«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9) (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9)

25
Out 10

São Cirilo de Jerusalém (313-350), Bispo de Jerusalém e Doutor da Igreja

Catequese baptismal, n.° 13 (a partir da trad. bréviaire / Bouvet, Soleil levant 1961, p. 259)

 

Libertos dos laços do pecado pela cruz de Cristo

 

São Paulo disse: «Quanto a mim, porém, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Ga 6,14). Foi coisa deveras admirável, ter aquele cego de nascença recuperado a vista em Siloé; mas que significou isso para todos os outros cegos do mundo? A ressurreição de Lázaro, morto havia quatro dias, foi coisa grande que ultrapassou a natureza; mas essa graça aproveitou apenas a ele, nada trouxe a todos os que, no mundo, tinham morrido pelos pecados cometidos. Foi assombroso fazer brotar, a partir de apenas cinco pães, alimento bastante para saciar cinco mil homens; mas isso nada significou para aqueles que, em todo o universo, sofriam de fome e de ignorância. Admirável foi a libertação de uma mulher acorrentada por Satanás desde há dezoito anos; mas que significará esse facto, comparando-o com a situação de todos nós, que estamos amarrados com as cadeias dos nossos pecados ?

 

Ora, a vitória da cruz conduziu à luz todos aqueles que a ignorância tornava cegos, libertou todos os que o pecado fazia cativos, e resgatou toda a humanidade. Não te surpreenda que o mundo inteiro tenha sido resgatado. Aquele que morreu por este resgate não era só um homem, mas o Filho unigénito de Deus. O pecado de Adão trouxe a morte ao mundo inteiro; se a queda de um só fez reinar a morte sobre todos os homens, não há-de a justiça de um só, com muito mais forte razão, fazer reinar a vida? (Rom 5, 17) Se outrora, pela árvore cujo fruto comeram, os nossos primeiros pais foram expulsos do paraíso, não hão-de então agora, pela árvore da cruz de Jesus, entrar os crentes muito mais facilmente no Paraíso? Se o primeiro ser modelado de barro a todos a morte trouxe, não há-de Aquele que do barro o modelou trazer a todos a vida eterna, pois se é Ele próprio a Vida? (Jo 14, 6)

 

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

publicado por spedeus às 00:01

«Dá "toda" a glória a Deus. - "Espreme" com a tua vontade, ajudado pela graça, cada uma das tuas acções, para que nelas não fique nada que cheire a humana soberba, a complacência do teu "eu".» São Josemaría Escrivá – Caminho, 784 O ‘Spe Deus’ tem evidentemente um autor que normalmente assina JPR e que caso se justifique poderá assinar com o seu nome próprio, mas como o verdadeiramente importante é Deus na sua forma Trinitária, a Virgem Santíssima, a Igreja Católica e os seus ensinamentos, optou-se pela discrição.
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