente, ao que parece, de qualquer indício de conversão, não quer dizer, como é óbvio, que se possa ignorar que a sua vida foi vivida na teoria e prática de uma ideologia anticristã. Por isso, seria despropositada, senão hipócrita, a pretensão de "baptizar" postumamente o finado militante comunista, num disparatado aproveitamento da sua notoriedade. Por isso também, seria incoerente que a Igreja oficialmente sufragasse a alma do defunto escritor, não porque não se possa e até se deva rezar por quem quer que seja, mas porque as exéquias cristãs só podem ser oficiadas aos fiéis católicos e José Saramago, decididamente, o não era. O seu a seu dono: dêem-se a cada qual as honras fúnebres que lhes são devidas, mas de acordo com as suas convicções e no lugar correspondente, também em nome do respeito devido à memória dos que já partiram.

Surpreende que, em ocasiões desta natureza, entre as carpideiras habituais do regime laico, se oiçam também algumas lamentações cristãs. Num desconcertante exercício de retórica, esses fiéis politicamente muito correctos fazem questão em homenagear a "coerência" do defunto. Mesmo ressalvando escrupulosamente as teses que o dito professou e viveu ao longo da sua vida, essas caridosas almas sentem como que uma irreprimível e pungente necessidade de elogiar a sua "postura", a sua "verticalidade", a "firmeza" das suas convicções e até, reverentemente, se dignam prestar culto à sua incensada "irreverência".

Ora a virtude ética não pode ser apreciada senão na relação com o correspondente valor, que a fundamenta: uma boa acção não é principalmente uma questão de atitude, mas a prática do bem. Quer isto dizer que a "coerência" no mal não é virtuosa, mas defeituosa e, nesse caso, o único comportamento moral digno de louvor é, obviamente, a rejeição do mal e a opção pela verdade e pelo bem. Se ter uma convicção contrária aos mais elementares princípios éticos é lamentável, muito pior é nela persistir toda a vida, porque se errar é humano, perseverar obstinadamente no mal é diabólico. A persistência é louvável no exercício do bem, mas é detestável na prática do mal: não atenua a responsabilidade moral do sujeito, antes a agrava, porque se a falta isolada merece indulgência e perdão, a consciente e voluntária obcecação no erro não é passível de tal compaixão.

Com Cristo foram crucificados dois ladrões: um converteu-se à hora da morte e a Igreja venera-o como santo, porque Jesus lhe prometeu dar, naquele mesmo dia, a glória do céu. Do outro não consta que se tenha emendado, pelo que passou à História como o "mau ladrão". Não faria sentido louvar a sua impenitência final à conta da sua "coerência" no mal, quando a única acção que o poderia ter salvo era o corajoso reconhecimento da sua culpa.

José Saramago morreu. Queira Deus que não tenha comparecido impenitente ante a Face que perdoa os contritos de coração. Paz à sua alma.

Gonçalo Portocarrero de Almada
Licenciado em Direito e doutorado em Filosofia. Vice-presidente da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF)

(Fonte: ‘Público na sua edição de 27 de Junho de 2010, agradecimento a António Faure)
publicado por spedeus às 13:23

“Jesus fala e dos seus lábios sai a parábola da vide e dos sarmentos: o sarmento separado da vide seca, e será deitado ao fogo; e o que está unido à vide sofrerá a poda, “ut fructum plus afferas” - para que dês mais fruto”, diz hoje, comentando uma passagem do Evangelho. No dia seguinte acrescenta: “Porque me lamento também de tudo o que me rodeia e me sucede, das pessoas que estão comigo, dos seus modos, das suas fraquezas, das minhas…? Não sucede assim para meu bem?”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
publicado por spedeus às 09:52

publicado por spedeus às 00:03

publicado por spedeus às 00:02

A escolha pertence-nos, sempre. A decisão é nossa, sempre. Ponderar demasiado os prós e os contras pode levar-nos a perder o ensejo de fazer o que devemos quando devemos fazê-lo. Desculpas e “motivos” para adiar, esperar por uma ocasião propícia (no nosso entender), sempre os teremos porque para estabelecer prioridades é preciso um espírito livre e decidido.

(AMA, comentário sobre “prioridades”, 2010.05.16)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
publicado por spedeus às 00:02

Santa Clara (1193-1252), monja franciscana
1ª carta a Inês de Praga, §§15-23 (a partir da trad. Vorreux rev.; cf. SC 325)

«Mestre, seguir-Te-ei para onde quer que fores»

Bem aventurada a pobreza, que prodigaliza riquezas eternas aos que a amam e abraçam! Santa pobreza – aos que a possuem e desejam, Deus promete certamente o Reino dos céus e dá a glória eterna e uma vida feliz. Querida pobreza, que o Senhor Jesus Cristo preferiu a qualquer outra coisa, Ele que reinava e que reina sobre o céu e a terra, «Ele disse e tudo foi feito» (Sl 32, 9). Efectivamente, Ele disse: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, mas o Filho do Homem [ou seja, Cristo] não tem onde reclinar a cabeça.» Por fim, quando reclinou a Sua cabeça [sobre a cruz], entregou o espírito (Jo 19, 30).

Dado que tão grande Senhor quis descer ao seio da Virgem, dado que quis aparecer ao mundo desprezado, indigente e pobre para que os homens, indigentes, pobres e esfomeados de alimento celestial, com Ele se tornassem ricos entrando na posse do Reino dos céus, exultai de alegria. Congratulai-vos com grande felicidade e alegria espiritual. Se preferis o despeito às honras, e a pobreza às riquezas deste mundo, se confiais os vossos tesouros não à terra mas ao céu, «onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam» (Mt 6, 20), «grande será a vossa recompensa no Céu» (Mt 5, 12).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)
publicado por spedeus às 00:01

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São Mateus 8,18-22

18 Vendo-Se Jesus rodeado por uma grande multidão, ordenou que passassem para a outra margem do lago.19 E, aproximando-se um escriba, disse-Lhe: «Mestre, eu seguir-Te-ei para onde quer que fores».20 Jesus disse-lhe: «As raposas têm tocas, e as aves do céu ninhos; porém, o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça».21 Um outro dos Seus discípulos disse-Lhe: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai».22 Jesus, porém, respondeu-lhe: «Segue-Me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».
publicado por spedeus às 00:00

27
Jun 10
publicado por spedeus às 21:57

Em mensagem dirigida ao Presidente da Conferência Episcopal da Bélgica, D. André Joseph Léonard, o Santo Padre embora reconhecendo o direito das autoridades civis a indagar, afirma: “Desejo expressar, querido irmão no Episcopado, bem como a todos os Bispos da Bélgica, a minha proximidade e solidariedade neste momento de tristeza, no qual, com alguns métodos surpreendentes e deploráveis, as buscas foram realizadas na Catedral de Malines e nos locais aonde o Episcopado se encontrava reunido em Sessão Plenária”.

“Espero que a justiça prossiga o seu caminho garantindo simultaneamente os direitos das pessoas e das instituições, no respeito pelas vítimas e reconhecendo sem preconceitos aqueles que se comprometeram a colaborar com ela”.

TEXTO ORIGINAL EM FRANCÊS

Au cher Frère,
Mgr André Joseph Léonard,
Archevêque de Malines-Bruxelles,
Président de la Conférence Episcopale de Belgique

Je désire vous exprimer, cher Frère dans l’Episcopat, ainsi qu’à tous les Evêques de Belgique, ma proximité et ma solidarité en ce moment de tristesse, dans lequel, avec certaines modalités surprenantes et déplorables, des perquisitions ont été menées y compris dans la cathédrale de Malines et dans les locaux où l’Episcopat belge était réuni en Session plénière. Durant cette réunion, auraient dû être traités, entre autres, des aspects liés à l’abus sur des mineurs de la part de membres du clergé. J’ai répété moi-même de nombreuses fois que ces faits graves devaient être traités par l’ordre civil et par l’ordre canonique dans le respect réciproque de la spécificité et de l’autonomie de chacun. Dans ce sens, je souhaite que la justice suive son cours en garantissant le droit des personnes et des institutions, dans le respect des victimes, dans la reconnaissance sans préjugés de ceux qui s’engagent à collaborer avec elle et dans le refus de tout ce qui pourrait obscurcir les nobles devoirs qui lui sont assignés.

Vous assurant que j’accompagne quotidiennement dans la prière le cheminement de l’Eglise en Belgique, je vous envoie volontiers une affectueuse Bénédiction apostolique.

Cité du Vatican, le 27 juin 2010

BENEDICTUS PP. XVI

© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
publicado por spedeus às 18:26

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Tirada em Córdoba no baptismo de Valentino Mora, filho de Erica, uma mãe solteira de 21 anos, que pediu à fotógrafa que tirasse de graça a foto de seu filho.

A foto do baptismo está varrendo a internet, porque na hora em que o padre derrama a água benta sobre sua cabeça, a água escorre no formato de um terço.
publicado por spedeus às 14:29

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É cada vez mais actual a discussão sobre o tema da cultura digital, dentro e fora da Igreja. Um tema que diz respeito à própria estrutura da Igreja como também aos membros e aqueles que trabalham com o mundo da comunicação. O próprio Santo Padre na sua mensagem por ocasião do 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, que se celebrou no último mês de Maio, chamou a atenção dos sacerdotes para anunciar Cristo também no mundo digital. Um tema que “põe em primeiro plano a reflexão sobre um âmbito pastoral vasto e delicado como é o da comunicação e o mundo digital, oferecendo ao sacerdote novas possibilidades de realizar seu particular serviço à Palavra e da Palavra”.

Os agentes de comunicação – sejam eles clérigos ou leigos - que prestam o seu serviço nos meios de comunicação e agora com o fenómeno do mundo digital, devem realizar um autêntico serviço dentro desta nova cultura, que é um espaço de “busca da verdade” e que suscita comunhão entre as pessoas.

Há poucos dias o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, D. Claudio Celli reafirmava que todos devem aceitar este desafio abrindo “espaços como o ‘pátio dos gentis’ no Templo de Jerusalém”, que sejam espaços de busca da verdade, de aproximação ao Mistério de Deus.

O mundo da comunicação teve nos últimos anos um crescimento exponencial, e a Igreja Católica não pode ficar alheia a isso. Podemos afirmar que cresceu o número de obras sobre a comunicação após o Concílio Vaticano II, e isso representa de modo concreto que a Igreja toma consciência de que sua missão é comunicação, que a comunicação suscita comunhão entre as pessoas, e que as pessoas em comunhão actuam como fermento na massa da sociedade.

Como comunicadores devemos nos circundar com um autêntico profissionalismo, com o amor à verdade e a integridade, com a ética do respeito e da defesa da dignidade da pessoa humana.

Recentemente o Papa convidou os meios eclesiais a integrarem o Evangelho nesta nova cultura criada pela comunicação moderna, para poder transformar o “continente digital” com a única Palavra que pode salvar o homem.

“O uso dos meios de comunicação não tem somente a finalidade de multiplicar o anúncio do Evangelho: trata-se de um facto muito mais profundo porque a própria evangelização da cultura moderna depende, em grande parte, da sua influência” (n. 37). Não é suficiente, portanto, usá-los para difundir a mensagem cristã e o Magistério da Igreja, mas é necessário integrar a mensagem nesta ‘nova cultura’ criada pelos novos meios de comunicação.

As novas tecnologias estão criando uma nova cultura, a cultural digital: O grande desafio que a Igreja deve enfrentar hoje não é a aquisição de meios mais potentes de transmissão, mas ser capaz de dialogar com esta nova cultura. Assim, redescobriremos que a missão da Igreja é sempre a mesma: anunciar a Palavra de Jesus. Hoje, essas grandes redes sociais são ponto de encontro para milhões de pessoas.
 
(Silvonei José)

© Copyright Radio Vaticana na sua edição em português do Brasil com adaptação de JPR
publicado por spedeus às 14:16

Vídeo em espanhol
“Liberdade e amor coincidem. Ao contrário, obedecer ao próprio egoísmo conduz a rivalidades e conflitos”. Foi o que recordou o Papa Bento XVI nesta manhã no breve discurso proferido antes da recitação da oração mariana do Angelus, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. O Santo Padre evocou o episódio narrado pelo evangelista Lucas no qual apresenta Jesus que, enquanto caminha pela estrada em direcção a Jerusalém, encontra alguns homens, provavelmente jovens, os quais prometem segui-lo onde for. Com eles Jesus se demonstra muito exigente, advertindo-os que “o Filho do homem – isto é Ele, o Messias – não tem onde repousar a cabeça”, ou seja não tem um casa sua estável, e quem escolhe trabalhar com Ele no campo de Deus não pode mais voltar para traz. A um outro ao invés Cristo mesmo diz: Segue-me, pedindo-lhe uma interrupção radical com o passado inclusive com os familiares.

“Essas exigências podem parecer duras demais, - disse o Papa - mas na realidade exprimem a novidade e a prioridade absoluta do Reino de Deus que se faz presente na Pessoa mesma de Jesus Cristo. Em última análise, trata-se daquela radicalidade que é devido ao Amor de Deus, ao qual Jesus mesmo obedece em primeiro lugar. Quem renuncia a tudo, até mesmo a si mesmo, para seguir Jesus, entra em uma nova dimensão da liberdade, que São Paulo define “caminhar segundo o Espírito” (cfr Gal 5,16).

Cristo – continuou o Santo Padre – libertou-nos para a liberdade e explica que essa nova forma de liberdade adquirida por Cristo consiste no estar “a serviço uns dos outros” (Gal 5,1.13). Liberdade e amor coincidem! Ao contrário, obedecer ao próprio egoísmo conduz a rivalidades e conflitos.

O chamamento feito nos Evangelhos prefigura a vocação religiosa e sacerdotal que requer uma total adesão e de facto, com os jovens que encontra, Jesus – recordou o Papa – “mostra-se muito exigente. Que quem tem a sorte de conhecer um jovem ou uma jovem que deixa a família de origem, os estudos ou o trabalho para consagrar-se a Deus, - destacou o Pontífice - sabe muito bem do que se trata, porque tem diante de si um exemplo vivente de resposta radical à vocação divina.

“É essa uma das experiências mais bonitas que fazem na Igreja: ver, tocar com a mão a acção do Senhor na vida das pessoas; experimentar que Deus não é uma entidade abstracta, mas uma Realidade tão grande e forte que enche de modo superabundante o coração do homem, uma Pessoa vivente e próxima, que nos ama e pede para ser amada.”

Recordando enfim que se conclui o mês de Junho, “caracterizado pela devoção ao Sagrado Coração de Jesus”, o Papa lembrou o encerramento do Ano Sacerdotal na Praça São Pedro – repleta nesta manhã com cerca 40 mil fiéis – durante o qual ele mesmo renovou “com os sacerdotes do mundo inteiro o compromisso de santificação”. “Hoje – concluiu – gostaria de convidar todos a contemplar o mistério do Coração divino-humano do Senhor Jesus, para provar da fonte mesma do Amor de Deus. Quem fixa o olhar no Coração trespassado e sempre aberto por amor nosso, sente a verdade desta invocação: “Tu és, Senhor, o meu único bem”.

Em seguida o Papa rezou a oração mariana do Angelus e concedeu a todos a sua Bênção Apostólica.

Antes de se despedir dos fiéis Bento XVI saudou em várias línguas os diversos grupos de peregrinos presentes na Praça São Pedro. O Papa recordou que hoje na Itália e em outros países realiza-se o Dia da Caridade do Papa, nas paróquias se recolhem as ofertas destinadas ao “Óbolo de São Pedro”, com as quais o Santo Padre ajudas as igrejas mais pobres no mundo.

“Exprimo, – disse o Pontífice - a minha viva gratidão a todos aqueles que, com a oração e as ofertas apoiam a acção apostólica e caritativa do Sucessor de Pedro e em favor da Igreja presente no mundo inteiro e de tantos irmãos próximos e distantes”.

Bento XVI recordou ainda que na manhã de hoje, no Líbano foi proclamado bem-aventurado Estephan Nehme', religioso da Ordem Libanesa Maronita, que viveu no Líbano entre ao fim de Oitocentos e a primeira metade de Novecentos.

O Papa desejou ainda, na iminência das férias europeias, que as mesmas sejam ocasião para encontros “com a natureza, com novas pessoas, com os frutos da criatividade humana” e de “reforço da fé”.

© Copyright Radio Vaticana na sua edição em português do Brasil com adaptação de JPR
publicado por spedeus às 13:56

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Morreu José Saramago e com ele morreu o último de muitos que, ao longo do século XX, se comprometeram com o comunismo e encontraram na ideologia marxista o sentido da sua escrita ou da sua arte. O seu nome junta-se ao de Gorki, Aragon, Picasso, Jorge Amado ou Paul Éluard, uma lista enorme de intelectuais que passaram pelas fileiras dos partidos comunistas. Saramago foi, como homem e como escritor, um empenhado militante da ideologia que abraçou e que lhe marcou sempre a vida e a escrita. A ideologia enquanto visão global do homem, da sociedade, da religião que Marx e Engels teorizaram e que Lénine, Mao, Brejnev ou Fidel, entre outros, levaram à prática.

Olhando para a vida e a escrita de José Saramago, o que mais impressiona é o facto de ele ter vivido e visto o comunismo ruir na URSS e nos países do bloco de Leste, como a RDA, a Hungria, a Checoslováquia, a Roménia, a Albânia, entre muitos outros, e ter silenciado esse facto. Confrontar-se com o sofrimento daqueles povos, já não nos relatos de Sakharov ou de Soljenítsin, mas nas imagens dos directos das televisões e passar ao lado da alegria com que abraçaram a liberdade.

Nem o confronto directo com o balanço dramático das vítimas dos que se libertaram do comunismo o fez alguma vez ter escrito ou dito qualquer palavra. O silêncio de quem usa a escrita é mais visível. Os seus gestos foram de quem passava ao lado: logo a seguir à queda do muro de Berlim, candidatou-se nas listas do Partido Comunista à autarquia de Lisboa. Que balanço faria dos anos de comunismo e do sofrimento das pessoas que viveram na pele um dos dois grandes horrores do século XX?

Saramago não passou, que se leia em nenhum dos seus textos, por qualquer crise. Não lhe doeu, não se interrogou, não sofreu com o terrível juízo que a história fez, sem remissão nem perdão, do totalitarismo comunista.

De Saramago, mesmo quando o comunismo foi julgado pela História, não se conhece nenhum sobressalto, nenhuma angústia. Muitas vezes me interroguei se seria uma total e completa insensibilidade moral?

É certo que, ao longo do século XX, muitos dos intelectuais marxistas viveram mergulhados na ideologia totalitária e nunca olharam à sua volta. Não foram todos, claro. Uns sobressaltaram-se logo em 1917, outros com o Pacto Germano-Soviético, na invasão da Checoslováquia, ou da Hungria, ou na chacina do Camboja, ou na loucura da Revolução Cultural Chinesa.

José Saramago não. Viveu e morreu mergulhado num mundo que ruiu à sua volta e cujo dramático balanço foi feito com muita dor. Sem uma palavra, sem uma linha, sem uma lágrima por quantos (milhões) de pessoas, de famílias, de gente, de operários, camponeses ou intelectuais que, ao longo do século XX, morreram e sofreram em nome do comunismo por todo o lado onde o marxismo passou da revolução ao Poder.

Nem um gesto teve quando lhe pediram apoio os dissidentes cubanos presos por Fidel. Nem mesmo quando Susan Sontag o confrontou com esse facto. Uma única dúvida subsiste, porém, quando se observa que visitou Cuba diversas vezes, mas nunca foi à Rússia libertada, apesar de ter sido convidado a lançar os seus livros e a debatê-los numa universidade de Moscovo - aí o confronto com a história seria certamente impossível de ignorar e de silenciar. Um confronto que, reconheço, é muito difícil de viver.

Zita Seabra

(Fonte: JN online)
publicado por spedeus às 10:03

Escreve durante um retiro espiritual: “Jesus… calado. - Jesus autem tacebat. – Porque falo eu, para contar as minhas penas? Calo-me. – Procurarei a alegria nos desprezos; sempre serão menos daqueles que mereço. Porventura posso perguntar: Quid enim mali feci? - que mal fiz eu?”

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
publicado por spedeus às 09:35

«Dá "toda" a glória a Deus. - "Espreme" com a tua vontade, ajudado pela graça, cada uma das tuas acções, para que nelas não fique nada que cheire a humana soberba, a complacência do teu "eu".» São Josemaría Escrivá – Caminho, 784 O ‘Spe Deus’ tem evidentemente um autor que normalmente assina JPR e que caso se justifique poderá assinar com o seu nome próprio, mas como o verdadeiramente importante é Deus na sua forma Trinitária, a Virgem Santíssima, a Igreja Católica e os seus ensinamentos, optou-se pela discrição.
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