«Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9) (Santo Agostinho, Sermão 43, 7, 9)

28
Ago 08
“Sei apenas que, sem ti, me sinto mal, não apenas fora de mim mesmo, mas também dentro de mim mesmo, e que toda a abundância, que não é o meu Deus, é para mim indigência” - Confissões (VIII, 9)



O mais profundo filósofo da era patrística e um dos maiores génios teológicos de todos os tempos foi Santo Agostinho (354-430), cuja influência plasmou a Idade Média.

Nasceu em Tagaste (Numídia), filho de um funcionário municipal, Patrício, e de Mónica, fervorosa cristã, que a Igreja venera como Santa.

Como estudante, vivia desregradamente. Contraiu uma ligação – que iria durar até 384, e da qual teve um filho, Adeodato. Em 374, lendo o Hortensius, de Cícero, sentiu-se atraído por uma vida menos sensual e mais dedicada à busca da verdade. Passou a frequentar as lições dos maniqueus, que lhe pareciam propor a autêntica forma de cristianismo, em oposição à doutrina da Igreja, “uma história de velhas”.

De 375 a 383 estabeleceu-se em Cartago, como professor de oratória, e daí por diante obteve exercer a mesma função do outro lado do mar, em Milão. Já o inquietavam nessa altura fortes dúvidas sobre a verdade do maniqueísmo.

Em Milão, travou conhecimento com o neoplatonismo. Ao mesmo tempo ouvia regularmente os sermões de Santo Ambrósio, onde percebia um catolicismo mais sublime do que o imaginado, e lia São Paulo. Um dia, julgando ouvir a voz de uma criança: “Tolle, lege”, abriu ao acaso as Epístolas de São Paulo, que tinha ao lado e passou a sentir que “todas as trevas da dúvida se dissipavam”. Fez-se baptizar no Sábado Santo de 387, com seu filho e com seu amigo Alípio. Pouco depois morria a mãe, que muito havia orado pela sua conversão. Voltando à África, viveu vários anos em retiro de oração e estudos. Em 390, perdeu o filho. Tanta era a fama que granjeara, de ciência e virtudes, que o povo o escolheu para o Sacerdócio. Em 395 foi sagrado Bispo no pequeno porto de Hipona. Ali então desenvolveu a intensa actividade teológica e pastoral, dando máxima expressão a seus dotes extraordinários no plano da especulação, da exegese e da penetração psicológica da alma humana. Lutou contra as heresias da época, o maniqueísmo, o donatismo, o arianismo e o pelagianismo. Morreu em Hipona a 28 de Agosto de 430.

Principais obras: Confissões, autobiografia escrita entre 397 e 400, uma das obras-primas da literatura universal; A Cidade de Deus, apologia da antiguidade cristã e ensaio de filosofia da História; De Trinitate; Enchiridion, compêndio de doutrina cristã; várias obras polémicas contra as heresias mencionadas, entre as quais Contra Faustum, De spiritu et littera, De natura er gratia, De gratia et libero arbitrio, De correptione et gratia, De praedestinatione sanctorum; obras exegéticas, como Enarrationes in Psalmos, De genesi ad litteram, Tratado sobre o Evangelho de São João; obras pastorais, como De catechizandis rudibus; cerca de 400 sermões e muitas cartas.

(Várias fontes com edição JPR)
publicado por spedeus às 00:02

«Dá "toda" a glória a Deus. - "Espreme" com a tua vontade, ajudado pela graça, cada uma das tuas acções, para que nelas não fique nada que cheire a humana soberba, a complacência do teu "eu".» São Josemaría Escrivá – Caminho, 784 O ‘Spe Deus’ tem evidentemente um autor que normalmente assina JPR e que caso se justifique poderá assinar com o seu nome próprio, mas como o verdadeiramente importante é Deus na sua forma Trinitária, a Virgem Santíssima, a Igreja Católica e os seus ensinamentos, optou-se pela discrição.
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